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As mulheres nas diferentes sociedades do mundo

Por:   •  24/3/2017  •  Artigo  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  918 Visualizações

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As mulheres nas diferentes sociedades do mundo

 

A evolução da mulher no mundo:

Como sabemos, ao longo de vários anos a mulher foi impedida de construir a sua própria identidade, o que se tornou num enorme obstáculo na integração desta na sociedade e na cultura. Desde sempre a mulher foi vista como um ser frágil, digno de pena e proteção, considerada como um ser de inferioridade física e intelectual relativamente aos homens.

O século XX foi muito importante na perspetiva dos direitos das mulheres. Com a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, as mulheres passaram a usufruir de variados direitos que no passado nunca haviam pensado conquistar. Assim, passaram a ter direito ao voto, à entrada no mundo do mercado de trabalho, acesso a vários níveis de ensino, ascensão a cargos importantes, entre outros.

Contudo, e em pleno século XXI, nem todas as mulheres das diversas culturas do mundo parecem ter conquistado a liberdade.

Como as mulheres são vistas:


Na Índia:

A mulher indiana convive num país cheio de crenças, rituais e superstições nos quais desvalorizam por completo a sua imagem face à sociedade.

Para começar, é proibido por lei, a mãe saber o sexo do seu feto com antecedência, de forma a evitar o fetocídio (ato que consiste em matar o feto, principalmente se este for do género feminino). Mesmo nas classes mais altas, a visão é a mesma: As famílias continuam a prestigiar o nascimento do sexo masculino, sendo uma tristeza para a linhagem, gerar meninas.

Por mais que o fetocídio seja proibido, continua a ser a praticado, desviando assim a lei, o que leva a uma elevado desequilíbrio entre géneros.

Paralelamente, a mulher na Índia perde todo o seu prestígio na sociedade hindu quando o seu marido morre, ou seja, elas não têm qualquer valor se não estiverem acompanhadas pelo marido. Ou ficam na casa da sogra ou na “casa das viúvas”, sobrevivendo do que mendigam às margens do Rio Ganges e por vezes, prostituindo-se como forma de subsistência.

Desde cedo têm o seu marido escolhido pelos pais de forma a se afastarem do sentimentalismo.

Sujan Singh, um rapaz indiano de oito anos, aludiu durante uma reunião da Jagrit Youth numa aldeia do estado indiano do Uttar Pradesh que “Todos os homens batem nas mulheres e um dia eu vou fazer o mesmo”. Esta afirmação evidencia a maneira como as mulheres são tratadas na Índia visto que as crianças têm como exemplo os adultos.

Por um lado, são espancadas, assassinadas e violadas todos os dias, mais precisamente, segundo o departamento indiano de registo de crimes, em 2011 houve 24.206 queixas por violação, o que equivale a uma violação em cada 28 minutos.

É de salientar que, elas são assediadas sexualmente com frequência em locais públicos, e, se elas reclamarem, estão sujeitas a serem desacreditadas e desprezadas, questionando se esta estava na rua à noite ou se o seu comportamento provocou a violação. 

Observa-se um acentuado desequilíbrio no que se refere à taxa de desemprego, pois este se agrava mais nas mulheres, cerca de 300 milhões.

A agressão e a violência sexual é, na maior parte das vezes, feita dentro da família dos maridos visto que elas quando se casam, perdem o contacto com a família de origem.

Para serem bem recebidas na família do marido, a sua família tem que pagar o famoso dote, o que acentua o descontentamento por parte da mesma, e o agravamento do fetocídio.

A mulher é tão desvalorizada que, o seguro para o caso de acidentes é assim: 1 milhão de rúpias para mulheres, 5 milhões de rúpias para homens.

Apesar de atualmente as mulheres trabalharem tanto quanto os homens e estarem nas empresas ocupando cargos equivalentes, elas ainda são vistas inferiormente.

       Na rua, enquanto que os homens fazem xixi onde querem, se vestem como querem, falam e riem como querem, as mulheres são contidas e tímidas. Não podendo  deixar nada do corpo à mostra nem andar com o cabelo solto.

      Basicamente as mulheres são criadas recatadamente para se casarem e ficam trancadas em casa na maior parte do tempo para se preservarem.

 

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                             Figura 1: Mulheres indianas vítimas de um ataque de um fluído ácido

Na Arábia Saudita:

A Arábia Saudita segue uma rígida interpretação da sharia, ou lei islâmica sendo que esta impõe  uma serie de proibições e condiciona a vida das mulheres.

Em primeiro lugar, temos de falar sobre o facto das mulheres da Arábia Saudita não terem acesso aos direitos mais simples, conquistados pela as mulheres do “ocidente” há décadas atrás como conduzir e viajar (só acompanhadas pelo homem), trabalhar e vestirem o que quiserem estando obrigadas a vestir um longo vestido preto de manga longa que cobre totalmente o corpo e cobrem cabelos com um véu, mas não necessariamente o rosto todo.

     Há que destacar o facto das mulheres estarem dependentes dos homens tendo que estar, obrigatoriamente por lei, acompanhada por uma figura masculina seja marido , irmão ou pai, não podendo ter propriedades em seu nome.

     Além disso a violência doméstica e a violação contra as mulheres, apesar de ter sido proibida por lei, ainda assim é bastante comum.

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                                        Figura 2: Mulher da Arábia Saudita

No Paquistão:

No Ocidente, o Paquistão é conhecido pelos seus costumes rígidos e pouco ortodoxos.

     Mas, o que muita gente desconhece é que este país, aliado dos Estados Unidos, vive, no seu interior num ambiente de terror, fruto do seu fundamentalismo alicerçado no fanatismo de uma religião que não dá tréguas à dignidade Humana.

     Exemplo disso é a criação de uma polícia moral islâmica que veio limitar ainda mais os direitos das mulheres, já de si praticamente inexistentes.

     A violência contra as mulheres vai desde "assassinatos por honra", pelo simples facto de falarem com um homem, "casá-las com o Alcorão" para que não possam ser herdeiras da família, ou a prática de um costume ainda hoje muito usado que se chama "swara", no qual a mulher é vendida, estuprada ou forçada a casar-se com um homem em troca de uma dívida da sua família.

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