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Criança E Desenvolvimento

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Por:   •  31/3/2014  •  2.905 Palavras (12 Páginas)  •  184 Visualizações

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A sexualidade infantil não tem nada a ver com a sexualidade adulta, esta sim, é uma continuação direta daquela.

Esta sexualidade infantil está ligada a carinho, a modalidade de afeto, significações; enquanto a sexualidade adulta é predominantemente genital, a infantil é desorganizada.

Estágio oral - 1º período, onde a fonte corporal das excitações pulsionais se dá predominantemente na zona oral (ou qualquer outro estímulo que se assemelhe).

O objeto da etapa oral é o seio e tudo aquilo que a ele se assemelhe ou substitua. O seio é o substituto do cordão umbilical, a diferença é q enquanto este é uma conexão contínua, aquele é descontínua.

A finalidade pulsional é dupla: a incorporação do sustento biológico (auto-conservação) e a satisfação pela incorporação do leite que produz um excesso de energia que acompanha a pulsão (sexual) oral.

A consciência neuro-fisiológica que o neném tem nesta etapa divide o mundo em tenso e sem prazer ou em relaxado e prazeroso.

Um fato importante é que o sujeito independente e autônomo do futuro levará para sempre a marca indelével da dependência inicial que lhe foi necessária para sobreviver.

Estágio anal - ocorre no 2/3 ano, quando a criança já possui uma série de funções que lhe permitem um afastamento progressivo e relativamente autônomo de seus objetos primários (mãe/pai). Estas funções são engatinhar, andar, falar, o progressivo aprendizado de comer sozinho e o controle esfincteriano.

Neste período a atenção (libido) da criança está voltada para a região anal, isto porque o ato da defecação ocupa lugar importante no desenvolvimento psicossexual da criança, que não se resume ao controle esfincteriano, mas às sensações de domínio.

A etapa anal tem características próprias, mas não é possível estudá-la sem levar em conta os antecedentes históricos. Daí, para a criança, "mãe" será tudo aquilo que tentar manipulá-la e que ela também manipulará, tendo como modelo o controle das fezes.

O ruminar obsessivo de um pensador tem sua origem e modelo na capacidade de controlar o esfíncter.

O bolo fecal passa a ser o 3º elemento, onde só haviam dois (mãe e filho), é um herdeiro do objeto-peito e um antecessor do pênis.

O valor de "troca" que as fezes adquirem com o mundo explica a equivalência descrita por Freud entre aquela e o dinheiro.

Erotismo e agressividade são encontrados nas duas fases da analidade: na primeira, há uma tendência a destruir o objeto exterior (expulsão); na segunda, conservá-lo com a finalidade de controlá-lo (retenção). Ambas as tendências são igualmente fonte de prazer.

O movimento nesta fase é centrípeto, enquanto na fase oral era de centrifugação.

Estágio fálico - os órgãos genitais passam a ser alvo da concentração pulsional, é importante destacar que ainda não se trata da genitalização verdadeira. Ainda não existe uma conscientização da diferença sexual, o que importa é o órgão anatômico masculino que é o único que possui valor de existência, tanto para o menino que o possui, quanto para a menina que dele carece.

Foi destacada por Fenichel a subetapa do erotismo uretra, que se encontra entre o anal e o fálico propriamente dito.

A repressão à masturbação pelos adultos deve-se a dois fatores: a criança, ao se proporcionar prazer, exclui o adulto que, com isso revive primitivos sentimentos de exclusão e também porque ao comtemplar a ação auto-erótica da criança os adultos lembram sua própria atividade masturbatória recalcada.

A amnésia infantil (anterior aos 6/7 anos) refere-se direta ou indiretamente às fantasias masturbatórias.

O período e descoberta da diferença sexual é onde surge a descoberta da desigualdade da constituição humana, daí em diante, tanto menino quanto menina farão perguntas inquisidoras aos adultos quanto às diferenças (grande/pequeno; rico/pobre; etc.).

Nesta ordem de curiosidade surgirão perguntas sobre diferenças e funções anatômicas. Se tornará conhecido o sentido da união sexual de seus pais e tudo o que isso envolve.

Neste momento a criança passa a querer ter filhos, desejo fadado ao fracasso, daí que, para a criança, tal descoberta sexual começa com a negação e culmina com a estruturação o Édipo.

Quanto à Cena Primária existem 3 mecanismos:

> a identificação com os dois membros ou com um deles, geralmente o mais passivo;

> a projeção de raiva e cólera para a fantasia, o que faz com que ela seja sentida como sádica;

> o sentimento de exclusão pela posição de terceiro excluído.

A escopofilia ou voyerismo surge no desejo da criança de fazer parte da Cena Primária, de deixar de ser o terceiro excluído.

O falo é uma fantasia que condensa a posse de uma unidade e de uma potência do ser.

Este é o período da negação da descoberta da diferença anatômica; o menino rejeita a castração pelo medo de perder o pênis e a menina quer acreditar que também possui um pênis não desenvolvido. Resulta disso a angústia de castração; o menino pode reagir a isso como fóbico e a menina como melancólica.

Para o menino a castração para a mulher só existe enquanto punição pela masturbação, surge daí a fantasia da mãe fálica.

Na menina é a percepção da própria castração que permite a entrada no Édipo, já no menino tal medo desencadeia a saída de tal Complexo.

No final do Édipo, a menina deixará de desejar ter de volta o pênis que lhe foi retirado pela mãe para desejar ter um filho (troca pelo pênis).

Estágio genital - o Édipo é uma estrutura, uma organização central e alicerçadora da personalidade humana.

Não há nada fora do Édipo, durante toda a vida a pessoa viverá essa peça teatral onde só os personagens mudam.

Segundo

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