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Atps De Didática E Práticas De Ensino

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Por:   •  28/5/2014  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Em geral uma das maiores dificuldades de se adentrar em uma sala de aula é como você irá arquitetar, planejar e executar procedimentos para a ministrar os conteúdos curriculares. Mesmo profissionais da educação que já tenham em seu currículo uma bagagem considerável sobre o que fazer, ainda titubeiam quando se trata de definir e tipificar o que seja Didática, Metodologia, Métodos ou Técnicas de Ensino.

Em uma visão menos aprofundada, esses termos se confundem, e isso pode ser facilmente verificado com um simples questionamento sobre seus aspectos conceituais, como inúmeras vezes se processou durante o curso de Metodologia do Ensino Superior.

No entanto, a finalidade deste artigo não é de simplesmente se envolver com as questões conceituais que permeiam o universo dessas terminologias, mas promover um ambiente de reflexão na qual o professor alfabetizador possa ter a noção de que os conceitos levam à sistematização e almejando aspectos positivos, quando seguida dentro de procedimentos revisados constantemente durante o processo de ensino-aprendizagem.

O que é didática?

Didática, palavra, então que passa a ter um valor mais significativo para quem está do outro lado da docência: o próprio discente. Muitas vezes sua utilização é impregnada por esses atores com a impressão de que os alunos conhecem muito mais sobre sua definição do que o próprio professor.

Ou seja a palavra Didática corresponde a uma expressão grega (Τεχνή – ou Techné didaktiké) que, traduzindo-se para a linguagem vernacular, significa “arte ou técnica de ensinar”. Castro (2008, p. 16), reportando-se sobre a história da Didática, apregoa que a mesma – apesar do termo ter surgido originalmente na Grécia Antiga – veio a consolidar-se como campo de investigação científica a partir da tentativa de atribuir à Didática uma aglutinação de conhecimentos pedagógicos, devendo-se sua configuração atual a dois estudiosos: Ratíquio e Comênio, que praticamente atribuiram à didática a identificação com “a arte de ensinar tudo a todos”.

Ao que parece, a excessiva preocupação com seus aspectos conceituais tem desviado, ao sabor dos tempos, uma interpretação mais voltada para a concepção do que representa a Didática no campo educacional. Santos (2003, p. 138) é quem dá respaldo a essa argumentação, ao colocar que a Didática passou de “ apêndice de orientações mecânicas e tecnológicas” para um atual, ao qual modo crítico de desenvolver uma prática educativa, forjadora de um projeto histórico, que não se fará tão-somente pelo educador, mas pelo educador, conjuntamente, com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.

Ainda na opinião desse autor, a partir desse enfoque a Didática começa a ser vista não como simplesmente um conjunto de técnicas e saberes metodológicos que subsidiam a arte de ensinar algo a alguém, mas se reveste de uma construção pedagógica que por vezes é confundida com a própria ciência da Pedagogia.

Libâneo (1992. p. 25) é um dos defensores desse pensamento. Sua principal argumentação é de que

A didática é o principal ramo de estudo da Pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos.

Santos (2003) discute as colocações do autor acima, onde frisa que tal representa um cenário deveras abrangente para se tentar explicitar o que efetivamente seja didática. Ao se apresentar a Didática como responsável pela investigação dos fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino, a mesma passa a ter caráter de “ciência da educação e assume o lugar da própria Pedagogia”.

Quando converte os objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos educacionais, mescla-se aos propósitos da Filosofia da Educação. Quando seleciona conteúdos e métodos, se imbrica para o universo da Metodologia. Então, pelo que se verifica, há, mesmo contemporaneamente, uma falta de uniformidade a respeito da intenção de se conceituar a Didática.

Portanto, o que descortina é uma atribuição conceitual se permeia em exatidões epistemológicas. Tanto assim que a

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