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Caso Da Enron

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Por:   •  29/3/2014  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  528 Visualizações

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Caso Enron

A Enron era uma companhia tradicional de serviços públicos que possuia usinas hidrelétricas, companhias de água e saneamento, e unidades de distribuição de gás.

Se tornou realmente conhecida quando percebeu que energia, água e produtos como linhas de telecomunicação poderiam ser negociados como commodities, passando a atuar como uma espécie de grande corretora do setor de energia: comprando, vendendo e fazendo apostas financeiras muito maiores do que os negócios diretamente realizados pela companhia.

Criou parcerias com bancos e empresas que permitiram manipular o balanço financeiro e esconder débitos de 25 bilhões de dólares nos últimos 2 anos (2000, 2001). O lucro e os contratos da Enron foram inflados artificialmente e muitos executivos da empresa receberam informações privilegiadas para se desfazer das ações antes que o preço despencasse.

Para tentar se esquivar das acusações de fraude e maquilagem nos balanços o antigo presidente-executivo Jeffrey Skilling disse ao Congresso:

Não podiam esperar que eu soubesse que as demonstrações financeiras da empresa eram falsificadas, pois não sou contador.”

Fica evidente que o ex-presidente usou o discurso para demonstrar que não dava aval às demonstrações financeiras realizadas pela empresa de auditoria (Arthur Andersen), obrigando a SEC a criar normas e mecanismos exigindo que os principais executivos de empresas ofereçam garantias às demonstrações financeiras.

A descoberta das falcatruas nos balanços foi feita por Lynn Brewer, uma profissional com formação em ética nos negócios. Após seis meses de trabalho percebeu que a Enron estava cometendo preços abusivos no mercado de energia, devido a um contrato com o governo , no qual o preço das tarifas poderia ser alterado conforme as previsões de demanda.

Quando o preço da energia sofreu uma queda, a Enron começou a pagar comissões de venda de energia em contratos de 20 anos: funcionava como um suborno, uma maneira de criar pressão artificial e fazer as tarifas subirem novamente.

Segundo Sherron Watkins (autora do livro “fracasso do poder” ou “queda de energia”, em inglês Power Failure) a Enron sempre teve uma contabilidade absurda e enganosa, e já previa que um dia isso acarretaria uma série de escândalos contábeis. Palavras da autora:

“A Enron era uma empresa que valorizava, acima de tudo, a capacidade de esconder as más notícias. Oferecia abonos, às vezes de milhões de dólares, quando se fechavam negócios. Os lucros previstos justificavam a remuneração extra. Não havia razão para saber se os planos dariam certo. A empresa pagava os abonos de qualquer maneira.”

Quando as transações davam errado, elas podiam ser escondidas por meio de ilusionismo financeiro e, de qualquer maneira, os responsáveis por elas já estariam a caminho de novas transações e novos abonos. Ao que parece, o caminho mais rápido para se tornar astro ou estrela na Enron era criar um novo método de retratar as cifras de maneira positiva.”

O ex-diretor de finanças da companhia Andrew Fastow admitiu, em julgamento realizado esse ano, ser culpado de fraude e lavagem de dinheiro e se transformou na principal testemunha nos julgamentos do ex-presidente da Enron. Segundo ele, ambos foram responsáveis por uma série de acordos financeiros para esconder as dívidas dos investidores, através de ações fraudulentas.

Foi sentenciado a seis anos de prisão e teve 24 milhões de dólares de bens confiscados, apesar de já estar buscando ajudar as vítimas a recuperarem suas perdas e estar com “muito remorso”.

A missão de

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