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Escola E Cultura

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Por:   •  13/10/2012  •  791 Palavras (4 Páginas)  •  1.691 Visualizações

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Escola e Cultura

O presente artigo defende a necessidade de se organizar currículos pautados por justiça. Construir currículos com base nesta tensão, não é tarefa fácil e irá requerer do professor nova postura, novos saberes, novos objetivos e conteúdos, novas estratégias como também novas formas de avaliação, entendendo que os currículos contribuem para reduzir diferenças e desigualdades sociais.

As relações entre escola e cultura esta inerente a todo processo educativo. A escola é, sem dúvida, uma instituição cultural. Portanto, as relações entre escola e cultura não podem ser concebidas como dois pólos independentes, mas sim como universos entrelaçados, como uma teia tecida no cotidiano e com fios e nós profundamente articulados.

Se partimos dessas afirmações, se aceitamos a íntima associação entre escola e cultura, se vemos suas relações como intrinsecamente constitutivas, do universo educacional, cabe indagar por que hoje essa constatação parece se revestir de novidade, sendo mesmo vista por vários autores como especialmente desafiadora para as práticas educativas.

A educação contribuiu para fundamentar e para manter a idéia de progresso como processo de marcha ascendente na História. A fé na educação nutre-se da crença de que esta pode melhorar a qualidade de vida.

Essa é a idéia que impregnou e impregna ainda hoje a educação escolar. Esse tem sido seu horizonte de sentido. É esse o modelo cultural que vem perpassando, no meio de tensões e conflitos, o seu cotidiano. Tal modelo seleciona saberes, valores, práticas e outros referentes que consideram adequados ao seu desenvolvimento. Assenta-se sobre a idéia da igualdade e do direito de todos à educação e à escola.

No entanto, têm evidenciado como essa perspectiva termina por veicular uma visão homogênea e padronizada dos conteúdos e dos sujeitos presentes no processo educacional, assumindo uma visão monocultural da educação e, particularmente, da cultura escolar. Os desafios do mundo atual denunciam a fragilidade e a insuficiência dos ideais “modernos” e passam a exigir e suscitar novas interrogações e buscas. A escola, nesse contexto, mais que a transmissora da cultura, da “verdadeira cultura”, passa a ser concebida como um espaço de cruzamento, conflitos e diálogo entre diferentes culturas.

Tal perspectiva exige que desenvolvamos um novo olhar, uma nova postura, e que sejamos capazes de identificar as diferentes culturas que se entrelaçam no universo escolar, bem como de reinventar a escola, reconhecendo o que a especifica, identifica e distingue de outros espaços de socialização: a “mediação reflexiva” que realiza sobre as interações e o impacto que as diferentes culturas exercem continuamente em seu universo e seus atores

Em vez de preservar uma tradição monocultural, a escola está sendo chamado a lidar com a pluralidade de culturas, reconhecerem os diferentes sujeitos sociocultural presente em seu contexto, abrindo espaços para a manifestação e valorização das diferenças.

É essa a questão hoje. A escola sempre teve dificuldade em lidar com a pluralidade e a diferença. Tende a silenciá-las e neutralizá-las. Sente-se mais confortável com a homogeneização e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diversidade, a diferença, e para o cruzamento

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