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CORRELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E O RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM COLABORADORES DO SEXO MASCULINO QUE TRABALHAM NUMA PLATAFORMA TERRESTRE NO INTERIOR DO MARANHÃO.

Exames: CORRELAÇÃO ENTRE OS INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE OBESIDADE E O RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM COLABORADORES DO SEXO MASCULINO QUE TRABALHAM NUMA PLATAFORMA TERRESTRE NO INTERIOR DO MARANHÃO.. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/5/2014  •  2.480 Palavras (10 Páginas)  •  481 Visualizações

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Atualmente a obesidade é considerada uma epidemia global que atinge tanto os países desenvolvidos quanto os que estão em desenvolvimento1,2. Isso porque sua prevalência vem aumentando rapidamente nas últimas décadas; fator preocupante, pois

favorece a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis, tais como as doenças cardiovasculares (DCV), que além de elevar a pressão arterial e a concentração de colesterol, promove aumento na resistência insulínica, dificultando a captação e utilização de glicose3.

As DCV constituem importante ocorrência clínica, principalmente por serem consideradas a maior causa de morbimortalidade a nível mundial4. No Brasil, representam a primeira causa de óbito além de serem responsáveis por elevadas taxas de internação hospitalar e incapacitação física1. O excesso de peso pode estar associado à incapacidade, diminuição da qualidade de vida, aumento do uso e cuidados de saúde, diminuição da produtividade no ambiente de trabalho e aumento do absenteísmo5. Dentre as DCV se encontram o infarto agudo do miocárdio, angina, insuficiência arterial periférica e isquemia cerebral4.

É particularmente perigosa uma forma de obesidade designada obesidade abdominal ou central (androide), mais frequente nos homens e que se caracteriza por um acúmulo de gordura na região do tronco e abdome. A concentração excessiva de gordura na região abdominal, associada ao excesso de peso, relaciona-se com diversas disfunções metabólicas e está associada a maior risco de morbimortalidade decorrente da doença aterosclerótica e suas consequências, como a doença arterial coronariana6-9.

As estimativas de obesidade abdominal para detectar riscos à saúde são frequentemente reportadas pela avaliação antropométrica que associada à identificação do excesso de peso podem favorecer a identificação precoce do risco cardiovascular. Dentre os bons indicadores antropométricos da obesidade abdominal destaca-se circunferência da cintura (CC), razão circunferência cintura-quadril (RCCQ), índice de conicidade (Índice C) e razão circunferência cintura-estatura (RCest)10. O IMC é o indicador antropométrico mais comumente utilizado para o estudo da obesidade, no entanto não se correlaciona totalmente com a distribuição da gordura corporal11.

Estudos apontam que o acúmulo de gordura na região do abdômen não é uma ocorrência recente e vem se tornando fato frequente nas diversas classes de trabalhadores, entre essas, colaboradores de plataforma seja terrestre ou marítima. Na década de 90, por exemplo, Souza12 já identificava a prevalência de obesidade entre a população citada, através da constatação de que entre aqueles que apresentavam alteração de peso, a grande maioria relatava, em média, mais de cinco quilos de ganho ponderável e entre os fatores que contribuíam para esse ganho de peso estava os hábitos alimentares e o sedentarismo.

Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi correlacionar os diferentes indicadores antropométricos da obesidade na predição do risco elevado de doenças cardiovasculares em colaboradores do sexo masculino de uma plataforma terrestre do estado do Maranhão.

2 METODOLOGIA

Procedeu-se um estudo de caráter transversal, realizado com os colaboradores do sexo masculino que trabalham numa plataforma terrestre no interior do estado do Maranhão. A amostra foi constituída pelos colaboradores que aceitaram participar do estudo, totalizando 37 indivíduos, do gênero masculino correspondendo a 56,92% do quadro de funcionários da respectiva plataforma.

A população estudada apresentou idade variando entre 21 a 72 anos, e a avaliação antropométrica foi realizada segundo as técnicas preconizadas na literatura. O peso e estatura foram aferidos utilizando balança mecânica (marca Filizola, capacidade para 150 Kg e sensibilidade de 100 gramas, devidamente aferida) e estadiomêtro (marca Filizola, precisão de 0,5 cm), respectivamente. O estado nutricional foi classificado pelo Índice de Massa Corporal (IMC) em Kg/m2, segundo os critérios da World Health Organization13 para adultos e Lipschitz14 para idosos.

A obesidade abdominal foi analisada através das medidas da CC, RCQ, RCEst e Índice C. A CC foi aferida em centímetros com o participante na posição ereta, com o mínimo de roupa possível, na menor circunferência entre a última costela e a crista ílica com uma fita métrica inextensível, conforme recomendado pela American Sports of Medicine15 sendo considerado a medida mais recomendada. A CQ também foi aferida em centímetros na área de maior protuberância glútea.

A RCEst foi determinada pela divisão da medida da cintura pela estatura e adotado como ponto de corte para definição de obesidade central o valor ≥ 0,52, conforme proposto por Pitanga & Lessa16. E a RCQ foi obtida a partir de valores da CC (cm) e CQ (cm), uma razão igual ou superior a 1,0 é indicativa de risco para DCV17.

O Índice C foi determinado a partir de medidas de peso, estatura e CC, utilizando a equação:

Índice C = _Circunferência da Cintura (m)

0,109 Massa Corporal (Kg)

Estatura (m)

E adotado o pontos de corte ≥ 1,25 com base no estudo de Pitanga & Lessa18.

Os dados foram analisados na forma de números absolutos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Gama Filho.

3 RESULTADOS

A amostra constitui-se de 37 participantes e a classificação do estado nutricional pelo IMC13,14 destacou 37,83% com obesidade, 32,43% sobrepeso e 29,74% eutróficos.

A Tabela 01 mostra os indicadores antropométricos de obesidade com seus respectivos pontos de corte analisados no estudo e o risco cardiovascular elevado (RCE).

Tabela 01 Indicadores antropométricos de obesidade e o RCE em colaboradores do sexo masculino de uma plataforma terrestre no interior do estado do Maranhão, 2012.

Indicadores antropométricos e RCE

Homens

(n = 37)

IMC e RCE

67,56%

CC e RCE

37,83%

RCQ e RCE

13,51%

RCEst e RCE

59,45%

Índice C e RCE

40,54%

Identificou-se correlação positiva e negativa entre o indicador antropométrico

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