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Atps De Logistica

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Por:   •  6/6/2013  •  1.260 Palavras (6 Páginas)  •  406 Visualizações

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Nos EUA, por exemplo, apesar do aumento do petróleo, o custo logístico diminuiu em relação ao PIB durante este período, passando de 10,2% para 8,6%, segundo pesquisa do Delaney1 e Wilson, referência americana, com a qual estarão sendo comparados os valores encontrados no Brasil. Como a pesquisa americana considera também parte do transporte internacional, o valor de 1 embora o Delaney tenha falecido a Wilson continua atualizando o trabalho comparação utilizado do custo americano foi de 8,3% do PIB, depois de excluídos os custos de transporte internacional.

As variações do custo logístico americano de 1996 até 2004 mostram que houve uma redução do custo de estoque e, em segundo plano, do custo transporte.

No Brasil, durante este período, o diesel subiu 292%, resultado da elevação do preço do petróleo, o qual também causou um aumento nos valores dos pneus. Vale ressaltar que estes itens de custo variável são de grande importância na formação do preço. Principalmente no Brasil, onde o frete praticado é em grande parte das vezes inferior ao custo total, principalmente no caso dos autônomos. Nestes casos, o preço cobre os custos variáveis, porém não remunera todos os custos fixos, principalmente aqueles ligados ao investimento, como o de depreciação e o financeiro.

A composição de todos estes custos logísticos do Brasil em 2004 chega a um total de R$ 222 bilhões, o equivalente a 12,6% do PIB, conforme pode ser visto na figura 3.

Nos Estados Unidos, os custos logísticos (domésticos) são equivalentes a 8,26% do PIB. Entre os custos das atividades, o de estoque é relativamente o que apresenta a maior diferença na comparação, 3,9% no Brasil contra 2,1% nos EUA. A outra parte da diferença é relativa ao custo de transporte, 5,1% e 7,5% respectivamente. A figura 4 apresenta o gráfico com esta comparação.

A figura 5 apresenta uma tabela com os dados de movimentação e custo de transporte no Brasil, em R$/ 1000.ton.Km, ou seja, o valor médio de se transportar uma tonelada por um distância de mil quilômetros. A tabela fornece estes valores para os diversos modais e a respectiva parcela de participação no total de cargas movimentadas.

A comparação dos números do Brasil e dos EUA apresentada na figura 6 foi feita com base no valor do dólar de 2004. Pela grande influência da taxa de câmbio sobre estes resultados, se fosse utilizado o câmbio de 2005, todos os valores do Brasil sofreriam um aumento de 25%.

Na tabela da figura 6, pode-se destacar a enorme diferença entre os valores de frete rodoviário do Brasil com os EUA. Esta diferença em parte está associada ao perfil

de carga e o tamanho médio das rotas, mas também às situações de mercado bastante dispares.

Em relação à carga e o perfil de rotas, enquanto no Brasil predomina o transporte de produtos agrícolas em distâncias relativamente longas neste modal, nos EUA, este está voltado ao transporte de produtos de mais alto valor agregado e a complementação dos outros modais através de uma ponta rodoviária de menor distância.

Do ponto de vista do mercado, enquanto no Brasil existe um excesso de oferta do setor, promovida principalmente pela baixa regulamentação e pelo grande número de autônomos, nos EUA ocorre uma escassez de motoristas.

O modal aéreo é um pouco mais barato no Brasil, não sendo significativa a diferença. Já o custo do transporte dutoviário no Brasil é o dobro do americano, colaboram para este resultado as longas distâncias e o grande volume transportado por dutos nos EUA, os quais permitem grande economia de escala. Além é claro do alto custo do capital no Brasil que dificulta os elevados investimentos neste modal.

A grande diferença do custo aquaviário entre o Brasil e os EUA pode em grande parte estar relacionada a dois fatores críticos. O primeiro é relativo à grande utilização da hidrovia nos EUA, a qual utiliza grandes composições a um baixo custo, reduzindo a média americana. O segundo é relacionado ao grande volume de petróleo transportado por curta distância na costa do Brasil, que em conjunto com um custo portuário relativamente alto, acaba elevando o custo por tonelada quilometro deste modal.

O modal ferroviário aparece mais barato no Brasil por causa da operação da Vale do Rio Doce, a qual, além do alto volume e grande produtividade, opera a um preço de custo para a própria mineradora influenciando bastante neste resultado. Ao retirá-la deste cálculo, este número aumentaria de US$ 12,44 para US$ 16,93.

Mesmo considerando a composição da matriz de transporte dos dois países, o custo de se transportar uma tonelada por mil quilômetros era em 2004 na média é menor no Brasil do que nos EUA. Mas por que isso ocorre se no Brasil o custo de transporte equivale a 7,5% do PIB e nos EUA apenas 5,1%? A resposta a esta pergunta está na relação entre a movimentação de carga e o tamanho da economia.

Enquanto a economia americana é praticamente 20 vezes maior que a nossa, eles só movimentam 7 vezes mais carga que o Brasil

• A redução de custo de transporte de 1996 a 2004 nos EUA e no Brasil em relação ao PIB, apesar da elevação do preço do petróleo, provavelmente devido a um aumento da eficiência desta operação.

• O elevado custo de estoque brasileiro que é quase o dobro do americano devido ao nosso elevadíssimo

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