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Desenvolvimento Sustentável

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Por:   •  7/11/2014  •  1.753 Palavras (8 Páginas)  •  243 Visualizações

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Educação para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil

A partir do momento em que sociedades vivenciam a degradação ambiental proveniente de modelos de desenvolvimento político, econômico e sociais, surgem reações, questionamentos e denúncias. É no início da década de 1960, quando a preocupação com o ambiente, em nível internacional, tinha um caráter predominantemente preservacionista e proporcionou a organização de movimentos em defesa do meio ambiente. Esses movimentos ambientalistas começaram a mobilizar formadores de opinião em vários setores da sociedade com a finalidade de exigir dos governos medidas preventivas e punitivas para frear a degradação ambiental. A partir de então, essas organizações se multiplicaram, fortaleceram e ampliaram suas ações. Neste contexto é então concebida a Educação Ambiental, como estratégia fundamental de conscientização para a preservação do meio ambiente e suas implicações.

Em 1987 a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas apresentou ao mundo um relatório (denominado de Relatório de Brundland) sobre o tema desenvolvimento. Esse relatório apresentou o conceito de desenvolvimento sustentável, pode-se considerar, portanto, como o desenvolvimento que tratando de forma interligada e interdependenteas variáveis econômica, social e ambiental é estável e equilibrado garantindo melhor qualidade de vida para as gerações presentes e futuras. É certo que a implementação do desenvolvimento sustentável passa necessariamente por um processo de discussão e comprometimento de toda a sociedade uma vez que implica em mudanças no modo de agir dos agentes sociais.

É importante registrar que, em Estocolmo, foi a primeira vez que se pensou no planeta como um todo, considerando o caráter global das questões ambientais, sem fronteiras, atingindo tanto os países ricos como os pobres, independente de onde se origina. Este novo enfoque passa também a propor modificação dos programas educacionais como estratégia para a prática do desenvolvimento sustentável. Uma das recomendações da conferência refere-se ao trabalho de educação em questão ambiental para jovens, adultos e setores menos privilegiados da população “para ampliar as bases de uma opinião bem informada e de uma conduta dos indivíduos, das empresas e da coletividade, inspirada no sentido de sua responsabilidade quanto a proteção e melhoramento do meio em toda sua dimensão humana”.

Em 1975, na cidade de Belgrado, ocorreu o Seminário Internacional de Educação Ambiental, o qual resultou na famosa Carta de Belgrado¹.

Vale citar ainda a Conferência Intergovernamental de Tbilise, primeira conferência dedicada especialmente à EA, ocorrida em 1977. A recomendação fundamental da Conferência aos Estados-Membros foi a integração da EA às políticas nacionais e a definição de se “confiar à escola um papel determinante no conjunto de Educação Ambiental e organizar, com este objetivo, uma ação sistemática primária e secundária”, quando a EA é compreendida como o tema a ser comtemplado em cada área de conhecimento, e não com disciplina específica, singular.

No Brasil esse pensamento globalizante em relação às questões ambientais se efetivou com a promulgação da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) em 1981. Foi a primeira lei que assegurou um tratamento abrangente, sistemático e instrumentalizado para a proteção do meio ambiente em todo território nacional. O Decreto nº 88.351/85, que regulamenta a Lei, estabelece que compete ao poder público “orientar a educação em todos os níveis, para a participação efetiva do cidadão e da comunidade na defesa do meio ambiente”, cuidando para que as diversas matérias complementem o estudo da ecologia.

Vale destacar que no Rio 92 que os trabalhos foram orientados para o desenvolvimento, e que na agenda 21-Agenda de Desenvolvimento Sustentável, ondeo meio ambiente é a consideração de primeira ordem, o enfoque dado nesse processo de planejamento não é restrito às questões ligadas a preservação e conservação da natureza, mas a uma proposta que rompe com o desenvolvimento dominante, onde predomina o econômico, dando lugar à sustentabilidade ampliada, que une a Agenda Ambiental e a Agenda Social, ao enunciar a indissociabilidade entre fatores sociais e ambientais e a necessidade de enfretamento da degradação do meio ambiente com a pobreza. Assim a Agenda 21 considera, dentre outras coisas, questões estratégicas ligadas à geração de emprego e renda; à diminuição das disparidades regionais e pessoais de renda; à construção de cidades sustentáveis e à adoção de novos modelos e instrumentos de gestão.

O modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia a dia. Diante dessas constatações, surge a idéia de Desenvolvimento Sustentável, buscando conciliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e, por fim a pobreza no mundo.

A Educação Ambiental é parte indispensável na tentativa de se chegar ao desenvolvimento sustentável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas metas que é a de motivar a participação da população, portanto para a Vida Sustentável envolve uma pedagogia que coloca a compreensão da vida como ponto central e o educando experimenta um _______________________________________________________________________________________________

¹ A Carta de Belgrado (1975) preconizou a necessidade de uma nova ética Global. O informe final do Seminário de Belgrado contém dados importantes para a construção domarco histórico da EA: elenca seus princípios básicos, recomenda o uso de ambiente educativos diversificados e diferentes métodos pedagógicos, enfatiza a realização de atividades práticas e de experiências pessoais e respeita os conhecimentos prévios dos alunos.

aprendizado no mundo real que reacende um sentido de pertinência do homem como parte da natureza.

O sucesso das ações eu devem conduzir ao desenvolvimento sustentável dependerá em grande parte da influência da opinião pública, do comportamentos das pessoas, e de suas decisões individuais.

Logo, a educação ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as pessoas sobre os problemas existentes em sua comunidade, buscando transformar essas pessoas em indivíduos que participem das decisões sobre seus futuros, exercendo desse modo o direito da cidadania torna-se instrumento indispensável no processo de desenvolvimento sustentável.

Uma das formas de levar

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