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Casos De Marcas Brasileiras No Mercado Automobilístico

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Por:   •  16/12/2014  •  1.440 Palavras (6 Páginas)  •  285 Visualizações

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ROMI-ISETTA:

Em dois de fevereiro de 1960 o presidente JK chega a Brasília, vindo da Caravana de Integração Nacional, acenando para os participantes à bordo de um automóvel diferente:( porta frontal, bando único, rodas pequenas), era um Romi-Isetta, primeiro veículo fabricado em série no Brasil pelas Indústrias Romi. A empresa de Santa Bárbara D oeste em São Paulo, especializada em máquinas operatrizes, obteve licença para a produção no pais do fabricante italiano ISO. A produção inicia-se em 1955 e termina em 1961. Em 1959 a situação financeira da empresa se instabiliza primeiro por sofrerem pressões políticas do GEIA que não aceitava mais o seu formato e depois com o falecimento do comendador Américo Romi, principal defensor do projeto na empresa e responsável pela produção do veículo. Foram fabricados 3.000 unidades com 70% de nacionalização e gerados 1.200 empregos na cidade paulista. O Isetta era um projeto internacional, mas é considerado o pioneiro produto da indústria nacional.

IBAP:

Em 1962 o empresário brasileiro Nilson Fernandes propõe a venda de títulos para a constituição de uma empresa brasileira de automóveis (títulos de propriedade). Em 1963 forma a IBAP com o projeto de desenvolver carros populares. Porém, a venda de ações não tinha um carro que a justificasse, dos 400 mil títulos previstos para a fabricação do veículo foram vendidos apenas 35 mil. Isso dava margem para que se dissesse que a empresa produzia vento. Ao invés de carros populares o projeto optou por carros mais sofisticados, devido a limitada capacidade de produção de carroceria de fibra de vidro. Aliás, foram promovidas diversas campanhas que punham em cheque a durabilidade da fibra de vidro, o próprio ministro da indústria e comércio duvidava de sua durabilidade e qualidade. A empresa respondeu promovendo uma campanha itinerante fazendo as pessoas surrarem o carro com cabo de ferro com o intuito de comprovar a qualidade e resistência do material contestado.

O objetivo maior de Fernandes era criar um carro brasileiro que não necessitasse pagar royaltes às empresas estrangeiras, que possuísse preços competitivos e designer mais arrojado que os seus concorrentes. Para isso a IBAP desenvolvia sua própria mecânica, porém importava da Itália seus motores.

Segundo Nasser , as multinacionais passaram a promover boicotes. Inclusive ameaçava cortar cotas de publicidade, e forçando a imprensa a criticar e ignorar o projeto nacional.

O primeiro protótipo surgiu no final de 1964, muito parecido com o Chevrolet Corvair e o Rumbler, mostrado em primeira mão ao Presidente Castelo Branco. Com o advento do Golpe civil-militar em 1964, um carro chamado de Democrata e produzido por uma empresa chamada Presidente, ideologicamente representava uma espécie de "anti-marketing".

A empresa segue sendo massacrada pela imprensa, sendo chamada de indústria fantasma, contrabandista e coletora irregular de poupança que vivia sob falsa alegação de construção de automóveis. Diretores sofreram perseguições, o Banco Central proibiu a venda de ações e a participação no processo de privatização da FNM e inúmeros processos judiciais levam a empresa à escandalosa falência..

O Projeto IBAP foi abandonado em 1968 com cinco unidades produzidas e o patrimônio da empresa seqüestrada pela Justiça.

FÁBRICA NACIONAL DE MOTORES:

A empresa estatal iniciada em 1940, no governo de Getúlio Vargas, na cidade fluminense de Duque de Caxias, fundada em 13 de junho de 1942 tinha como finalidade construir motores aeronáuticos que seriam utilizados em treinamentos militares. A empresa, assim como a CSN, recebeu incentivos financeiros e assistência técnica do governo dos EUA para a sua construção.

A produção iniciada em 1946, quando o seu maquinário estava completamente pronto para funcionar, estava completamente defasada tecnologicamente no pós 2ª Guerra.

Dessa forma a empresa passa a produzir desde geladeiras até tampinhas de garrafa, passando por bicicletas e compressores. Em 1949 firma contrato com a empresa italiana Isotta Fraschini para a fabricação de caminhões diesel de 7,5 lt, com projeto de progressiva nacionalização de sua produção. Em 1950, após falência de seu fornecedor italiano, firma contrato com a Alfa-Romeo para a fabricação de caminhões e chassis para ônibus. Em 1960 a FNM lança o 1º automóvel de sua linha, em comemoração a construção de Brasília: o FNM JK. Após o golpe civil-militar de 1964 a empresa foi privatizada à preço de banana para a Alfa-Romeo.

PUMA:

Rino Malzoni criou um carro esporte com mecânica DKW/Vemag, e em 1964 lança o GT Malzoni com carroceria de plástico e fibra de vidro. Começa a produção do veículos em 1966 vendendo 35 unidades. A partir de 1972 começa a sentir dificuldades de fornecimento de componentes por parte da VW devido a concorrência com o Karmann-Ghia da empresa alemã.

A empresa a partir de 1970 passa a exportar para mais de 50 países incluindo EUA e Europa. Devido às dificuldades de fornecimento, em 1974 lança chassis próprio e no mesmo ano apresenta projeto de um caminhão leve e um mini-carro respondendo a primeira crise do petróleo. A segundo crise do petróleo (1979/1980) arrefece o mercado de esportivos proporcionando uma reengenharia de suas estratégias de mercado. A empresa faliu em 1985, a diversificação foi fatal para a Puma, pois lhe faltava fôlego financeiro e suporte tecnológico..

Foram vendidos um volume de 23.000 unidades de seu carros.

SANTA

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