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Atps Didatica

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Por:   •  9/10/2013  •  1.385 Palavras (6 Páginas)  •  442 Visualizações

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Pedagogia da autonomia : Saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire.

Capítulo I.

Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender, por isso não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não reduzem à condição de objeto, um do outro. O educador precisa se convencer de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção.

Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que a humanidade descobriu que era possível ensinar. E quanto mais criticamente se exerce a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve a curiosidade epistemológica.

1.1 - Ensinar exige rigorosidade metódica.

O educador democrático deve reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. Ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou conteúdo, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível.

Faz parte do papel do educador não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar certo. Evitando o ensino memorizado, que impossibilita os professores tornassem críticos. O educador que pensa certo deixa transparecer aos educandos de que uma das belezas de estar no mundo é a capacidade de intervir nele.

1.2 - Ensinar exige pesquisa.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. É necessário pesquisar para conhecer o desconhecido e anunciar a novidade. Pensar certo do ponto de vista do professor, tanto implica o respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando.

1.3 – Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos.

Pensar certo coloca os professores e a escola no dever de respeitar os saberes dos educandos, sobretudo os das classes populares. O educador pode estabelecer uma relação entre os saberes curriculares e a experiência social que os alunos têm como indivíduos.

1.4 – Ensinar exige criticidade.

A curiosidade do senso comum ao criticizar-se torna-se curiosidade epistemológica. Muda qualidade, mas não de essência. A curiosidade faz parte do fenômeno vital

1.5 – Ensinar exige estética e ética.

A experiência educativa não deve ser transformada em puro treinamento técnico. Isso amesquinha o a há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador.

1.6 – Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo.

O professor precisa dar exemplo aos alunos. Ter um caráter ético que influencie beneficamente os educandos. Assim o educador estará pensando certo.

1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

O educador deve estar disponível a se arriscar ao novo e rejeitar qualquer tipo de descriminação. A prática da discriminação nega a democracia.

1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática.

Na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática do aprendizado. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.

1.9 – Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural

Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em relação uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se.

Capítulo II

As considerações ou reflexões até agora vêm sendo desdobramentos de um primeiro saber inicial apontado como necessário à formação docente. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

2.1 – Ensinar exige consciência do inacabamento

O professor crítico é responsável, predisposto à mudança, à aceitação diferente. E como ser humano é inacabado porque está sempre em busca de conhecimentos. Também é necessário ao professor ser ético e capaz de intervir no mundo.

2.2 – Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado

O educador deve ter consciência que é um ser inacabado e condicionado, porque assim, torna-se capaz de ir mais além. Quando se reconhece a inconclusão do saber o sujeito permanece num processo social de busca.

2.3 – Ensinar exige respeito à autonomia

O respeito à autonomia e a dignidade de cada um é uma necessidade ética, o professor que desrespeita a curiosidade do educando transgride os princípios éticos de nossa existência.

2.4 – Ensinar exige bom senso

O educando precisa sempre avaliar sua prática educativa. O exercício do bom senso se faz no corpo da curiosidade. Quanto mais pomos em prática de forma metódica a nossa capacidade de indagar nos tornamos mais curiosos e mais críticos fortalecendo o nosso bom senso.

2.5 – Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores.

A luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente. O educando também deve cultivar a prática da humildade e da tolerância para poder respeitar a curiosidade do educando.

2.6 – Ensinar exige a apreensão da realidade

O educador precisa ter clareza em sua prática educativa.

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