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Por:   •  10/5/2013  •  3.132 Palavras (13 Páginas)  •  339 Visualizações

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• A História da Casas Bahia A primeira loja foi fundada em 1957, em São Caetano do Sul, por Samuel Klein, um mascate que vendia produtos de cama, mesa e banho de porta em porta. É a partir deste ponto que se formou o maior império do varejo brasileiro, construído a custa de muito suor e trabalho da família e crédito concedido à população de baixa renda. Nestes seus mais de 50 anos de existência experimenta um crescimento constante, principalmente na era do pós-real onde saiu de um faturamento de R$ 2 bilhões de reais para R$ 12 bilhões de reais em 2006. A empresa é considerada por muitos como o maior fenômeno mundial do varejo de baixa renda, com números expressivos em todos os segmentos de vendas em que atua (televisores, refrigeradores, móveis, entre outros). Possui ainda, seis centros de distribuição com mais de 700 mil m2. de área para armazenar estoques de produtos. Possui um bom fôlego financeiro e não depende de financiamento externo para seu giro de capital. A Empresa Casas Bahia Em 1999 a empresa enfrentou sem muito drama a recessão dos eletroeletrônicos, com a venda de móveis um nicho mais lucrativo do que os eletrônicos. Outro fator importantíssimo é no que diz respeito à política de crédito, como a empresa gerencia o fornecimento de crédito aos seus clientes, ela tornou-se expert em administrá-lo, tendo as mais baixas taxas de inadimplência deste mercado. Após a crise de 1999, num processo de recuperação da vendas, a empresa voltou a elevar os seus níveis de estoques para 60 dias e abriu novas lojas, principalmente na periferia das grandes metrópoles, onde se encontra o seu público alvo, os consumidores de baixa renda que não conseguem comprová-la. A empresa não tem a intenção de profissionalizar a administração, que segundo

seu fundador já está com a sucessão definida, fruto de uma tradição judaica, com o seu filho mais velho assumindo as operações; e ainda na contramão do mercado a empresa mantém sob sua administração todo o sistema de logística, através de caminhões próprios e grandes centro de distribuição, alegando que os custos são compensados com a fidelização dos clientes. Tudo dentro da empresa é controlado pelo fundador e seus dois filhos, tendo uma gestão centralizadora, qualquer negociação passa pelo crivo dos Klein. O foco da empresa está em realizar os sonhos dos milhares de consumidores que se encontram

nas classes mais baixas da pirâmide de renda, financiando à longo prazo, estes sonhos. Atualmente, a empresa encontra-se muito a frente das concorrentes com mais do que o dobro de faturamento do segundo colocado, o que mostra o sucesso do modelo adotado pela empresa. Alguns tabus ainda existem na empresa como abertura de capital e vendas pela internet. Quanto a abertura de capital ou entrada de algum sócio, ela é prontamente refutada pelos sócios da empresa. Com o crescente aumento das vendas on-line, a empresa já estuda a possibilidade de entrar neste nicho de mercado, assim como a abertura de lojas destinadas aos mais abastados, que ficavam fora do foco da empresa. O fato é que, apesar de uma gestão familiar ultrapassada, a Casas Bahia é hoje modelo mundial de vendas a varejo no mercado de baixa renda. E enfrentará a partir de agora alguns desafios para que consiga se perpetuar no mercado que já desapareceu com grandes lojas ao longo da história, além de não poder perder o seu foco principal que é vender para a população de baixa renda. Atualmente a Casas Bahia possui mais de 560 lojas em dez estados (SP, RJ, MG, PR, ES, RS, SC, GO, MS, MT), além do Distrito Federal. As lojas de rua funcionam das 8h às 19h30 e as instaladas em shoppings centers, das 10h às 22h. Conceito de Administração Familiar As empresas familiares é a forma empresarial predominante nas economias de mercado atuais. O sucesso e a continuidade das empresas familiares são vitais para o desenvolvimento da economia e da sociedade. A importância deste tipo de empresas no panorama mundial resulta do seu elevado número, volume e negócios consolidados, emprego e percussões econômicas. Os autores expressam visões distintas e às vezes contraditórias sobre o conceito de empresa familiar. Segundo Vidigal (1996), em um sentido mais amplo, praticamente todas as empresas tiveram sua origem no seio da família, excluindo aquelas criadas pelo governo. Já Garcia (2001) também é bastante abrangente. Ele defende a idéia de que se uma empresa é controlada por uma ou mais famílias, pode ser considerada empresa familiar. De uma maneira mais genérica, Oliveira (1999) caracteriza a empresa familiar como sendo aquela que transfere o poder decisório de maneira hereditária a partir de uma ou mais famílias. Gaj apud Scheffer (1993) é mais específico e conceitua as empresas familiares como empresas “de capital aberto ou fechado que foram iniciadas 2 XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíbapor um membro da família que as passou ou tem a intenção de passar a um herdeiro direto ou parente”. Bernhoeft (1989,) caracteriza a empresa familiar brasileira através de algumas características essenciais. Destaca-se a forte valorização da confiança mútua, independente de vínculos familiares (exemplos são os “velhos de casa” ou ainda “os que começaram com o velho”); os laços afetivos extremamente fortes influenciando os comportamentos, relacionamentos e decisões da organização. Também se registra a valorização da antiguidade como um atributo que supera a exigência de eficácia ou competência. É comum a exigência de dedicação, caracterizada por atitudes tais como não ter horário para sair, levar trabalho para casa, dispor dos fins-de-semana para convivência com pessoas de trabalho, entre outros. Existe a expectativa de alta fidelidade manifestada através de comportamentos como não ter outras atividades profissionais não relacionadas com a vida da empresa. São comuns dificuldades na separação entre o que é emocional e racional, tendendo mais para o emocional. Finalmente, se verificam os jogos de poder, onde muitas vezes mais vale a habilidade política do que a capacidade administrativa. O autor também se refere como familiar à empresa baseada em relacionamentos que possuem a variável dedicação e tempo de empresa, por exemplo – a chamada “família organizacional”. Ele considera muito simplista conceituar a empresa familiar como sendo “aquela que tem sua origem e sua história vinculadas a uma família ou ainda, aquela que mantém membros da família na administração dos negócios”. Para ele, a relação de confiança de um funcionário antigo, independente de vínculos familiares; e se os laços afetivos são fortes e influencia a cultura da organização, a empresa pode ser caracterizada como familiar.Considera que

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