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Bpc Na Escola

Artigo: Bpc Na Escola. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2013  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  626 Visualizações

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De acordo com o censo escolar do INEP, realizado em 2010, o universo de alunos matriculados em escolas no país equivale a 54 milhões de pessoas. Os dados do IBGE, por sua vez, em levantamentos feitos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2009, quanto as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência (física ou mental), apresenta um contingente aproximado de 2 milhões e 500 mil pessoas entre os brasileiros que tem entre 4 e 17 anos (em idade escolar).

Entre os brasileiros deficientes apurados pelo IBGE e aqueles que efetivamente, de acordo com dados do Censo Escolar 2010 (também do INEP), estão matriculados nas escolas brasileiras, constata-se que há mais de um milhão e meio de pessoas que não tem acesso aos bancos escolares. O levantamento oficial do INEP contabilizou 928 mil alunos com deficiência ou transtorno global de desenvolvimento matriculados e frequentando salas de aula regulares.

No Brasil há mais alunos com deficiência fora da escola regular do que em sala de aula. A cada 10 crianças ou adolescentes em idade escolar, apenas 4 delas tem aquilo que lhes é direito previsto nas leis nacionais.

Há um esforço considerável sendo realizado a cada ano no país para que a inclusão aconteça. De 2009 para 2010, ainda com base nos dados do INEP, houve um crescimento equivalente a 10% no total de novos alunos deficientes que ingressaram nas escolas brasileiras, públicas ou privadas.

Ainda que se leve em conta os projetos relacionados à inclusão que estão sendo criados em estados e municípios por suas secretarias de educação, que contam com o apoio de abnegados educadores e institutos especializados a lhes dar suporte e orientação, ainda prevalecem dificuldades de ordem operacional, pedagógica, técnica e mesmo física (nas escolas) para atender a todos.

Os alunos que estão sendo integrados às escolas brasileiras precisam, certamente, da integração com os demais estudantes. Isso lhes favorece no tocante a seu pleno desenvolvimento, tanto naquilo que é mais evidente, ou seja, a socialização e inserção a comunidade a qual pertence, sendo reconhecido, ajudado e podendo se sentir útil para a construção do espaço em que vive, quanto em termos de aprendizagem, evolução física, autoestima, capacitação para o mundo do trabalho...

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Ainda assim, não se pode desprezar o fato de que demandam auxílio adicional. Em muitos casos torna-se necessário que os professores que têm alunos deficientes ou com altas habilidades em suas salas de aula contem com auxiliares de sala a dedicar-se a tais crianças ou adolescentes. Se não bastasse este apoio in loco, ou seja, mais imediato na própria sala de aula, que deve ser diagnosticado e orientado a partir do conhecimento minucioso do caso do aluno (e que não é cabível em todos os casos), o atendimento regular por especialistas como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, entre outros profissionais é igualmente fundamental.

Isso significa custos que a maioria das famílias tem grande dificuldade para arcar e que, para o Estado ou instituições privadas de ensino, igualmente representam gastos vultosos. Encontrar escolas particulares que ofereçam o atendimento que se faz necessário é difícil e acarreta uma conta no final do mês que é mais alta do aquela cobrada de um aluno que não apresente deficiência.

No caso das escolas estaduais ou municipais, o ideal seria que cada uma delas contasse com o apoio regular destes profissionais em suas próprias dependências, com pelo menos uma visita semanal regular (ou mais se necessário) de um destes terapeutas e atendimentos individuais agendados. Outra possibilidade interessante seria que nos municípios fossem criados núcleos de atendimento especializado focados nos alunos com deficiência das escolas públicas locais. Estas iniciativas poderiam ser realizadas a partir de parcerias entre o poder público municipal e estadual e, ainda, contar com apoio de organizações da sociedade civil.

O acompanhamento regular de alunos deficientes, em sala de aula, com professores e assistentes, por sua vez, tem que ser feito com o máximo de orientação e assistência possível. Isso somente pode acontecer se nas escolas existir um vínculo claro e real quanto à inclusão entre todos os membros do corpo docente, com a chancela e participação dos gestores. Para que seja realmente efetivo, torna-se também fundamental que os alunos sejam orientados para esta inclusão e que cursos regulares para os docentes, trazendo o máximo de informação possível quanto à forma como este trabalho tão especial precisa ser desenvolvido. A participação da comunidade e o acesso à informação quanto à inclusão para os pais de alunos de toda a escola são igualmente importantes para o sucesso de uma realização como esta.

A inclusão deve ser feita respeitando-se, acima de tudo, o ser humano que ali se encontra, levando-se em conta que sua deficiência não deve criar barreiras e impedimentos para seu convívio, participação, aprendizagem, socialização, autoestima e realização. Neste sentido, é preciso vencer resistências e preconceitos dentro do grupo no qual esta pessoa está inserida e isso somente acontece com acesso à informação, cursos, intercâmbio de experiências, leituras

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