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ERGONOMIA, FISIOLOGIA, DOENÇAS OCUPACIONAIS E TOXICOLOGIA RELACIONADA AO TRABALHO

Por:   •  20/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.371 Palavras (14 Páginas)  •  712 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO

Amanda Prado

ERGONOMIA, FISIOLOGIA, DOENÇAS OCUPACIONAIS E TOXICOLOGIA RELACIONADA AO TRABALHO

Fevereiro

2013[pic 2]

Amanda Prado

ERGONOMIA, FISIOLOGIA, DOENÇAS OCUPACIONAIS E TOCICOLOGIA RELACIONADAS AO TRABALHO

 Artigo apresentado à Faculdades Integradas de Jacarepaguá do curso de Pós-graduação em Enfermagem do Trabalho, como requisito parcial conclusão do curso.

                                                                  Orientador: Prof. MARCOS EDUARDO PEREIRA DE LIMA

1. Ergonomia e Fisiologia do Trabalho

        De acordo Rothstein (2013) o Brasil possui a maior taxa de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho da América Latina, responsáveis por elevados custos previdenciários e pela redução da produtividade. Uma das formas de prevenir doenças ocupacionais é a adoção de práticas ergonômicas. A prática ergonômica é essencial para o sucesso da empresa por impactar na qualidade de vida do trabalhador. A literatura tem apontado que a maioria dos programas de ergonomia oferecidos pelas empresas é voltada para a ergonomia de correção e de concepção. Em síntese, visam conceber e planejar o ambiente de trabalho, respeitando o fluxo de produção e as características físicas do indivíduo, bem como fazer adequações no posto de trabalho, quando necessário.

        Para Marziale (2000) diante das impróprias condições de trabalho proporcionadas aos trabalhadores nos hospitais de muitos países, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde a década de 40, tem considerado o problema como tema de discussão e tem feito recomendações referentes à higiene e segurança com a finalidade da adequação das condições de trabalho desses profissionais. As condições insatisfatórias estão relacionadas à fatores biológicos, físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos, os quais podem causar danos à saúde dos profissionais. Os fatores ergonômicos são aqueles que incidem no comportamento trabalho-trabalhador. São eles o desenho dos equipamentos, do posto de trabalho, a maneira que a atividade é executada, comunicação, o meio ambiente, grau de insalubridade, iluminação, temperatura, entre outros.

        A Ergonomia prevê as condições de trabalho são representadas por um conjunto de fatores interdependentes, que atuam direta ou indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados da própria função laborativa. Segundo Couto (1995) apude Marziale (2000), através da aplicação dos princípios da Ergonomia pode ser propiciada uma interação adequada e confortável do homem com os objetos que maneja e com o ambiente onde executa sue trabalho e ainda melhorar a produtividade, reduzir os custos laborais que se manifestam através de absenteísmo, rotatividade, conflitos e pela falta de interesse para o trabalho. No entanto, acreditamos que a mobilização dos trabalhadores e de seus sindicatos também seja necessária para que efetivas e profundas mudanças ocorram nas condições de trabalho.

         De acordo com Estryn-Behar & Poinsignon (1989) apude Marziale (2000), afirmam que o desenvolvimento rápido e contínuo da tecnologia médica, a grande variedade de procedimentos e exames realizados, o aumento constante do conhecimento teórico e prático exigido na área da saúde, a especialidade do trabalho, a hierarquização e a dificuldade de circulação de informação, o ritmo e o ambiente físico, o estresse e o contato com o paciente, a dor e a morte como elementos que potencializam a carga de trabalho, ocasionando riscos à saúde física e mental dos trabalhadores do hospital. A análise ergonômica tem sido utilizada para a adaptação dos equipamentos usados no cuidado à saúde e os estudos ergonômicos constituem-se em um caminho para a obtenção de informações específicas e relevantes sobre a melhoria da qualidade do cuidado e da qualidade de vida do trabalhador no trabalho.

A ergonomia de conscientização vem complementar a ergonomia de concepção e correção, pois, por meio de treinamentos, o trabalhador poderá aprender a forma adequada de utilizar seu ambiente de trabalho, cuidar do corpo ao adotar posturas corretas para realizar suas atividades, bem como usar equipamentos de proteção, entre outras medidas necessárias para a prevenção de doenças e acidentes. Enquanto a ergonomia de correção e concepção tem como foco principal as alterações no ambiente de trabalho, a ergonomia de conscientização traz à tona a importância de ter o indivíduo como foco central e a necessidade de conscientizá-lo (ROTHSTEIN, 2013).

        Alexendre et al.1991 apude Marziale (2000) afirma que estudos ergonômicos tem sido realizados para analisar as posturas físicas adquiridas na execução das atividades de trabalho de Enfermagem buscando a adequação dessas atividades respeitando os princípios da Biomecânica. Estudos abordando aspectos ergonômicos e posturais no transporte de paciente e em relação à ocorrência de cervicodorsolombalgias entre a equipe de Enfermagem, no qual foi referidos estudos foi constatado que grande parte das agressões à coluna vertebral está relacionada à inadequação de mobiliários e equipamentos utilizados nas atividades cotidianas de Enfermagem e com a adoção de má postura corporal adotadas pelos trabalhadores.

        É possível verificar na literatura a descrição de programas que envolvem a ergonomia de conscientização, contudo, as intervenções descritas geralmente são pontuais e informativas, como palestras ou aulas expositivas dialogadas, e o trabalhador é mero espectador, o que suscita a necessidade de intervenções interativas e diferenciadas, inseridas em metodologia estruturada, na qual o trabalhador é agente ativo na construção do conhecimento, com papel central no processo de promoção da saúde (ROTHSTEIN, 2013).

2.  Toxicologia e doença ocupacionais

        

        

        De acordo com o Caderno de Saúde do trabalhador do Ministério da Saúde as doenças do trabalho referem-se a um conjunto de danos ou agravos que incidem sobre a saúde dos trabalhadores, causados, desencadeados ou agravados por fatores de risco presentes nos locais de trabalho. Manifestam-se de forma lenta, insidiosa, podendo levar anos, às vezes até mais de 20, para manifestarem o que, na prática, tem demonstrado ser um fator dificultador no estabelecimento da relação entre uma doença sob investigação e o trabalho. Também são consideradas as doenças provenientes de contaminação acidental no exercício do trabalho e as doenças endêmicas quando contraídas por exposição ou contato direto, determinado pela natureza do trabalho realizado. Tradicionalmente, os riscos presentes nos locais de trabalho são classificados em:

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