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Artigo - Pedagogia - Assunto: O Brincar

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Por:   •  6/5/2014  •  7.978 Palavras (32 Páginas)  •  720 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS-UNEAL

CAMPUS-III PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL

ARTIGO

PALMEIRA DOS INDIOS-AL-2014

IARA FEITOZA DO NASCIMENTO MOURA

ARTIGO

Artigo solicitado pela professora Damiana do curso de pedagogia da disciplina para obtenção de nota.

PALMEIRA DOS INDIOS-AL-2014

O BRINCAR E A CRIANÇA DO NASCIMENTO AOS SEIS ANOS

Resumo: Este artigo tem por objetivo uma análise reflexiva sobre o brincar da criança do 0 aos 6 anos e a importância que tem para o desenvolvimento de sua aprendizagem as vantagens que a brincadeira traz, e perceber como as atividades lúdicas possibilitam a aprendizagem e o desenvolvimento destas crianças em suas várias habilidades do nascimento aos seis anos.

No brincar, casam-se a espontaneidade e a criatividade com a progressiva aceitação de regras sociais e morais. Em outras palavras, é brincando que a criança se humaniza, aprendendo a conciliar de forma efetiva a afirmação de si mesma á criação de vínculos afetivos duradouros.

Assim como molda a cultura contextualizada no tempo e no espaço, o brincar dela deriva. Não sendo uma prerrogativa humana,mas muito mais amplo e precoce, o lúdico afirma suas raízes em sociedades animais constituindo-se, não apenas como preparação á vida adulta, mas como uma atividade que contém sua finalidade em si mesma, que é buscada no e para o momento vivido.

Com a criança, o brincar dá continuidade a características válidas para outras espécies vivas, mas também as prolonga, aperfeiçoa e especializa, havendo se convertido numa das estratégias selecionadas pela natureza e pelo próprio homem, na formação de sua autonomia e sociabilidade, ajudando-o a atravessar sua longa infância e adolescência.

É brincando que a criança elabora progressivamente o luto pela perda relativa dos cuidados maternos, assim como encontrar forças e descobre estratégias para enfrentar o desafio de andar com as próprias pernas e pensar aos poucos com a própria cabeça, assumindo a responsabilidade por seus atos.

A busca da própria independência, obtida sem excesso de culpas ou de medos, desenvolvida através de conquistas do dia-a-dia, torna-se muito mais fácil quando ás crianças são dados de forma clara e complementar liberdade e limite. Ora, esta combinação, em doses e proporções adequadas e aceitáveis, faz parte inerente do espirito lúdico, onde quem brinca espera de si mesmo e do outro vibrar, o se desenvolver e criar situações divertidas, assim como o respeitar o combinado, assumindo um contrato social.

Pais e educadores que permitam a necessidade da criança de brincar estarão construindo, portanto, os alicerces de uma adolescência, mais tranquila ao criar condições de expressão e comunicação dos próprios sentimentos de visão de mundo.

O brincar da criança, do nascimento aos seis anos, tem uma significação especial para a psicologia do desenvolvimento e para a educação, em suas múltiplas ramificações e imbricações, uma vez que:

• É condição de todo o processo evolutivo neuropsicológico saudável, que se alicerça neste começo;

• Manifesta como a criança está organizando sua realidade e lidando com suas possibilidades, limitações e conflitos, já que, muitas vezes, ela não sabe, ou não pode, falar a respeito deles;

• Introduz a criança de forma gradativa, prazerosa e eficiente ao universo sócio- cultural;

• Abre caminho e embasa o processo de ensino/ aprendizagem favorecendo a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade.

Em suas grandes linhas, esse brincar tem três grandes núcleos organizadores, que como pólos, carregados de força magnética, atraem e norteiam a criança. São eles: corpo, o símbolo e a regra, ou seja, o brincar do bebê com o próprio corpo, a brincadeira simbólica e o jogo de regras.

O BRINCAR DO BEBÊ COM SEU CORPO: RITMO E RECONHECIMENTO

A força, originalidade e criatividade da brincadeira simbólica, também chamada de faz-de-conta, ou , ainda de jogo dramático, provêm de suas raízes que se afirmam e tiram sua seiva do chão-terra. De fato, são as brincadeiras do bebê com o seu corpo, quando rola, engatinha, tira e põe, vezes sem conta, objetos uns dentro dos outros, numa cadência rítmica, que alterna movimentos opostos, como os de baixar e levantar, puxar e empurrar, abrir e fechar, esconder e achar, que dão condições á passagem da vida ainda muito próximas dos instintos alicerçadas nos reflexos, ao lento, gradual e batalhado ingresso no universo humano propriamente dito o simbólico.

O brincar do bebê tem uma importância fundamental na construção de sua inteligência e de seu equilíbrio emocional, contribuindo para sua afirmação pessoal e integração social. As estruturas mentais são orgânicas e só se desenvolvem se houver possibilidade de expressão e comunicação com o meio.A partir da atividade reflexa que se manifesta desde o nascimento, vindo totalmente programada pela bagagem genética e sendo ativada de forma automática de fora para dentro, constroem-se os primeiros esquemas de ação, que vem potencialmente contidos no genoma, estando apenas parcialmente programados, e que já supõem o despertar do bebê como sujeito ativo.

Vida a fora o meio exercerá sua influência, sua atração “falara” á criança através das suas diferentes “linguagens” , convidando-a ou mesmo impelindo-a a agir ou, por outro lado, inibindo-a. A criança, contudo, tomará sempre parte ativa nessa escolha e seleção : do que faz, como faz, por que ,faz, quando faz e com quem faz. O brincar ensina a escolher a assumir, a participar, a delegar, a postegar.

Aprender a agir, inclusive a brincar, só se dá em contato íntimo e significativo com o outro, que, via de regra, no início da vida é a mãe ou quem substitua. Não há possibilidade de aprendizagem e consequentemente de humanização fora do convívio social, e, mais do que isso, sem vivenciar e sentir realmente um vínculo afetivo, estável e

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