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Análise de Mercado

Tese: Análise de Mercado. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/9/2013  •  Tese  •  5.253 Palavras (22 Páginas)  •  287 Visualizações

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Introdução

A Contabilidade tem evoluído ao longo dos anos em função de diversos estudos que possibilitam o surgimento de novas e melhores formas de controlar o patrimônio através de um sistema informações que possibilitam a tomada de iniciativas mais racionais no intuito de garantir a continuidade e o sucesso das organizações. Para isso, o estudo da Contabilidade, como o de qualquer outra ciência, necessita estar centrado num foco, num objeto que será investigado e desnudado, visando conhecê-lo intimamente. Também é necessário identificar o objeto, ou seja, o alvo, a meta, a finalidade do que se pretende atingir com o estudo do objeto, bem como, as funções que são as ações naturais da contabilidade, as atribuições que são desencadeadas, para garantir o atendimento dos objetivos.

Assim, neste trabalho, procura-se demonstrar, de forma condensada, a evolução do pensamento contábil, identificando o objeto, os objetivos e as funções de tão importante ciência.

Principais mudanças ao longo do tempo

Embora a administração tenha surgido como ciência somente no século XX, encontramos na Antiguidade obras que demonstram a utilização de estruturas organizadas para sua execução, como as pirâmides de Egito, as cidades, e a administração de impérios, como o Império Romano.Na Antiguidade existia um preconceito em relação ao trabalho, que era vinculado à atividade escrava. A própria palavra trabalho tem sua origem ligada a um instrumento utilizado para torturar os escravos. A idéia que o campo material era destinado ao escravos e o intelectual aos cidadãos fazia com que as ciências aplicadas em problemas práticos fossem condenadas. Assim, na Antiguidade encontramos na filosofia contribuições que influenciaram a administração. Sócrates (470a.C – 399ª.C), Platão (429a.C -347a.C) e Aristoteles (384ª.C – 322a.C) analisaram principalmente as formas de governo, como a aristocracia, a monarquia e a democracia, e os seus reflexos na administração pública.

A Idade Média sofre a influência do misticismo, a visão era de que todas as coisas eram controladas por Deus e somente Ele poderia mudá-lás, e permanece o preconceito em relação ao trabalho. No início da Idade Média, as famílias produziam para o seu consumo próprio. Durante todo esse período existia o sistema de corporações, em que os artesões independentes, junto com seus empregados, produziam para um mercado pequeno. Eles eram donos da matérioa-prima e vendiam a sua produção e não o seu trabalho.

No Renascimento, o misticismo é substituído por uma visão mais racional e o preconceito com relação ao trabalho cede lugar à idéia de aplicação prática de ciência, que tem como adepto Leonardo da Vinci (1452-1519).

Na Idade Moderna, as principais contribuições vieram de Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes (1596-1650). Bacon contribui com seus fundamentos para uma base científica da administração, com a idéia de que é preciso separar o que é essencial do que é acidental. Enquanto Descartes tem nos princípios do método cartesiano os fundamentos do que conhecemos hoje como O&M (organização e métodos).

A administração sofreu também grande influência de duas instituições fortes nessa época: a Igreja e exército. Com relaçao à Igreja, podemos destacar a sua estrutura hierárquica de autoridade e grande capacidade de liderança exercida por uma só autoridade. Esse modelo foi copiado pelas organizações. As contribuições do exército estão relacionadas à escala hierárquica, as unidades de comando e as questões estratégicas. Os escritos sobre a guerra e os seus princípios, como do general prussiano Karl Von Clausewitz (1780-1831), destacam a necessidade de planejamento, organização, e a base científica das decisões. Outras obras, como O Prínipe, de Maquiavel, e a Arte da guerra, de Sun Tzu, trazem grandes ensinamentos estratégicos.

Do século XVI ao XVIII as organizações industriais eram compostas por sistemas, domésticos, em que a produção era realizada por artesões e seus funcionários, como no sistema de corporações da Idade Média. Mas, embora o artesão possuísse os instrumentos de trabalho, já não possuía a matéria-prima, tampouco comercializava diretamente a sua produção, e essas atividades passaram a ser desenvolvidades por intermediários.

Heilbroner e Milberg (2008) apontam que, nas sociedades antigas, o processo industrial era pouco valorizado dentro do sistema econômico. Mas, com Revolução Industrial esse contexto começou a mudar.

Um dos grandes marcos para a administração foi, sem dúvida a Revoluçao Indistrial, pois a invenção da máquina a vapor possibilitou o surgimento de uma nova forma de organização do trabalho. Surge o sistema fabril, a produção não é mais realizada em casa, mas sim em edifícios do empregador, o trabalhador/artesão perde a sua independência, toda a estrutura necessária para produção pertence ao empregador. O trabalhador passa a ser empregado e ganha pelo seu trabalho.

A Revolução Industrial pode ser dividida em duas etapas. A primeira, que se iníciou em 1780, estava concentrada na Inglaterra e nas fábricas de produção têxtil. Como aponta Heilbroner e Milberg (2008), nessa época o país vinha de transformação bem-sucedida de uma sociedade feudal para uma sociedade industrial, além disso, vivia um perído próspero e a riqueza não estava concentrada somente na mão dos nobres, mas também da classe média. Esse fator impulsinava a demanda.

O desenvolvimento para outros mercados foi possível por meio do aprimoramento dos meios de transportes e do interesse dos investidores em expandir esse novo modelo de produção. A segunda etapa acontece a partir de 1840, e agora não somente na produção têxtil, pois a mecanização, base expande para outros setores que trazem resultados expressivos.

O mercado está em crescimento e os avanços nos sistemas de transportes e comunicação permitiram que as novas organizações atingissem mercados cada vez maiores e distantes. A nova forma de produção e trabalho traz consigo novos desafios que deveriam ser superados, pois todo o conhecimento sobre o trabalho até então era empírico, ou seja, adquirido pela prática na norma de tentativa e erro, e não de maneira sistematizada e científica.

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