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Conflito Árabe Israelense

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Por:   •  19/4/2014  •  8.593 Palavras (35 Páginas)  •  345 Visualizações

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Conflitos Árabes – Israelense

Introdução

Um olhar histórico sobre o conflito envolvendo a população árabe e a população judaica permite reconhecer os principais eventos e a cronologia de acordos, tensões e a situação atual da região da Palestina. Dessa forma, destacamos os acontecimentos seguintes, tomando como referência o sionismo do século XIX.

Segunda metade do século XIX: início do movimento sionista (sentimento judeu de retornar à pátria sagrada). Grupos étnicos judeus de diferentes partes do mundo começaram a migrar para a região da Palestina, ainda sob o domínio do Império Turco-Otomano.

Final da Primeira Guerra Mundial: queda do Império Turco-Otomano e delimitação das fronteiras dos países a partir de interesses britânicos e franceses.

Os conflitos se tornavam mais violentos à medida que a imigração aumentava. Durante aII Guerra Mundial, milhões de judeus fugiram da Europa. No final da Segunda Guerra Mundial a ONU (1947) – é aprovada a criação do Estado de Israel com a promessa de criação de um Estado Palestino (estado duplo);

1948-1949: I Guerra Árabe-israelense - Egito, Síria, Líbano, Iraque e Transjordânia (atual Jordânia) atacaram Israel. A vitória de Israel ampliou seus territórios, anexando Jerusalém Ocidental e novas áreas no centro, nordeste e sudoeste. A Transjordânia conquistou a Cisjordânia e o Egito, a Faixa de Gaza;

1956: Conflito de Suez – O Egito nacionalizou o Canal de Suez, importante passagem entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. França, Inglaterra e Israel invadiram o Egito. Em virtude de acordos estabelecidos por URSS e os Estados Unidos, os países invasores recuaram e o Egito saiu fortalecido, aumentando os ideais do Pan-arabismo;

1964: Criação da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat;

1967: Guerra dos Seis Dias – Israel avançou e conquistou as Colinas de Golã (Síria), Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e a Península do Sinai (Egito);

1973: Guerra do YomKippur – Ofensiva dos países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias em uma tentativa de reaver os territórios perdidos. Israel venceu novamente. Em resposta, os países árabes membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) pressionaram os países centrais, elevando os preços do petróleo;

1979: Acordos de Camp David – Mediado pelo presidente estadunidense Jimmy Carter, Egito e Israel selaram um acordo, colocando fim a embargos econômicos e sanções mútuas. Israel devolveu a Península do Sinai ao Egito que, por sua vez, reconheceu a representatividade do Estado de Israel. O Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel, sendo considerado um traidor por algumas lideranças árabes;

Década de 1980: Em meio à situação de pobreza da maioria palestina, das poucas perspectivas de um acordo de paz na região e do aliciamento de jovens através de valores religiosos, começaram a surgir milícias armadas, conhecidas no Ocidente como grupos terroristas, tais como o Hamas e o Hezbolah;

1987: 1ª Intifada - De forma não planejada, jovens palestinos civis começaram a atacar soldados israelitas. Ocorreu o aumento da tensão nas fronteiras de Gaza e Cisjordânia;

1993: Acordos de Oslo - O presidente estadunidense Bill Clinton estabeleceu a mediação entre Arafat (Palestina) e o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin. Ficou estabelecido a criação da ANP (Autoridade Nacional Palestina) como organização política oficial da nação palestina e a gradual desocupação de Gaza e Cisjordânia.

1995: Rabin foi assassinado por um extremista judeu. A extrema direita assumiu o poder em Israel e não se comprometeu em desocupar as áreas onde está concentrada a população palestina.

2000: 2ª Intifada – coordenada principalmente pelo Hamas, após o Ariel Sharon, caminhar perto da mesquita de Al-Aqsa, uma área considerada sagrada pelos judeus e mulçumanos.

2005: Início da retirada dos assentamentos judeus em Gaza. Mahmoud Abbas venceu as eleições para a presidência da Palestina. Membro do grupo moderado Fatah, foi favorável às negociações com Israel.

2006: O Hamas venceu as eleições parlamentares da Palestina. ONU, UE, Estados Unidos e Israel não reconheceram tais eleições. Aumentaram as disputas entre Hamas e Fatah, que buscavam a formação de um Estado Palestino por caminhos distintos: o Hamas busca um Estado Religioso, empregando o uso da força e negando a presença judaica, enquanto o Fatah busca um Estado Laico e favorável ao diálogo com Israel.

2007: Bloqueio comercial de Egito e Israel em relação à Gaza no intuito de reduzir o acesso do Hamas a suprimentos diversos, como armas, mas que acabou reduzindo a qualidade de vida de todos os palestinos da região.

2009: O direitista Benjamin Netanyahu, do partido conservador Likud, assumiu o cargo de primeiro-ministro de Israel. Novos assentamentos na Cisjordânia foram planejados.

2010: Expectativa das eleições palestinas, que novamente foram adiadas e, desta vez, por tempo indeterminado, em razão de divisões do Fatah e boicotes do Hamas. Israel anunciou a construção de 1600 moradias em Jerusalém Oriental. ONU, Rússia, Estados Unidos e UE determinaram um prazo de dois anos para Israel desocupar a Cisjordânia. Pouco depois, Israel atacou um comboio de navios turcos que carregava suprimentos de comida e remédios para Gaza, matando nove civis desarmados.

2011: Hamas e Fatah acenaram para um diálogo a fim de eliminar suas diferenças políticas e estratégicas. O presidente estadunidense Barack Obama afirmou que o cenário ideal seria o retorno às fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias.

Religião

Antecedentes

Israel e Hamas mantêm entre si relações tensas, principalmente desde que o Hamas venceu o Fatah nas eleições da Palestina. O governo israelense- assim como os dos Estados Unidos,da União Europeia, do Canadá e do Japão - considera o Hamas um grupo terrorista. Já para muitos palestinos, entretanto, trata-se de uma organização beneficente que presta ajuda e assistência. Abreviatura de Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas participou nas eleições para o Parlamento Palestino, em 2006. A legislação eleitoral palestina, elaborada por Israel, exige dos partidos políticos, participantes do pleito, o reconhecimento de todos os acordos entre a Autoridade

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