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Educaçao E Diversidade- Genero

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Por:   •  11/6/2014  •  664 Palavras (3 Páginas)  •  542 Visualizações

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Gênero na sala de aula, a questão do desempenho escolar

A palavra gênero não é um sinônimo de mulher seja ela professora ou aluna, mas inclui homens e também símbolos ligados pelo senso comum à feminilidade e masculinidade, tendo assim dois conceitos. Onde o primeiro diz que é utilizado como oposto e complementar de sexo dentro de um conceito socialmente elaborado de gênero, uma vez que assume que as próprias diferenças entre corpos são percebidos sempre por meio de codificação e construção social de um significado. Mas, indo muito além, as diferenças ou semelhanças entre os sexos e as interações e relações do poder entre homens e mulheres são apenas parte do que e abrangido pelo conceito.

A lenta democratização do sistema educacional brasileiro, ao longo da segunda metade do século xx, beneficiou de forma marcante as mulheres, no ensino superior, elas são maiorias desde os anos de 1980 e em 2004 passariam de 62% dentre os concluintes. Pesquisas apontam que meninas de camadas populares teriam uma percepção positiva da escola como um espaço de socializações, liberdade e de realização pessoal. O fato de meninos apresentarem piores resultados escolares que as meninas, pode explicar em partes e indiretamente, a maior participação dos homens no mercado de trabalho.

Após a pesquisa foi possível constatar a grande dificuldade encontrada pela equipe escolar, para definir com clareza os objetivos de aprendizagem e critérios de avaliações, uma dificuldade partilhada pelo conjunto do sistema escolar brasileiro e até mesmo o plano internacional.

Quanto ao desempenho escolar e nítido a diferença de desempenho entre meninas e meninos: “enquanto Laís respondeu prontamente a questão se havia alguma característica comum ao grupo de alunos é maior e vai se acentuando de uma serie para outra”. A imagem do “bom aluno” estaria associada às meninas brancas, talvez a certo perfil de feminilidade. Este tipo de postura ambígua dos professores e professoras frente às meninas tem sido encontrado em inúmeras pesquisas e descrito em termos muito semelhantes em diferentes países, sendo interpretado a partir de variadas e grandes teorias. No Brasil segundo pesquisas (1999), se fala de meninas percebidas como responsáveis, organizadas, estudiosas, sossegadas, caprichosas, atentas entre outros, mais, “menos inteligentes”, e meninos por sua vez eram vistos como agitados, malandros, dispersivos, indisciplinados, mas “inteligentes”. Vivenciando intensamente uma feminilidade acentuada na obediência às normas, na organização e na submissão, essas meninas falharam do ponto de vista das pesquisas por não terem criatividade, voz própria, autonomia e por tanto participarem pouco, não serem questionadoras e não terem papel de liderança no grupo. Já os meninos com a dose certa de masculinidade, são também acusados de serem desligados, esquecidos, faltarem, e não demonstrarem interesse nem compromisso, não questionam e não reagem aos estímulos, são desleixados com seus materiais. Essas características são opostas àquelas encontradas nos meninas com dificuldades, ambas assíduas, organizadas, obedientes, e comprometidas. Se parecia complicado para as meninas equilibrar em frente as professora o bom desempenho na escola com características associadas a feminilidade com passividade ou a sedução, para os

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