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Crack

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Por:   •  26/3/2015  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  182 Visualizações

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Para o consumo inalatório da droga, são utilizados cachimbos elaborados pelos próprios usuários, geralmente de alumínio e compartilhados entre o grupo de uso. Também tem sido comum o consumo de cigarros comuns ou de maconha com fragmentos de pedras de crack.17 A forma injetável do crack não teve sucesso e foi quase extinta no Brasil, substituído pelo crack que provoca efeito semelhante e tão potente quanto a cocaína injetada.18

Efeitos psicológicos e fisiológicos[editar | editar código-fonte]

Mulher consumindo crack

Objetos usados por fumantes de crackcomo cachimbos de vidro e improvisados de latas e garrafas

Os efeitos iniciais do crack são mais rápidos e intensos que injeções de outras drogas. 19 20 A duração dos efeitos do crack é muito curta, em média cinco minutos, enquanto a cocaína, depois de injetada ou usada por via intranasal, provoca efeitos com duração em torno de 20 a 45 minutos.17 Os efeitos causados pelo crack são: 21 22 23

• euforia

• agitação

• sensação de prazer

• irritabilidade

• alterações da percepção e do pensamento

• taquicardia e tremores

• perda de apetite

• extrema autoconfiança

• insônia

• estado de alerta

• aumento de energia/disposição física

Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos musculares, paranóia, ou com doses repetidas, uma reação tóxica muito parecida com intoxicação por anfetamina.21 24 O uso regular do crack pode provocar alucinações e causar comportamentos violentos, episódios paranoicos e, inclusive, impulsos suicidas.25

Abuso de drogas estimulantes (principalmente anfetaminas e cocaína) podem levar a "parasitose delirante" (síndrome Ekbom: a crença equivocada de que se está infestado de parasitas).26 Essas ilusões também estão associados a febre alta ou abstinência do álcool, muitas vezes, juntamente com alucinações visuais sobre insetos. Pessoas que vivem essas alucinações podem arranhar-se e causar danos cutâneos graves e sangramento, especialmente quando estão delirando.26

Grandes quantidades (várias centenas de miligramas ou mais) intensificam o efeito do crack para o usuário, mas também pode levar a um comportamento bizarro, errático e violento. Alguns usuários de crack relataram sentimentos de agitação, irritabilidade e ansiedade. Em casos raros, morte súbita pode ocorrer no primeiro uso do crack ou de forma inesperada depois. As mortes relacionadas ao crack são, muitas vezes, resultado de parada cardíaca ou convulsões seguida de parada respiratória.

Pode-se desenvolver uma tolerância considerável ao uso do crack, é quando os viciados procuram atingir o mesmo prazer de sua primeira experiência. Alguns usuários aumentam a frequência das doses para intensificar e prolongar os efeitos eufóricos. Embora a tolerância a altas doses possa ocorrer, os usuários poderão também tornar-se mais sensíveis (sensibilização) para efeitos anestésicos e convulsivante do crack, sem aumentar a dose tomada. Aumento de sensibilidade pode explicar algumas mortes que ocorrem após doses aparentemente baixas de crack.21

O primeiro relato de acidente vascular cerebral induzido por cocaína data de 1977. Com o desenvolvimento e disseminação do crack na década de 1980, houve um aumento significativo no número de relatos de casos descrevendo os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e hemorrágicos associados ao uso de cocaína,17 porém não há fatores de risco para que ocorra um AVC associado ao uso de cocaína.27 O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.28

Abstinência[editar | editar código-fonte]

A abstinência dura cerca de dez semanas. Segundo o coordenador do ambulatório do HC, nos quatro primeiros dias o paciente se sente cansado e desestimulado, come muito e sofre alterações de humor. “Existe grande tendência de o dependente voltar a usar a droga caso a abstinência não seja tratada corretamente. Sem a medicação os sintomas continuam e, comumente, levam a um quadro de depressão, alterações no padrão de sono e desestímulo.” Na décima semana, aponta o médico, esses sintomas começam a desaparecer

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