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Drenagem Fluvial

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Por:   •  12/4/2013  •  1.155 Palavras (5 Páginas)  •  702 Visualizações

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O Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBH-LN), por meio de sua Câmara Técnica de Saneamento (CT-SAN), realizou o seminário “Drenagem Urbana em Regiões Litorâneas”, em 3 de julho, em Caraguatatuba. O programa, que teve participação de renomados especialistas, é destinado a subsidiar os municípios da região na elaboração de seus Planos de Drenagem para combater inundações que causam graves problemas sociais, ambientais e afetos à saúde pública.

“Drenagem Urbana como parte integrante do Saneamento Básico – Aspectos Ambientais, Sanitários e Legais” foi o tema apresentado pelo professor-doutor Antônio Carlos Rossin, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que também atuou por 12 anos em projetos de drenagem e gestão das águas em Washington (EUA). Ele enfatizou necessidade de conscientização sobre o problema por todos os segmentos envolvidos, sob pena de fracasso. O professor citou como causa das inundações pouca informação metereológica, uso inadequado do solo, falta de cobertura vegetal e educação ambiental e de efetiva aplicação de recursos. Apontou como consequências disseminação de doenças, afogamentos, carreamento de resíduos, prejuízos à qualidade de água, erosão, deslizamentos de terra, transtornos sociais, proliferação de insetos e roedores.

Rossin enfatizou importância de estudos sobre drenagem sempre integrados a assuntos ligados a resíduos sólidos, rede de esgoto, uso do solo, mudança de governos, novas tecnologias, operação e manutenção, uso e ocupação do solo e licenciamentos ambientais. “Plano de Águas Pluviais é parte integrante de Plano de Saneamento”, o professor frisou. Também considerou fundamentais planos de contingência.

Município vilão e salvador - “O cenário da drenagem nos municípios do Litoral Norte: Diagnóstico e Desafios”, foi o tema do professor José Rodolfo Scarati Martins, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da USP. “Municípios são o grande vilão e ao mesmo tempo salvador” das questões ligadas a inundações. No Estado de São Paulo, crescimento populacional, poluição e projetos agravam enchentes”, afirmou. Para ele, não é possível acabar com inundações, mas reduzir riscos. “Estamos sob a zona de convergência do Atlântico Sul (extensa faixa de nuvens entre Amazônia, Sudeste e Oceano Atlântico), nossa localização vai da cota 800 a zero, ocorre erosão progressiva”, disse. “É preciso controle sobre a produção de lixo e uso do solo, que devem fazer parte do plano de drenagem, programas de alerta e emergência. Gestão de drenagem implica planejamento, procedimento e preparo”. Também acentuou que Planos Diretores Municipais, de Transporte e de Saúde devem ser compatíveis aos de drenagem. Citou que o recente Rodoanel em São Paulo já compromete trechos de bacias hidrográficas, por falta de planejamento. O professor também enfatizou a importância de combater ocupações em várzeas (de alagamentos) - ocorre no Litoral Norte, e de preservar áreas permeáveis.

“Curva dos 100 anos: Prevenções ao Ordenamento Urbano”, foi o tema do engenheiro civil Plínio Tomaz, presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Guarulhos. É autor dos livros “Poluição Difusa” e “Cálculos Hidrológicos e Hidráulicos para Obras Municipais”, entre outros. O professor explicou que curva de 100 anos é o período de tempo em que determinado fato hidrológico é igualado ou superado ao menos uma vez.

Ele abordou pavimentos modulares que reduzem temperaturas, assim como árvores, telhado branco, verdes, pavimentos permeáveis, trincheiras de infiltração e canais gramados. Tomaz defende uso de telhados verdes que melhoram qualidade do ar e nível de umidade, diminuem custos de refrigeração e reduz enchentes. Pesquisas feitas pela Universidade de São Paulo mostram que o centro da capital tem 6º C a mais de temperatura do que a borda da cidade junto a Serra da Cantareira. O engenheiro também falou sobre uso de eficientes caixas de captação de óleos e graxas nos Estados Unidos, que removem querosene, benzeno, gasolina, óleo, diesel e sedimentos, em posto de gasolina, pista de aeroportos, estacionamento de veículos e estradas de rodagem.

Conforme Tomaz, o fenômeno El Niño ocorre em média a cada 5 anos, por 12 a 18 meses, provocando chuvas. Trata-se do aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Ao contrário, acontece o resfriamento: La Niña. “Em março de 1967 em Caraguatatuba, chuvas intensas provocaram a morte de 120 pessoas, destruição de 400 casas, 700 escorregamentos de terra e danos na rodovia dos Tamoios”, lembrou.

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