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Autocracia E O Mundo Da Cultura

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Por:   •  7/4/2014  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  894 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho refere-se à etapa I da ATPS. Fizemos pesquisas com vários autores, entre eles: José Paulo Netto, Marilda Iamamoto, Priscila Fernanda Gonçalves Cardoso e Vicente de Paula Faleiros, sobre o movimento de reconceituação.

O trabalho aborda a importância da reflexão sobre este movimento, que surge com a necessidade de adequar as práticas profissionais à realidade do país e a ruptura com o conservadorismo do serviço social tradicional, construindo novos métodos e técnicas a partir das necessidades da população para que possamos compreender os problemas reais do no país.

Citaremos documentos importantes dos seminários de Araxá (1967), e Teresópolis (1970) ao decorrer do trabalho.

A AUTOCRACIA BURGUESA E O MUNDO DA CULTURA

O serviço social surge no cenário brasileiro como iniciativa de representantes da classe burguesa dominante, ligado ao poder da igreja católica ou do Estado, com o objetivo de garantir a manutenção do sistema capitalista. Nesse período o assistente social era visto como um bem feitor, aquele que é provedor do bem comum. Essa identidade atribuída ao SSO (Serviço Social Organizacional) pela instituição católica pendurou por muitos anos junto à profissão, e ainda existem resquícios dessa identidade em dias atuais. Conforme Iamamoto (2004, p. 20-21) observa-se que diferentemente da caridade tradicional, que se limitava à reprodução da pobreza, a profissão de assistente social propõe: Uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação junto às famílias trabalhadoras; Diferentemente da assistência pública, por desconhecer a singularidade e as particularidades dos indivíduos, o serviço social passa a orientar a “individualização da proteção legal”, entendida como assistência educativa adaptada aos problemas individuais; Uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da militância católica, em oposição aos movimentos operários que não aderiram ao associativismo católico.

Durante o ano de 1936, a igreja católica passou a se responsabilizar pela formação dos novos profissionais do serviço social, a área passou a ser dominada pela igreja, que deu margem a ética desse projeto profissional conservador. Tal projeto passou por uma modernização, porém o conservadorismo continuou eminente.

Com o crescimento da indústria o mercado nacional de trabalho se torna algo bastante significativo sendo a partir desse movimento que conhecemos o serviço social de empresa. Tendo, a partir desse momento que operar se forma diferenciada incrementando a pratica com outras formas de viabilizações de meios. Neste processo NETTO fala sobre a mudança no perfil profissional exigida pelo mercado nacional de trabalho a partir das novas condições postas pelo quadro microscópio da outocracia burguesa que exigia um assistente social moderno com um desempenho melhorando sendo è substituído por procedimento aperfeiçoado.

Todo esse processo significou a inserção do ensino do serviço social no âmbito universitário. E è justamente no lapso de vigência da autocracia burguesa que o serviço social ingressa no circuito da universidade. Esse ocorrido causou um forte impacto sobre o ensino de serviço social. A partir disso compreendendo por que esta formação mostrou-se tão vulnerável aos constrangimentos gerais do ciclo ditatorial.

Dentro deste processo observa-se que o serviço social desenvolveu potencialidades que ocorreram mudanças que vem ocorrendo no cenário da profissão graças à laicização do serviço social que e um dos elementos caracterizadas da conservação do serviço social sob a autocracia burguesa.

Na década de 60 houve um grande esforço em consolidar o serviço social como profissão, bem como garantir o seu nível formação superior. Nesse período instaurou-se no Brasil a ditadura militar, nessa época o serviço social tradicional começou a passar por mudanças gradativas e por crises, que se desenrolou em três vetores: A crise das ciências sociais de origem norte-americana; A renovação da igreja católica; O movimento estudantil.

Segundo Faleiros e Netto, (2005: 09) é nesse período que o projeto tradicional do serviço social neste subcontinente começa a ser questionado apresentando-se as bases concretas para a sua erosão: “a ruptura com o serviço social tradicional se inscreve na dinâmica de rompimento das amarras imperialistas, de luta pela liberação nacional e de transformações da estrutura capitalista excludente, concentradora, exploradora”.

Por volta de 1965, iniciou-se o movimento de reconceituação, que era um processo de ruptura com o serviço social norte-americano (vigente no Brasil). Foi uma proposta no sentido de adequar o serviço social à problemática dos países latino-americanos, buscando um marco referencial e teórico para a prática do serviço social e elaboração de uma literatura autônoma. Foi marcado por três momentos distintos:

• O primeiro momento aconteceu com a crítica ao modelo importado do serviço social dos Estados Unidos e Europa, para o serviço social na America Latina. Foi o momento mobilizado pelo CBCISS – Centro Brasileiro de Cooperação e Intercambio

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