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Debatendo o Uso do Placebo e Explorando a questão da Bioética

Por:   •  1/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  752 Palavras (4 Páginas)  •  158 Visualizações

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Debatendo o uso do Placebo e Explorando a questão da Bioética (pesquisa em seres humanos):

Primeiramente o que é placebo? Placebo é toda e qualquer substância não necessariamente farmacológica que quando administrada em um paciente ou num grupo tem efeito positivo apenas pelo fato da pessoa acreditar que o medicamento “substituto” fará o mesmo efeito que o medicamento certo e mais indicado faria. (7GRAUS, s.d).

No caso do filme pode-se ver isso claramente do começo ao fim. Quando o Dr.  Brodus convença a Enfermeira Eunice Evers de que ela deve ir dando outro medicamento e convencendo-os participantes do estudo de que eles estão recebendo o melhor tratamento possível, a várias partes do filme em que ela afirma “Tudo que a de melhor para os negros! ”. Isso acontece repetidas vezes por período de tempo enquanto aguardavam a descoberta de algum remédio que fosse eficiente na cura contra Sífilis.

Era para fazer isso somente por um período de seis meses, mas quando a penicilina foi descoberta, não foi permitido que fosse dada aos participantes do estudo e por fim os médicos Dr. Brodus e o Dr. Douglas tiveram que revelar a Eunice que o estudo na verdade era para analisar se os negros reagiam a sífilis do mesmo modo que os brancos reagem, e que só teriam a conclusão no final de tudo, durante a necropsia. Em momento algum ela pensou em revelar a verdade por detrás do estudo, concluindo que só o que podia fazer era dar o máximo de si para cuidar deles, principalmente de seus garotos da melhor maneira possível.

Apesar do modo como age, o médico sempre afirma que tudo o que faz é para o bem do paciente, mas analisando isso do ponto de vista da bioética, surgem algumas questões: Se respeita e se importa tanto com os pacientes por que enganá-los fazendo-os acreditar que o remédio administrado os manterá bem, até que o ideal chegue? E por que mesmo depois da chegada do medicamento ao invés de medica-los, negar a eles o direito a cura? Por que negá-los a autonomia, o livre arbítrio, o respeito? (REV. 2002).

Ao assistir ao filme as emoções que se sobressaiam eram uma mistura de tristeza profunda pelas condições dos negros e também de asco pela falta de moral, caráter e ética dos profissionais que trabalhavam no estudo. É indignante a capacidade dos médicos de usarem como desculpa/ justificativa o clichê de que a pesquisa era para o “bem maior”, que no final de tudo não haveria mais espaço para os preconceitos raciais, pois eles teriam comprovados que apesar das diferenças de raças na hora da doença o homem negro e o branco não se distingue, e a destaque também para o orgulho que o  Dr. Brodus sentia toda vez que afirmava que eles entrariam para a história e por isso as pessoas parariam de dizer  que o homem branco é mais inteligente que o negro.

A bioética ou a “ética da vida” em nosso campo consiste em uma “humanização” dos médicos, os enfermeiros e os demais profissionais da área da saúde. De acordo com Correia (s.d), existem dois tipos de bioética: a de Fronteira e a do Cotidiano. A primeira diz respeito as novas tecnologias presentes no campo da biomedicina, e a segunda que é a que mais nos interessa, e que precisa de mais atenção, é a que trata sobre a humanização da medicina, dos cuidados de enfermagem.

O termo Bioética é algo recente, surgiu na década de 70 nos Estados Unidos, mas com precedentes do processo de Nuremberg (MANGUINHOS, 1994), este descrevia os primeiros princípios éticos devido aos abusos experimentais ocorridos em humanos durante a segunda guerra mundial, segundo ele o consentimento voluntário do participante da pesquisa/estudo é essencial. (SILVA, et. al, 2005).

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