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Status Atribuido A Mulher Na Sociedade

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Por:   •  24/9/2013  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  451 Visualizações

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Segundo a Bíblia Sagrada no livro do Gênesis cap.2:18, Deus cria a mulher para auxiliar o homem e servir-lhe de companheira. Embora coadjuvantes ao longo da história, muitas mulheres protagonizaram grandes feitos e tornaram-se exemplos em suas épocas. Com o surgimento e o desenvolvimento da sociedade humana surge o conjunto de valores e das normas sociais. No entanto a definição dos papéis para os homens e para as mulheres ocorreram no período neolítico dentro das sociedades agrícolas, bem como, a divisão sexual do trabalho atrelado continuamente pela habilidade de reprodução da mulher, pelo fato de gerar e de amamentar. Isso contribuiu para sua subordinação ao homem, pois a partir dessa capacidade é que fora considerada frágil e inapta para assumir as rédeas e o comando do grupo familiar. Contudo, sabe-se que o ser humano vive em constante movimento, produz cultura, transforma o mundo e por ele é transformado, constrói, destrói e reconstrói continuamente a sociedade em que vive.

Nesse contexto, observa-se que o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade veio se modificando de forma histórica. Em uma retrospectiva, pode-se adentrar nas mudanças sociais e de comportamentos ocorridas entre as eras. Logo que, a sociedade agrícola determinou o papel da mulher no meio social, aparecem as confrarias divididas em clãs, aldeias e tribos, período em que as mulheres representaram diversos papéis como de mães, rainhas, curandeiras, bruxas, conselheiras, chefe de tribo, enfim, personagens que foram definidos sobre uma linha histórico-cultural. Ruma-se para a era pré-capitalista, em que o modelo familiar era controlado pelo poder patriarcal, mas todos trabalhavam em uma mesma unidade econômica de produção, onde tanto o mundo do trabalho quanto o doméstico eram simultâneos. Dentro desse tipo de sociedade o homem assume o poder do chefe de família, sua autoridade estava agregada a sua força física e a seu poder de domínio. Surgindo com a idéia de posse dos bens, e a garantia de heranças dela para as gerações futuras, contribuindo para que os homens começassem a se interessar pela paternidade, dessa forma a mulher ficou cada vez mais subjugada aos interesses masculinos, no que diz respeito aos bens materiais, ao direito a heranças e na reprodução de sua espécie. A mulher então acaba por se tornar propriedade do homem, restrita aos afazeres domésticos, submissa a esse com apenas um intuito, o de perpetuar sua descendência.

Mesmo com a chegada da Revolução Industrial o modelo patriarcal prevalece, entretanto, o trabalho fabril se divide com o doméstico, em uma forma nuclear de família (pai, mãe e filhos), todavia as mulheres das camadas populares eram submetidas aos trabalhos nas fábricas engendrando sérias conseqüências para as crianças, ocasionando abalos nos laços familiares, tais acontecimentos ocorreram por volta dos séculos XVIII e XIX. As mães que trabalhavam nas fábricas não conseguiram conciliar dois trabalhos paralelos, causando sérios danos aos lares dessa camada trabalhadora, produzindo de maneira desastrosa o crescimento dos conflitos sociais. Na verdade houve uma incorporação subalterna do trabalho da mulher no mundo fabril, uma separação do doméstico e do remunerado fora de casa, tanto que a mão de obra feminina em fases de ampliação da produção era inserida junto à masculina e em épocas de crise a mesma substituía a mão de obra masculina pelo motivo de ser mais barata. Em todo processo da revolução industrial houve lutas entre mulheres trabalhadoras e homens, despontando assim a questão de gênero na batalha contra o sistema de produção capitalista. Essa questão embaraçava a integridade da classe trabalhadora, impulsionando as mulheres a buscarem por melhores condições de trabalho, culminando com o movimento de mulheres já no século XIX, com uma série de reivindicações como, por exemplo, igualdade na jornada de trabalho, direito de voto e direitos trabalhistas, pois dentro do mundo fabril as mulheres passaram a ter dupla jornada de trabalho. A elas cabiam o trabalho remunerado, os cuidados com os filhos e as tarefas domésticas. Consequentemente surgiram às dificuldades relativas a esse desdobramento feminino, levando-as a pleitearem outros direitos como creches, escolas e pelo direito da maternidade. A era industrial trazia a diferença biológica como base para a desigualdade entre homens e mulheres, por serem as mulheres vistas como menos capazes. Contudo, o direito de propriedade era o referencial da sociedade capitalista, em que a progênie era rigorosamente controlada, acirrando ainda mais a sexualidade feminina e com isso evitava o adultério, que era crime, protegendo a legitimidade da prole sem oferecer risco, por se tratar de posse masculina.

O século XX foi cenário de importantes movimentos femininos, que devem ser destacados como atos de coragem consolidados por mulheres cansadas das opressões a que eram submetidas, às quais, iniciaram uma “guerra” em defesa de seus direitos, em busca de melhorias na infraestrutura social e de valorização dentro da estrutura sócio-cultural. O feminismo e o movimento das mulheres sofreram discriminação tanto pelos homens como pelas mulheres que aceitavam a submissão da sociedade patriarcal, e as que aderiam aos movimentos eram vistas como “mal amadas”. Durante muito tempo as mulheres ficaram a mercê dos valores morais que lhes eram impostos, esses por sua vez dificultaram na procura pelo direito de igualdade. A luta feminina almeja construir uma nova cultura, novos valores morais e sociais, busca uma democracia fundamentada na igualdade entre homem e mulher, evolvendo essa para todos os seres humanos, onde as desigualdades de classe sejam abolidas. A incorporação da força feminina no mercado de trabalho obteve um crescimento significativo após a década de 1940, em consequência das guerras, dando oportunidade para que pudessem ocupar funções diversificadas, concomitante a isso a emancipação da mulher confirmou-se com revolução de descoberta da pílula, pôde controlar quando queria ter filhos ou não, deixando de ser entregue ao seu destino biológico da reprodução. A partir da década de 1970 é que a mulher se efetivou no mercado de trabalho, mesmo que desempenhando ainda funções de “cuidar” como, por exemplo: enfermeiras, educadoras, professoras e domésticas, mas nesse interim existiam as que se aventuravam no comércio, na indústria e na agricultura. A questão da igualdade acabou por unir os dois sexos na luta por melhores condições de vida, assim nasce o movimento sindical, o qual passou a brigar pelos direitos da mulher. Nasce na década de 80 a CUT e com ela a Comissão Nacional da Mulher Trabalhadora, porém, a igualdade jurídica da mulher consolidou-se com a Constituição de 1988, transformando as mulheres em seres tão capazes quanto os

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