As Organizações Auxiliares Da Escola

METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PESQUISA PARA PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE CURSO

SUPERIOR À DISTÂNCIA

Uruguaiana, 28 de outubro de 2014.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta uma pesquisa de mercado sobre pontos importantes da Educação à distância com intuito de implementar um curso na modalidade EAD em uma Universidade que oferece aos alunos o modelo presencial de ensino.

Esta pesquisa contém informações sobre os tipos de tecnologias utilizados na Educação à Distância e as vantagens e facilidades que as mesmas oportunizam aos alunos. Também apresenta dados importantes sobre o crescimento desta modalidade de ensino, considerando as políticas públicas e legislação que regulamentam a EAD.

Pelo fato da Educação à distância ainda sofrer alguns preconceitos referente a sua aplicabilidade, este trabalho traz informações referentes aos padrões de qualidade aplicados aos cursos de Educação à distância, esclarecendo quais a exigências dos órgãos de ensino referente a modalidade.

Sabemos que a Educação à distância chegou ao Brasil de forma tardia, em relação a outros lugares do mundo. Nesta pesquisa também abordaremos aspectos relacionados as contribuições e desafios da EAD em nosso país.

2 MODELOS EXISTENTES, TECNOLOGIAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A educação a distância é uma modalidade capaz de atender alunos dispersos geograficamente, por meio de mídias e tecnologias que estimulam e favorecem a aprendizagem autônoma e tem assumido um papel muito importante na transformação do ensino, pois tem deixado de ser vista apenas como uma modalidade de educação complementar. É um recurso importante para que se concilie estudo e trabalho, além de ser uma ferramenta valiosa para a formação continuada e crescimento profissional.

Com modelos educativos que buscam a aprendizagem ativa e autônoma, a EAD apresentou, ao longo de sua história, características como: assincronia entre as ações dos professores e estudantes, comunicação bidirecional, autoria dos materiais didáticos por especialistas, aprendizagem autônoma, democratização do ensino.

A educação a distância permite a realização de várias modalidades de ensino que vão desde os modelos auto instrucionais até os modelos colaborativos. A educação a distância e o uso intensivo das tecnologias em rede, cada vez mais aparecem como solução a defasagem de ensino em nosso país.

As tecnologias em EAD, trazem alguns princípios, que comprovam os benefícios das mesmas para o ensino e exemplificam os impactos das tecnologias nesta modalidade de educação.

Podemos classificar as mídias utilizadas na EAD em três gerações. A primeira geração se refere aos materiais impressos, livros manuais, meios auditivos e audiovisuais, utilizando-se tecnologias como a televisão, o rádio, e etc. A segunda geração está voltada para a comunicação pessoal, por meio de vídeo conferencias e teleconferências conectando alunos mesmo em lugares remotos. E a terceira geração, está relacionada a criação das NTIC’s, o uso intensivo do computador e de softawares didáticos. A escolha das mídias está relacionada diretamente a modalidade de ensino que se pretende oferecer, o que torna esse processo mais dinâmico e atraente ao aluno que busca o Ensino Superior.

Apesar da Educação à distância não ser nova no mundo, no Brasil ela passou a ser reconhecida em uma Legislação apenas no ano de 1996, em capítulo específico na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a lei 9.694/96 no Artigo 80, que trazia em sua redação especificidades sobre a modalidade de ensino.

A partir deste fato, vários decretos e portarias foram sendo criados com intuito de aperfeiçoar esta modalidade de ensino. Podemos citar alguns como Decretos n° 2.494 e 2.561, em fevereiro e abril de 1998, respectivamente, e a Portaria n° 301, de 7 de abril de 1998, que indicavam os procedimentos para as instituições obterem o credenciamento do MEC para a oferta de cursos a distância. No ano 2001, o Ministério da Educação publicou a portaria número 2.253, que permite as Universidades, faculdades, e outras instituições oferecer até 20% da carga de cursos presenciais, na modalidade à distância, sendo esta portaria revista e atualizada posteriormente pela portaria nº 4.059 de 10 de dezembro de 2004. Em agosto de 2002, uma comissão criada pelo MEC decidiu pela indicação de uma nova regulamentação que previa mudanças em alguns aspectos da modalidade EAD. Em 20 de Dezembro de 2005, o decreto nº 5.622, trouxe algumas especificidades sobre a regulamentação da EAD. Dois anos depois o decreto nº 6.303 foi editado para atualizar algumas questões do decreto anterior. Estas atualizações trouxeram algumas normatizações importantes para a EAD. O Decreto n. 5.800, de 8 de junho de 2006, institui o Sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB.

A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância.

Em 2008, a SEED começa a supervisão da educação a distância e inicia um trabalho para realizar as adequações exigidas pelo MEC nas instituições que oferecem a modalidade de Educação à distância. Algumas são descredenciadas por não conseguirem atender às exigências da SEED. O Decreto n. 7480, de 16/05/2011, trata da reestruturação do MEC e extingue a Secretaria de Educação a Distância (SEED), com destaque para a criação, no âmbito do MEC, da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior.

Podemos perceber através deste levantamento, que a EAD desde que foi reconhecida pela primeira vez na LDB, vem tendo seus aspectos normativos aperfeiçoados e modificados ao longo dos anos, na busca de se estabelecerem critérios que

...