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As Manifestações Populares Podem Mudar Os Rumos Do Brasil?

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Por:   •  27/5/2014  •  2.297 Palavras (10 Páginas)  •  654 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O poder de mobilização viabilizado pelas redes sociais na internet é uma tendência mundial. Como se sabe, a organização e a manifestação da sociedade civil são fundamentais para a construção de uma vida política ativa de um país, de um povo, e dessa forma, têm promovido transformações consideráveis como a queda de ditadores.

No Brasil, atualmente, a despeito de não vivermos as mesmas condições políticas que esses países do Oriente, deparamo-nos constantemente com casos de corrupção e de má gestão da coisa pública. Tais acontecimentos também têm mobilizado a sociedade para revelar seu descontentamento através de manifestações.

Várias têm sido as visões e análises sobre as atuais manifestações populares e protestos que se proliferam por todo o país. O debate está nas rodas de amigos, nas salas de aula, nos meios políticos, nas redes sociais e nelas opiniões são levantadas, objetivos são apontados e rumos são delineados.

Há, todavia, um traço comum nas várias opiniões veiculadas: parece haver um tom de ‘perplexidade’ e surpresa, dado que ninguém imaginava a dimensão e envergadura que tais manifestações tomariam.

2. DESENVOLVIMENTO

Neste ano de 2013 o país parou por mais de seis horas e se surpreendeu com a magnitude e organização dos atos que teve sua organização através das mídias sociais. A grande repreensão violenta dos policiais, contra os manifestantes e ate mesmo contra jornalistas que estavam no local apenas para documentar este ato histórico contribuiu muito para que o dia 17 de junho de 2013 ficasse marcado como sendo a maior manifestação da historia do país desde o impeachment do presidente Collor.

Mas existiu outro fator que desencadeou a organização dos protestos que foi as medias sociais, pois nessas mídias existem Liberdade de expressão, igualdade de recursos e possibilidades para todos inclusive a fraternidade para auxiliar o próximo.

O uso dessas mídias já é uma realidade no mundo todo e não para de crescer, então o que presenciamos em todo o mundo com as crescentes manifestações é que não há uma coincidência com o crescimento das mídias sociais.

O principal papel das mídias sociais nas manifestações é o mesmo em todo o mundo, ela da voz e conecta as pessoas de forma inédita na historia da comunicação do mundo. Nas mídias sociais não existe limitação de tempo ou espaço, pois tudo é continuo e onipresente, então pessoas de diferentes localidades podem se comunicar livremente. E os recursos que as mídias sociais oferecem como formação de grupos e paginas facilitam a organização.

As mídias sociais representam uma mudança profunda e inevitável da forma como comunicamos e compreendemos o mundo. Elas vieram para oferecer a possibilidade de um debate aberto e plural, onde todos os que detenham o necessário meio podem participar na criação e difusão de informação.

Os utilizadores dessas mídias demonstram estar diante de uma plataforma ideal, para a criação de verdadeiros movimentos sociais ou de eventos mais ou menos fugazes como manifestações ou campanhas virtuais.

Estaremos diante a um novo modelo comunicacional, onde o produto da interatividade “desinteressada” cria uma aura de confiança na informação divulgada.

Porem a internet esta sendo considerada como uma nova esfera publica da sociedade, mas ate se tornarem essa esfera as novas formas de sociabilidade ganharam força e expressão com o surgimento de novos ambientes, os meios de comunicação também se transformaram, e hoje possuem diversos canais de interatividade com o publico que exige uma via de mão dupla e não um monologo, a televisão o radio e os jornais impressos tradicionais incluem agora vias de acesso, principalmente pelo telefone e a internet, para que o leitor possa se comunicar com o jornalista.

O desenvolvimento não foi apenas em relação aos meios tradicionais, mas nas próprias mídias digitais, onde ocorreram saltos, talvez maiores que os vistos em outros veículos.

Os meios de comunicação foram sendo adaptados conforme a evolução dos meios para explicar a relação entre comunicador e receptor, antes do século XX a sociedade tinha um modelo de comunicação baseado em grandes veículos centralizados nas mãos de famílias unidirecionais e verticais, de forma que a hierarquia da empresa ditava a estrutura das noticias e sua ordem pelo interesse do dono. A vida social esta agora implicada não somente nas relações entre instituições e meios de comunicação.

“A mídia agora não é mais somente responsável por legitimar todas as esferas e atores sociais, além disso, institui e legitima essa cultura individualista,” da virtualidade real”, esse é o grande dilema ficar entre o conflito das grandes instituições tão fortemente questionadas pelo seu poder, e o publico que deseja ter suas singularidades manifestadas pela imprensa.

A mídia no Brasil sempre foi dominada por um pequeno grupo de famílias que já tinham propriedades cruzadas, como donas de TV, rádios, jornais e revistas, agencias de noticias entre outros. Assim o domínio oligárquico de meios de informação era que o que prevalecia no cenário nacional, porem com o advento da internet muitos jornais que não tinham projeção apesar de existirem e começarem a despontar como fonte alternativa de informação.

A população que acessa, atualmente tem uma vasta opção de meios para obter a informação desejada, não necessariamente tendo de recorrer aos tradicionais veículos de comunicação.

As redes sócias criaram novas possibilidades, para além das simples conexões elas têm se mostrados poderosas ferramentas de organização política da sociedade. Elas se impõem como ferramenta indispensável no processo de comunicação, a organização da sociedade avançou para um nível inédito de mobilização, as possibilidades de participação sugerem mais do que interação permitem e exigem o envolvimento do publico.

O que se vê, no entanto, é uma participação mais ativa com diversos grupos interagindo ,discutindo, e o mais importante agindo e provocando transformações reais na sociedade.

Mas essas redes sociais podem ser consideradas instrumentos de mobilização social porque de fato, elas ultrapassaram a sua função original de entreter e formar relações pessoais para se tornarem o principal instrumento de cobrança de posturas éticas do poder público e de empresas privadas, de organização de manifestações de cunho político, cultural e social, ou simplesmente

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