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Artigo Sobre Medo Nas Mudanças Organizacionais

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Por:   •  18/6/2014  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  532 Visualizações

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As mudanças geram tensões, temor, ansiedade e ressentimento em muitas pessoas. Sem uma razão convincente para mudar, as pessoas resistem às mudanças porque temem ter de adotar rotinas as quais não estavam familiarizadas, algumas pessoas não se dispõem a assumir um nível maior de responsabilidades, temem realocações de pessoal, outras não satisfeitas com as condições atuais de trabalho e, como protesto, resistem às mudanças.

A resistência às mudanças não é originada somente nas pessoas a nível individual, a própria organização também resiste. As questões culturais ou sociais influenciam na resistência. Os aspectos culturais da organização contribuem com a resistência que naturalmente, as pessoas tendem a sentir. O maior problema está em como lidar com essas resistências.

A resistência organizacional é naturalmente compreendida, uma vez que as empresas são conservadoras em sua existência. As pessoas que são contratadas para trabalhar em uma empresa são escolhidas por terem se amoldado a sua estrutura, a sua organização. Ao ocorrer o confronto com a mudança uma inércia estrutural irá surgir, ou seja, uma nova ordem estabelece-se nas organizações.

Na tentativa de que as mudanças sejam menos traumáticas, apontam-se seis táticas para superação da resistência à mudança: educação e comunicação, participação, facilitação e apoio, negociação, manipulação e cooptação e coerção. Entretanto, focaliza a empresa como um único conjunto, sem distinguir os indivíduos dentro da coletividade.

Apesar de ser considerada uma parte natural do processo de inovação, a resistência deve ser contornada para que se atinjam os objetivos traçados pela gerência.

O gestor não pode subestimar as reações das pessoas nem desprezar o fato de como elas podem influenciar positivamente ou negativamente outros indivíduos e grupos durante a implantação da mudança.

Kotter e Schlesinger (apud Chiavenato 1996) apresentam seis estratégias para contornar a resistência à mudança, que discutiremos a seguir.

1.Educação e Comunicação

A resistência pode ser reduzida através da comunicação aos funcionários para ajudá-los a perceber a lógica e a importância de uma mudança. A resistência surge de informações errôneas. Se os funcionários receberem as informações completas e tiverem suas dúvidas esclarecidas à resistência diminuirá. Podem ser utilizados meios como: memorando, relatórios, discussões individuais, treinamentos e palestras. Porém essas ferramentas só terão efeito se houver confiança mútua e credibilidade. Uma possível desvantagem está relacionada com o tempo e esforço necessários, pois, se houver muitas pessoas pode atrasar a implementação da mudança.

Destaca-se que as empresas que obtiveram sucesso em programas de mudança organizacional são aquelas que comunicaram intensamente a seu pessoal dois fatos fundamentais. O primeiro é a posição que a empresa alcançou no mercado com seus atuais métodos e processos de trabalho e por que razão ela não pode permanecer nessa situação que lhe traz perdas e prejuízos. O segundo é onde a empresa pretende chegar com a mudança e qual o papel que as empresas terão de desempenhar para que a empresa consiga chegar lá o quanto antes e da melhor maneira possível.

2.Participação e Envolvimento

A participação dos indivíduos no processo de mudança pode reduzir a resistência e ainda obter o comprometimento com o processo de mudança. Antes de uma mudança ser feita, os que se opõem a ela pode ser trazidos para o processo de decisão. O participante pode contribuir com uma experiência no processo de mudança.

A resistência é neutralizada com um esforço participativo de mudança. O envolvimento faz com que as pessoas passem a participar intensamente no projeto e na implementação da mudança, como sujeitos ativos e não meramente como sujeitos passivos. Isso representa, inicialmente, profunda mudança na filosofia e na cultura organizacional da empresa, pois, a participação e o envolvimento emocional das pessoas é uma posição eminentemente democrática.

O programa de participação e envolvimento, contudo, esbarra em alguns inconvenientes. Ele tanto pode conduzir a uma solução pouco eficiente devido á participação de muitas pessoas no processo, como pode consumir excessivo tempo de discussões e troca de idéias por seu aspecto altamente democrático. Se a mudança for lenta, suave e a longo prazo, o programa de participação e envolvimento é o mais indicado.

3.Facilitação e Apoio

Em alguns casos, a resistência é fruto do medo, insegurança e ansiedade. Para trabalhar com esses tipos de resistência é necessário esforços de apoio tais como aconselhamento, redução de carga de trabalho, suporte emocional e treinamento de novas habilidades que podem facilitar o ajustamento às mudanças, diminuindo o nível de resistência.

O programa de facilitação e apoio é útil quando o medo e a ansiedade estão na base da resistência. A inconveniência desta estratégia é que ela pode consumir muito tempo para preparar as pessoas e, conseqüentemente, ser muito cara.

4.Negociação e Acordo

Se a resistência à mudança partir de um pequeno grupo organizado e poderoso, que possuem influência sobre os demais, é recomendado uma boa negociação para atender as necessidades individuais, como a utilização de recompensas específicas e que tenham valor em um processo de troca para diminuição da resistência. Entretanto, não se podem ignorar seus custos. Existe também o risco de que ao se dispor a negociar ficasse vulnerável a chantagens.

5.Manipulação e Cooptação

A manipulação implica em tentativas de influenciar fatos ou pessoas de forma oculta. Por exemplo, distorcer os fatos para torná-los mais atraentes, reter informações indesejadas e criar boatos são formas de manipulação utilizadas para obter a aceitação da mudança por parte dos funcionários.

A cooptação envolve além do uso de manipulação, a participação dos líderes de resistência na decisão de mudança. Busca-se participação dos líderes não para procurar uma decisão melhor, mas para obter apoio nas decisões de mudança. Porém, a manipulação e cooptação são táticas arriscadas, pois, se as pessoas sentirem que estão sendo induzidas ou manipuladas, ou que estão sendo enganadas, ou ainda tratadas com falsidades, podem reagir de maneira negativa e criar uma resistência maior e a autoridade

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