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Desenvolvimento Moral

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Por:   •  17/9/2013  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  438 Visualizações

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Desenvolvimento Moral

Situações :

'Recebi todo tipo de apelido por ter engordado'

“Aos 8 anos me mudei para uma nova cidade. Acho que por não conhecer ninguém. Ficava sozinha e engordei. Aí, começaram apelidos de baleia, bicho, dragão. Como era uma cidade pequena, tinha pouca gente na escola. Todo mundo sabia. As pessoas riam de mim. Os meninos falavam e outros achavam graça.

Uma vez, na aula de artes, a professora pediu para descreverem os colegas. O menino que mais tirava sarro de mim me descreveu. Escreveu todos meus apelidos. A sala toda virou para rir de mim. Saí correndo da sala. A professora não fez nada. Ela leu os apelidos que colocaram. Um dos meninos era filho da coordenadora da escola e ela não fazia nada. Falei para ela. Ela deu um sermão na sala e só. Não tinha coragem de contar para os meus pais. Queriam parecer que era normal, que não acontecia nada.

Até hoje tenho vergonha de falar em público por isso, mas consegui ser oradora da minha turma na formatura de jornalismo e sou professora de inglês.”

- Carolina Barroso Ahmed, 25 anos, professora de inglês, Natal

Minha filha sofria bullying desde 2008, sofria com as perseguições feitas pelos colegas em um colégio particular. Ela era chamada de baleia, fofucha, baleia fofucha, caldeirão. Minha filha sempre foi meiga e estudiosa, mas por causa do problema ficou retraída, chateada e isso refletiu em notas baixas. Ela teve problemas na aprendizagem. Minha filha começou a ter erros ortográficos, chorava e pedia para não ir à escola.

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Ela, na época, tinha cerca de 68 quilos e 1,50m de altura. Com isso ela teve problemas na coluna e não podia fazer exercícios que exigissem muito do corpo. E isso também era motivo para zombação. O constrangimento foi tanto que ela não participou das olimpíadas em 2009 porque os meninos gritavam da arquibancada para xingá-la.

Procurei a escola para conversar e apresentei um projeto de como trabalhar a discriminação e o respeito ao próximo, mas a escola optou por tratar a questão no nível da religiosidade.

Os colegas da turma chegaram ao ponto não querer fazer trabalho em grupo com ela. Uma vez, ela foi a uma festinha de aniversário e voltou chorando porque os meninos não deixaram-na brincar, alegando que ela era gorda e que iria quebrar os brinquedos.

Ela fez análise e arteterapia. As duas atividades trouxeram bons resultados e melhorou a autoestima dela.

Mesmo depois que ela mudou de colégio, em 2011, ela está melhor. Ela ainda fica na defensiva, mas está um pouco mais espontânea e madura. Ela faz tratamento médico com endocrinologista e nutricionista, e também caminhadas. Um ponto positivo desta história toda é que o pai dela também está fazendo dieta e os dois estão emagrecendo."

Psicóloga, mãe de uma estudante de 12 anos de Belo Horizonte

Nesta semana, a história de um adolescente australiano rendeu muitas reflexões sobre um tema que preocupa a todos – o bullying. Este fenômeno é caracterizado pela agressão intencional, física ou psíquica, praticada por uma pessoa, ou grupo delas, a uma outra, que geralmente apresenta algum aspecto pessoal que a diferencia, como a obesidade ou timidez exacerbada.

Às vezes, a vítima de bullying sofre anos de agressões calada, gerando outros problemas de ordem mental e social. E foi o que aconteceu com o garoto Casey Heynes, de 15 anos.

Em uma entrevista a uma TV australiana, Heynes disse que desde o ensino fundamental sofria agressões. Há três anos, foi deixado de lado por um grupo de oito amigos, quando então as investidas iniciaram.

Além de ataques verbais, quando diziam que ele era gordo e deveria perder peso, ele também sofria agressões físicas, como rasteiras e tapas, chegando-se ao extremo de o amarrarem em uma árvore com fita adesiva. Ele sofreu tudo calado, sem nunca revidar.

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O garoto relata que se sentiu muito só e, cerca de um ano atrás, chegou a pensar em suicídio. Porém, cansado dessa situação, ele revidou a provocação de um garoto mais novo e de menor porte físico.

A cena foi

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