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Capitulo 1 Criação E Dialetica Do Conhecimento Hirotaka Takeuchi E Ikujiro Nonaka

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Por:   •  6/4/2014  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  1.468 Visualizações

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Capitulo 1

Criação e Dialetica do Conhecimento

Quanto mais turbulentos os tempos, mais paradoxos existem. As contradições, as inconsistências, os dilemas e as polaridades abundam nestes dias e nesta época. As empresas bem-sucedidas não estão apenas enfrentando o paradoxo, mas tirando vantagem dele.

Temos que viver com o paradoxo, aceita-lo, enfrenta-lo, tirar sentido dele e usa-lo para achar um melhor caminho.

Joseph Schumpeter postulava o “desequilíbrio dinâmico” como o único estado estável da economia, e a “destruição criativa”, por parte dos inovadores, como a força impulsora da economia.

Uma mente diferenciada agora tem a oportunidade de manter duas visões opostas-a tese de Schumpeter e a antítese da economia dos dias modernos-ao mesmo tempo e usa-las para encontrar um melhor caminho.

Viver com um paradoxo não é confortável nem fácil. Esclarecer os paradoxos, o mundo parecera diferente e menos ameaçador, isto é o que a empresas bem-sucedidas estão fazendo.

Apenas algumas poucas empresas tem demonstrado capacidade de mudar tao rápido quanto o ambiente que as cerca e de lidar com as complexidades envolvidas. Uma das principais razoes pelas quais as empresas fracassam , atualmente, é sua tendência de eliminar paradoxos.

As empresas que estamos chamando de empresas “dialética”, estão abrçando ativamente os opostos. Estão cultivando contradições positivamente. Estão usando os paradoxos, entusiasticamente, como um convite para encontrar um melhor caminho.

Paradoxo e Conhecimento

Para a Sociedade Industrial o paradoxo era algo a ser eliminado. Ia contra a própria essência do que Frederick Taylor estava tentando atingir. Para aumentar a eficiência na produção, ele prescreveu métodos e procedimentos “científicos” para organizar e realizar o trabalho, o mais importante deles sendo o estudo do tempo e do movimento. Hebert Simon investigou a natureza humana da solução de problemas e da tomada de decisão desenvolvendo a visão da organização como uma “ maquina de processamento da informação”. O processamento eficaz da informação, afirmava Simon, é possível apenas quando os problemas complicados são simplificados e as estruturas organizacionais são especializadas.

A passagem para a Sociedade do Conhecimento elevou o paradoxo, de algo a ser eliminado e evitado, para algo a ser aceito e cultivado, pois o conhecimento em si é formado por dois componentes dicotômicos e aparentemente opostos- isto é, o conhecimento explicito e o conhecimento tácito.

O conhecimento explicito pode ser expresso em palavras, números ou sons, e compartilhado na forma de dados, formulas cientificas, recursos visuais, fitas de áudio, especificações de produtos ou manuais.

O conhecimento tácito, por outro lado, não é facilmente visível e explicável. Pelo contrario, é altamente pessoal e difícil de formalizar, tornando-se de comunicação e compartilhamento dificultoso. O conhecimento tácito está profundamente enraizado nas ações e na experiência corporal do individuo, assim como nos ideais, valores ou emoções que ele incorpora.

Para ser preciso, existem duas dimensões para o conhecimento tácito. A primeira é a dimensão “técnica”, que engloba as habilidades informais e de difícil detecção. Os insights altamente subjetivos e pessoais, as intuições, os palpites e as inspirações derivadas da experiência corporal, todos se encaixam nesta dimensão. E a dimensão “cognitiva”. Ela consiste em crenças, percepções, ideais, valores, emoções e modelos mentais.

O conhecimento não é explicito ou tácito. O conhecimento é tanto explicito quanto tácito. O conhecimento é inerentemente paradoxal, pois é formado do que aparenta ser dois opostos.

A capacidade de envolve dois opostos- em outras palavras, descobrir uma forma de ter tanto A quanto B ao mesmo tempo.

Para ter sucesso nos turbulentos dias de hoje e no mundo complexo, as empresas necessitam abraçar não apenas um conjunto de opostos, mas uma completa multidão de opostos ao mesmo tempo.

Conhecimento e Dialetica

A dialética, que é uma forma de raciocínio, enfatiza duas características que são úteis nos tempos turbulentos e no complexo mundo atual. A primeira é sua ênfase na mudança. A segunda é sua ênfase nos opostos. A mudança ocorre através do conflito e da oposição, de acordo com o raciocínio dialético. Está sempre buscando a contradição dentro das pessoas ou das situações.

O conhecimento também é criado dinamicamente, sintetizado o que aparenta serem opostos e contradições. A chave para liderar o processo de criação do conhecimento é o raciocínio dialético, que transcende e sintetiza essas contradições.

Os opostos podem se tornar a mesma coisa, se tomarmos seu oposto ao extremo final e o tornarmos absoluto.

Algumas das fontes mais úteis de conhecimento em uma organização são as que articulam o discernimento ou o conjetural, e as que revelam o oculto ou o não-obvio. O conhecimento tácito é a realidade vista a partir de um determinado ângulo ou contexto. Igualmente, o conhecimento explicito é uma realidade vista de um diferente ângulo ou contexto. Se os tomarmos ao extremo e os tornarmos absolutos, eles podem transformar-se um no outro.

Como no raciocínio dialético, a criação do conhecimento aceita o que aparenta ser oposto. A nova realidade é criada através da síntese, que é o processo continuo e dinâmico que reconcilia e transcende aos opostos.

Identificamos os seguintes opostos que exigem uma síntese antes que o novo conhecimento possa ser criado, organizacionalmente , de maneira espiralada:

* tacito / explicito;

* corpo / mente;

* individuo / organização;

* top-down / bottom-up;

* hierarquia / força de trabalho;

* Oriente / Ocidente.

Sintese de Tacito/Explicito

Uma organização cria e utiliza conhecimento convertendo o conhecimento tacito em conhecimento explicito, e vice-versa. Identificamos quatro modos de conversão de conhecimento: (1) socialiazação: de tacito para tacito; (2) externalização: de tacito para explicito; (3) combinação: de explicito para explicito; (4) internalização: de explicito para tacito.

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