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Casas Bahias

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Por:   •  9/5/2013  •  1.966 Palavras (8 Páginas)  •  370 Visualizações

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por um membro da família que as passou ou tem a

intenção de passar a um herdeiro direto ou

parente”. Bernhoeft (1989,) caracteriza a empresa

familiar

brasileira

através

de

algumas

características essenciais. Destaca-se a forte

valorização da confiança mútua, independente de

vínculos familiares (exemplos são os “velhos de

casa” ou ainda “os que começaram com o velho”);

os

laços

afetivos

extremamente

fortes

influenciando

os

comportamentos,

relacionamentos e decisões da organização.

Também se registra a valorização da antiguidade

como um atributo que supera a exigência de

eficácia ou competência. É comum a exigência de

dedicação, caracterizada por atitudes tais como

não ter horário para sair, levar trabalho para casa,

dispor dos fins-de-semana para convivência com

pessoas de trabalho, entre outros.

Existe a expectativa de alta fidelidade

manifestada através de comportamentos como

não ter outras atividades profissionais não

relacionadas com a vida da empresa. São comuns

dificuldades na separação entre o que é emocional

e racional, tendendo mais para o emocional.

Finalmente, se verificam os jogos de poder, onde

muitas vezes mais vale a habilidade política do

que a capacidade administrativa.

O autor também se refere como familiar à

empresa baseada em relacionamentos que

possuem a variável dedicação e tempo de

empresa, por exemplo – a chamada “família

organizacional”. Ele considera muito simplista

conceituar a empresa familiar como sendo “aquela

que tem sua origem e sua história vinculadas a

uma família ou ainda, aquela que mantém

membros da família na administração dos

negócios”.

Para ele, a relação de confiança de um

funcionário antigo, independente de vínculos

familiares; e se os laços afetivos são fortes e

influencia a cultura da organização, a empresa

pode ser caracterizada como familiar.Considera

que a diferença entre uma empresa profissional e

familiar é o estilo como a empresa é administrada,

e não no fato de o seu capital pertencer a uma ou

mais famílias. Segundo o mesmo, a empresa

familiar é um “ideal que deu certo”.

Com a dificuldade de se ter um consenso,

Galgo e Vilela apud Gorgati (2000), acreditam que

“não parece ser necessário que uma família

possua capital majoritário para que, estando

presente

na

administração,

imprima

as

características mais marcantes da gestão familiar”.

Martins et al. (1999) conceitua a empresa

familiar com base na relação entre propriedade e

controle. Assim, a define como aquela em que um

ou mais membros de uma família exercem

considerável controle administrativo sobre a

empresa, por possuírem parcela expressiva da

propriedade do capital. Existe estreita ou

considerável relação entre propriedade e controle,

sendo que o controle é exercido justamente com

base na propriedade.

Gracioso apud Martins et al. (1999) considera

que a propriedade é insuficiente para definir a

empresa familiar, sendo necessária à existência

de uma estrutura gerencial onde a maioria dos

cargos-chave é composta por membros da família

proprietária.

Diferentemente, Donelley apud Bernhoeft

(1998) conceitua a empresa familiar como aquela

em que passou pelo processo de sucessão e está

no mínimo na segunda geração. Além disso, a

família tem uma estreita ligação com a política, os

interesses e os objetivos da empresa. Portanto,

não pode ser considerada empresa familiar a

empresa de fundador sem herdeiros.

Lodi apud Martins et al. (1999) concorda com

Donnelly “enfatizando que o

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