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Casas Bahia

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Por:   •  8/8/2013  •  3.670 Palavras (15 Páginas)  •  430 Visualizações

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CASAS BAHIA – UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

A história de vida de Samuel Klein transformou-se em um caso de sucesso de repercussão e curiosidade mundial. A dificuldade e crueldade que ele e sua família enfrentaram fizeram com que obstáculos fossem transpostos em busca de uma vida de paz e felicidade. Sua personalidade, marcada por carisma, confiabilidade, persistência e coragem fez nascer uma potência empresarial no segmento eletroeletrônico. Desta forma caberia perguntar: como o sucesso de uma empresa pode acontecer através dos atributos pessoais de seus fundadores, mesmo após uma época de crise econômica nacional?

Com base na análise do cenário externo e políticas da empresa, buscou-se demonstrar que seu fundador possui características determinantes e elementar à nova demanda flexível do mercado, principalmente para as classes econômicas menos favorecidas.

Nos últimos anos a Casas Bahia teve um crescimento contínuo que a colocou em primeiro lugar entre as empresas de sua área de atuação.

A estratégia de marketing é apresentada como ponto fundamental, pois teve um papel primordial no relacionamento com os clientes. O varejo proporcionou a diferenciação de seus concorrentes ocupando uma posição marcante e difundindo a identidade da marca e o conceito da loja.

A HISTÓRIA DE SAMUEL KLEIN

Samuel Klein nasceu em 15 de novembro de 1923, na pequena aldeia Zaklikov, na Polônia, filho de uma família da comunidade judia que representava 30% da população de 3.000 habitantes do local. Aprendeu

com o pai o ofício de marceneiro e com a mãe a importância da fé. (AWAD, 2003)

Sucher e sua esposa Szeva, criaram os 07 filhos com dificuldades, sem exageros ou desperdícios, com muito trabalho e rigidez. Sucher, marceneiro habilidoso, fabricou os móveis da casa enquanto Szeva se dedicava à educação dos filhos, ao trabalho doméstico e à alimentação da família. (AWAD, 2003)

A Europa naquele conturbado início de século, sob ameaça constante de golpes de estado, nazismo, fascismo e comunismo, a Polônia católica era preconceituosa e anti-semita.

A mudança da família Klein para a cidade de Lippe, onde até o trânsito pelas ruas era perigoso Samuel, aos 10 anos, sofreu o primeiro ato de violência, foi atingido na cabeça, por uma pedra arremessada por um colega de escola. Desse dia em diante, passou a trabalhar com o pai na marcenaria e abandonou os estudos (AWAD, 2003).

Em 06 de janeiro de 1949, Samuel conheceu Ana, uma jovem de 17 anos, que trabalhava numa loja de sapatos e soube naquele momento que encontrara a mulher de sua vida. Em maio de 1951, Samuel recebeu uma carta, dos amigos Elias e Rachel, que haviam se instalado na Bolívia, lugar onde não havia anti-semitismo ou comunismo. Samuel, Ana e o pequeno Michael, com 7.000 dólares no bolso, tomaram um navio para a América. Depois de uma breve estadia em La Paz, onde Samuel não se sentiu satisfeito, decidiram mudar-se para o Brasil (AWAD, 2003).

O Brasil era grande, local de muitas oportunidades, e após procurar por certo tempo,

decidiu instalar-se em São Paulo, que tinha um clima mais agradável, menos quente, com uma garoa aos finais de tarde, sem o frio da Europa ou o calor do Rio de Janeiro e representava a força econômica e industrial do país. Em São Paulo, Samuel encontrou Max, velho amigo dos tempos de Alemanha, que na época morava no Bom Retiro e o convidou para conhecer seu trabalho de “mascate”, em São Caetano, uma cidade de 6.000 habitantes, em sua maioria trabalhadores da General Motors. Convite aceito, Max e Samuel foram juntos a São Caetano no dia seguinte. Max guardava sua mercadoria na casa de um senhor de 50 anos chamado José Nulman, e o apresentou ao amigo. Contou a situação de Samuel e perguntou se sabia de alguma ocupação ou emprego para ele e nessa mesma ocasião, Nulman oferece à Samuel sua clientela (aproximadamente 200 pessoas), sua mercadoria e sua carroça. No dia seguinte, fecharam negócio, por 6.000 dólares, a serem pagos em 50 meses. E foi assim que em 1952, aos 29 anos, depois de uma vida de muito sofrimento, com a jovem esposa e filho de 02 anos, Samuel Klein se mudou para São Caetano do Sul começando sua jornada de sucesso no Brasil. (AWAD,2003).

HISTÓRICO DA CASAS BAHIA E O PERFIL DE SAMUEL KLEIN

Segundo Marcovitch (2003) os laços familiares estão presentes nas atividades empresariais ou vice-versa. O rápido crescimento da Casas Bahia, independente de todas as crises econômicas que assolaram o país nas últimas décadas, está diretamente ligado ao perfil de seu fundador.

Samuel

conseguiu em pouco tempo despertar a simpatia dos clientes, em 05 anos aumentou uma lista de 200 para 5.000 clientes. Parcelava os pagamentos e a cada mês, quando visitava os clientes para receber a prestação, fazia novas vendas e assim mais parcelamentos. Com o aumento dos clientes Samuel não conseguia mais fazer visitas mensais, passou a visitá-los a cada 45 dias, o que facilitava ainda mais para os clientes o pagamento, e, por conseguinte, propiciava mais vendas.

Em novembro de 1957, Samuel compra a primeira loja que já se chamava Casas Bahia, em homenagem ao grande número de nordestinos na cidade e por isso o nome foi mantido. Samuel tinha inúmeros “mascates” que continuavam trabalhando para ele, em charretes, independente do estabelecimento comercial fixo, até que a loja estivesse devidamente estruturada.

Na loja, Samuel negociava móveis, vendidos juntos ou separados, sempre através de parcelamentos. Essa flexibilidade de negociação facilitava as vendas e propiciava o crescimento do negócio, o que por sua vez estava contribuindo para o seu prestígio com os fornecedores. Negociante experiente, Samuel se aproveitava desse prestígio para comprar grandes quantidades e conseguir preços mais acessíveis. Em pouco tempo os fornecedores estavam disputando lugar na loja e anunciando seus produtos na “Casas Bahia”, com bons descontos, fazendo propaganda gratuita para Samuel.

Ainda na década de 60, mantendo a estratégia das vendas financiadas, Samuel Klein, para oferecer aos

seus clientes financiamentos em longo prazo, repassou às financeiras esse serviço, contudo, as elevadas taxas de juros cobradas acabaram por dificultar as vendas. Foi então que ele reviu sua estratégia, fez acordos com as financeiras, recebia diretamente dos clientes as prestações, conseguindo assim uma diminuição dos juros, e se comprometia a repassar os pagamentos às financeiras.

Já em 1970, percebendo que seu crescimento estava

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