DIFERENCIAÇÃO DE CADEIAS PRODUTIVAS

Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Ana Carolina de Castro Santos

Luan Passos Cruz

Ludimila Pessoa Miranda

Thais Batista dos Santos

Victor Millard

Wanderson Tadeu de Oliveira Barbosa

Cadeias Produtivas

DIFERENCIAÇÃO DE CADEIAS PRODUTIVAS

Novembro de 2013

Belo Horizonte

Introdução

Cadeias produtivas é um conceito relativamente recente usado em várias áreas do conhecimento.

Basicamente, a cadeia produtiva começa desde a origem da matéria prima, dos insumos, para a produção de um bem ou serviço. Por exemplo, a fabricação de um móvel, sua cadeia vai desde a obtenção da madeira até a fase final de distribuição física do produto no mercado consumidor. E em muitos casos, a cadeia produtiva envolve um conjunto de serviços do elo chamado pós-venda, atividades como manutenção assistência técnica, orientação, aplicação do produto, e esse elo final em muitas cadeias produtivas é tão importante quanto o processo de obtenção de matéria prima, quanto o processo de produção propriamente dita, da manufatura, da transformação do material em produtos acabados.

A empresa que oferece o produto também tem que se preparar para oferecer um conjunto de serviços que faça com que aquele produto se mantenha em uso por parte do cliente pelo tempo de vida útil nele estipulado.

Sendo assim, podemos caracterizar uma cadeia produtiva como sendo um conjunto de processos para a produção de determinado serviço e/ou bem.

Para chegar ao mercado de trabalho consumidor, todo e qualquer produto industrializado depende da participação de uma série de elementos, como matéria-prima, insumos, equipamentos, entre outros.

A sinergia e a interação dos fornecedores desses elementos formam uma cadeia produtiva cujos elos influenciam diretamente a competitividade do produto final.

Cadeia produtiva envolve todas as etapas de produção de um bem, desde o planejamento e design do mesmo até que ele seja entregue ao consumidor, melhor dizendo, é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos diversos insumos.

Um exemplo de cadeia produtiva é a do frango de corte, onde começa na granja de ovos, passa para a granja de matrizes onde são produzidos ovos férteis, esses ovos são levados para um incubatório até nascerem os pintinhos, depois são encaminhados para a granja de frangos de corte. A granja de matrizes e a granja de frangos de cortes são abastecidas pela fábrica de ração. Após os frangos estarem prontos na granja de frangos de corte, eles são levados para o abatedouro, daí são distribuídos para supermercado e/ou para exportação e/ou para açougues que serão comprados pelo consumidor final.

De acordo com Batalha (1997) a utilização do conceito de cadeia produtiva como instrumento de formulação e análise de políticas públicas e privadas, busca, fundamentalmente, identificar os elos fracos de uma cadeia de produção e incentivá-los através da política adequada.

As cadeias produtivas resultam da crescente divisão do trabalho e maior interdependência entre os administradores econômicos. Por um lado, as cadeias são criadas pelo processo de desintegração vertical e especialização técnica e social. Por outro lado, as pressões competitivas por maior integração e coordenação entre as atividades, ao longo das cadeias, ampliam a articulação entre os administradores.

Dantas, Kertsnetzky e Prochnik destacam dois tipos principais de cadeias:

• Cadeia produtiva empresarial, onde cada etapa representa uma empresa ou um conjunto de poucas empresas que participam de um acordo de produção.

Este tipo de cadeia é favorável para a realização de análises empresariais, estudos de tecnologia e planejamento de políticas locais de desenvolvimento.

• Cadeia produtiva setorial, onde as etapas são setores econômicos e os intervalos são mercados entre setores consecutivos.

Para eles, duas cadeias são ditas concorrentes quando seus produtos finais atendem a um mesmo mercado e elas são relativamente independentes. Cadeias concorrentes fabricam produtos substitutos, por exemplo: cadeia de calçados de couro e cadeia de calçados de materiais sintéticos, manilhas de concreto e manilhas de cerâmica.

O entrelaçamento de cadeias é comum. Muitas cadeias se repartem e outras se juntam. Mas não há porque presumir que a teia de cadeias produtivas se espalhe, de maneira uniforme, sobre a estrutura econômica. Ao contrário, as cadeias de uma economia nacional podem ser agregadas em conjuntos, ou blocos, de forma que o valor médio das compras e vendas entre os setores constituintes de um bloco seja maior do que o valor médio das compras e vendas destes mesmos setores com os setores de outros blocos. Os blocos assim formados são denominados complexos industriais.

Dantas, Kertsnetzky e Prochnik, fazem referência à coexistência de competição e cooperação entre cadeias.

As empresas de uma indústria competem entre si, mas têm interesses comuns frente às empresas das outras indústrias. As indústrias de uma cadeia, por sua vez, apesar de competirem entre si, são solidárias na disputa com outras cadeias (...) (DANTAS, KERTSNETZKY E PROCHNIK, 2002, p. 39).

Para Haguenauer e Prochnik cadeia produtiva pode ser conceituada como sendo uma sequência de setores econômicos, unidos entre si por relações significativas de compra e venda. Há uma divisão do trabalho entre estes setores, cada um realizando uma etapa do processo de transformação. Um complexo industrial, por sua vez, é um conjunto de cadeias. Assim, as cadeias produtivas são partes dos complexos industriais.

O conceito de complexo industrial, segundo Haguenauer e Prochnik, é equivalente ao conceito de cluster, pois ele é constituído por uma série de cadeias produtivas, do mesmo modo que os agrupamentos (clusters).

Em uma cadeia produtiva, entre cada dois mercados pode estar uma indústria, ou parte de uma indústria. Entendida como um conjunto de estabelecimentos produtivos que produz o mesmo bem ou bens similares entre si, estabelecimentos

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