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Avaliação da Viabilidade da Indústria de Biocombustíveis Sob a Ótica do Triple Bottom Line

Por:   •  24/6/2021  •  Artigo  •  4.443 Palavras (18 Páginas)  •  71 Visualizações

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Avaliação da viabilidade da indústria de biocombustíveis sob a ótica do triple bottom line

Moacir Porto Ferreira

Resumo:

A discussão sobre a indústria de biocombustíveis remete a observação de fatores além de econômicos. A estes fatores se unem impactos sociais e ambientais – positivos e negativos – os quais não podem ser avaliados de forma isolada. Este artigo busca elencar alguns fatores necessários à avaliação desta indústria, tendo o triple bottom line como pano de fundo das discussões que lhe são inerentes.

Palavras-chaves: Biocombustível; responsabilidade social; meio ambiente; triple bottom line.

Abstract:

The discussion of the biofuels industry refers observation factors as well as economic. To these factors unite social and environmental impacts - positive and negative - which can not be assessed in isolation. This article aims to list some factors necessary for the evaluation of this industry, and the triple bottom line against the backdrop of the discussions that are inherent.

Keywords: biofuels; social responsability; environment ; triple bottom line.

Resumen:

 La discusión sobre la industria de biocombustibles remite la observación de factores además de económicos. A estos factores se unen impactos sociales y ambientales - positivos y negativos - los cuales no pueden ser evaluados de forma aislada. Este artículo busca enumerar algunos factores necesarios para la evaluación de esta industria, teniendo el triple bottom line como telón de fondo de las discusiones que le son inherentes.

Palabras claves: Biocombustible; responsabilidad social; medio ambiente; triple bottom line.


  1. Introdução: a relevância dos biocombustíveis como insumos difusos.

O conhecimento dos custos dos insumos[1] mostra-se importante na avaliação econômica de um bem ou serviço. Alguns insumos são naturalmente particulares a uma atividade econômica e sua relação está contida na cadeia produtiva como um agente que, unido a outros, implicará na criação de um bem ou serviço que deverá ser comercializado como um produto final. Sobre isto, descreve JUSEFOVICZ (2003) que o que é insumo exclui a destinação final, ou seja:

Pelo critério da indispensabilidade estrita, insumo é tudo aquilo que o empresário procura no mercado para colocar na linha de produção e que é estritamente indispensável para o desenvolvimento da atividade econômica. (JUSEFOVICZ (2003).)

Assim, cada produto econômico[2] possui sua própria característica cadeia de insumos, nem sempre coincidente entre entes de mesma atividade econômica por razões diversas[3]. Estas cadeias podem imputar aos produtos econômicos vantagens competitivas[4] se comparadas entre si, carreadas pelos aspectos citados, sem a eles se limitar. Não obstante a isto, existem dois grupos de insumos que são inerentes a quaisquer dessas atividades: energia e transporte.

Estes insumos denominam-se por difusos, por pertencer a quaisquer tipologias de atividades econômicas. Sobre isto, descreve o Departamento de Transporte e Geotecnia da UFMG (2014), no artigo intitulado Análise Técnico Econômica de Transportes:

 “ Além de Transporte, apenas Energia tem esta inerência a todas as atividades humana, sendo denominados insumos difusos, ou seja, compõem todas as ações do mundo. Disto resulta a implantação de um bom planejamento (...), pela influencia que exercem sobre a formação de todos os custos”.

De fato, um processo produtivo sem energia e transporte mostra-se de percepção incompatível economicamente.

Isto pode se iniciar como uma justificativa, não suficiente, mas também relevante, de como as tratativas dadas aos biocombustíveis possuem avaliações diversas. Como mais uma fonte de energia possível, em especial para as indústrias envolvidas em transporte, os biocombustíveis, enquanto insumos podem ser avaliados como duplamente[5]difusos.

  1. A gênese dos biocombustíveis: discussões.

Não há um consenso claro sobre a gênese dos biocombustíveis. Isto se deve às diversas fontes de energia que se caracterizaram como fontes renováveis

Se entendermos como biocombustível o elemento orgânico não fossilizado, que através de um processo físico-químico libera energia para a motorização de um determinado equipamento podemos remontar a lenha e sua utilização nos motores[6]6 a vapor, em especial nas locomotivas, cujo processo por queima em caldeira gera vapor de agua, e este vapor cria a força motriz que o equipamento precisa. Sendo assim, tal motor estaria utilizando um elemento – carvão vegetal – de origem renovável, como fonte de energia e assim poderia ser caracterizar como um biocombustível. Sobre o uso da lenha – e consequentemente do carvão vegetal como biocombustível-, descreve GAZZONI (2008) que:

O conjunto de energia renovável é responsável por quase 13% da matriz energética mundial. Deste total, 10% correspondem ao uso de lenha (...)(GAZZONI (2008)).

Entretanto, tal fato – de que a lenha possa ser considerada a gênese dos biocombustíveis - não foi encontrada em outras fontes consultadas e tampouco foi citada.

As discussões atuais convergem para a corroboração do entendimento de que a lenha, para ser tratada como biocombustível, só deveria ser validado se houvesse a preservação adequada de fontes – a saber, florestas e matas-, e recomposição na proporção do consumo, denominado manejo florestal. Existem áreas de manejo justamente para proteger tais reservas do uso indiscriminado.

Descreve MONBIOT 2003 (apud ULHOA (2013)) origem de biocombustíveis depara-se com literaturas que versam exatamente sobre o antecessor do óleo diesel[7]7.

No início do século XX vê-se o surgimento do motor a combustão, gerada pela queima do óleo diesel, que inicialmente funcionava com óleo de amendoim e logo apos com óleo extraídos de outras oleaginosas. (...) (MONBIOT, 2004).

Assim, segundo ULHOA (2013), o surgimento do invento de Diesel trouxe a reboque, o surgimento do biocombustível a base de amendoim e outras oleaginosas.

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