TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

EXEMPLO caverna pesquisadores e leis naturais

Seminário: EXEMPLO caverna pesquisadores e leis naturais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/3/2014  •  Seminário  •  934 Palavras (4 Páginas)  •  321 Visualizações

Página 1 de 4

O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS E O DIREITO NATURAL

O Livro do Professor Lon L. Fuller, da Universidade de Harvard, “ O Caso dos Exploradores de Cavernas”, nos mostra a essência da ciência do direito, revelando que o Direito não pode ser balizado por princípios lógico-matemáticos, justamente por não permitir uma grande quantidade de raciocínios.

Ao analisarmos o referido livro percebemos que a visão muitas vezes maniqueístas das várias correntes do Direito, não contribuem para o objetivo maior desta ciência que é a justiça. A oposição entre os defensores do Direito Positivo e os defensores do Direito Natural levam a anulação das forças de ambos, isso permite que outras “correntes” nem tanto partidárias da justiça de uma forma mais ampla ganhem destaque.

O Direito positivo visto como expressão da vontade do Estado, é um instrumento que tanto pode servir à causa do gênero humano, como pode consagrar valores negativos a este, como muito bem afirmou o Professor Paulo Nader, “ a idéia do Direito Natural é o eixo em torno do qual gira toda a filosofia do Direito”.

Os defensores do Direito Natural têm a convicção de que além, do direito escrito, há uma outra ordem, superior àquela e que é a expressão do Direito Justo. Apesar das mudanças ocorridas ao longo da história o Jusnaturalismo atual é um pensamento que o Direito Natural se fundamenta da natureza humana.

O voto do juiz Foster no “Caso dos exploradores de Cavernas”, explicita bem os fundamentos do Direito Natural, apesar da exposição do magistrado ser um tanto quanto romântica e maniqueísta, podemos extrair alguns conceitos a este respeito, principalmente quando ele invoca a “Lei Natural” para fundamentar parte da sua decisão, alegando que no caso em julgamento a única forma de manutenção da vida era a privação da vida e isto foi feito porque os réus se encontravam em um “Estado Natural”.

Mas o que também evidente no referido livro é a oposição entre o Direito Positivo e o Direito Natural, declarado nas palavras do magistrado Tatting, quando este caracteriza a primeira parte do voto do juiz Foster como “falácia”, ou no voto do magistrado Keen que segue o raciocínio do colega Tatting e opina sobre o juiz Foster como detentor de uma “visão poética” e “fantasiosa”. Isso explicita bem a oposição radical entre as duas correntes que no “Caso dos Exploradores de Cavernas não inconciliáveis”.

O professor Paulo Nader expõe uma visão oposta, segundo ele, o legislador, destinatário do Direito Natural, deve ser, ao mesmo tempo, um observador dos fatos sociais e um analista da natureza humana, visto que, o raciocínio que nos conduz à idéia de Direito Natural parte do pressuposto de que todo ser é dotado de uma Natureza e de um fim, isso indica que a ordem de princípios não é criada pelo homem, mas apenas expressa algo espontâneo, revelado pela própria natureza.

Para que as leis e os códigos possam atingir a realização da justiça- causa final do Direito – é indispensável que se apóiem nos princípios do Direito Natural. A partir do momento em que o legislador se desvincular da ordem natural, estará instaurando uma ordem ilegítima.

Ao observarmos “ O Caso dos Exploradores de Cavernas” veremos que o Juiz Keen discorda do que foi exposto, pois segundo ele há imensas dificuldades em distinguir os aspectos legais dos morais no Direito, ele explicita melhor quando comenta

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.8 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com