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Educação Musical e Inclusão

Por:   •  27/9/2016  •  Artigo  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  297 Visualizações

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Artigo 

Educação Musical e Inclusão

RESUMO

Esse artigo propõe uma reflexão a respeito da importância da música no desenvolvimento do indivíduo, além de traçar um paralelo entre a inclusão e a educação musical no âmbito escolar. Propõe-se também, evidenciar a importância da música nos processos de ensino e aprendizagem, para o envolvimento dos alunos e comunidade nas atividades musicais. Procura-se explicitar as adversidades que se encontra na inserção e concretização de uma educação que seja realmente inclusiva, além disso, adiciona-se o preconceito existente ao ensino das artes, mais especificamente, a musical, no âmbito escolar. Por fim, expõe-se uma justificativa relacionada à reflexão proposta sobre esta temática, focando na importância de se proporcionar uma variada gama de formas expressivas visando possibilitar que todos os alunos atuem e tenham a chance de participar e se desenvolver de forma plena no ambiente educacional.

Palavras Chave: inclusão, educação musical, arte, educação.

  1. INTRODUÇÃO

A história da Educação Musical, assim como a da Educação Especial, se interligam no que tange o descaso com que são tratadas ao longo dos anos por grupos sociais, políticos e culturais que estipulam certos limites entre normalidade e anormalidade, comum e incomum, entre dom e talento, habilidade e competência. A despeito disso, vários pesquisadores têm se empenhado em superar essas diferenças, através de análises, reflexões, questionamentos e pesquisas a respeito do desenvolvimento do indivíduo, dos processos de ensino e aprendizagem. Segundo Marques (2001, p.116), deve-se “reconsiderar o sentido dado aos seres humanos enquanto sujeitos do mundo, afim de que os alunos possam ser considerados na diversidade/igualdade que os constitui”.

Hoje, a ênfase está sobre o fato de a escola disponibilizar uma resposta à sua demanda. A perspectiva é de se construir uma nova geração dentro de um panorama educacional inclusivo. A inclusão escolar também implica na inserção dos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) nas classes regulares de forma incondicional, completa e sistemática. Isso representa um imenso avanço na história da Educação no país, principalmente em relação ao acolhimento da inclusão. Refletir sobre isso significa quebrar paradigmas, pois sua proposta é de mudança.

Nessa nossa sociedade em que vários tipos de preconceitos ainda persistem, o genuíno sentido da inclusão escolar e social se reduz unicamente à integração dos alunos através da matrícula, principalmente no que tange aos alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. Faz-se necessário que haja uma mudança na estrutura político pedagógica das escolas, na postura destas perante aos alunos NEEs e na formação dos educadores. Essa mudança tem a ver, desse modo, especialmente com os valores preconizados pela Educação.

O ensino das artes e cultura dentro do ambiente escolar, assim como a exploração das condutas espontâneas lúdicas do aluno, sempre estiveram relegados a um segundo plano, nunca participaram ativamente do calendário escolar com o mesmo peso que as demais disciplinas. O ensino da arte recentemente foi somando sua importância no ambiente escolar, permitindo a transição e a construção da ludicidade do aluno no ambiente escolar, além de compor o trabalho acadêmico (Piaget, 2006). É preciso levar em conta a expressividade dos indivíduos através de múltiplas linguagens, e não somente através da verbal, pois esta contribui para que se possa incluir a todos em atividades diversificadas e significativas.

  1. OBJETIVO
  • Refletir sobre o panorama de inclusão, traçando um paralelo entre a educação especial e a educação musical;
  • Ressaltar da importância da música no processo de ensino e aprendizagem do aluno.
  1. METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, em que se trabalha mais com a reflexão e a análise das obras do universo estudado. Pretendeu-se focar na pesquisa bibliográfica, utilizando-se para tanto, os canais formais, ou seja, livros, periódicos, publicações científicas da área estudada, internet, e demais fontes de credibilidade comprovada. Utilizando-se de leitura e crítica de fonte formal, pretendeu-se focar em fatos que tiveram relevância com os assuntos levantados. Pretendeu-se utilizar fontes públicas ou privadas, dependendo da disponibilidade, para que se tenha um trabalho completo e o mais detalhado possível, com o intuito de promover o conhecimento.

  1. DISCUSSÃO

Acredita-se que a construção do indivíduo acontece por meio das relações interpessoais e intrapessoais que se estabelecem reciprocamente. Nossa sociedade é marcadamente competitiva, então pode-se dizer que a música é capaz de propiciar experiências de participação e cooperação, valorizando a contribuição de cada indivíduo participante. A experiência da tentativa, da prática, interpretação e apreciação enriquece o universo do aluno, seja ele com necessidades especiais ou não, em termos lúdicos e estéticos. Através da musica e da compreensão dos elementos musicais é possível trabalhar a percepção, a psicomotricidade, o ritmo, entre outras. Segundo Santos (2000, p.103), “não se pode subestimar a necessidade humana de beleza sem mutilar o desenvolvimento das pessoas”.

A aula de música como um todo proporciona nas pessoas com necessidades educacionais especiais um crescimento através do processo de musicalização, oferecendo assim, atividades que ampliam a percepção auditiva e rítmica. Essas atividades aguçam o interesse pela exploração sonora, criando possibilidades para a escuta ativa, improvisação e criação musical. Nesse ambiente, os indivíduos são desafiados a relacionarem as ações realizadas, através da produção criativa, as quais reconhecem sons em objetos sonoros ou instrumentos musicais, com a voz e movimentos corporais e, ao mesmo tempo, coordenarem suas descobertas com os demais. Os conteúdos a serem construídos na aula de música devem, portanto, explorar a musicalização coletiva por meio de jogos e brincadeiras sonoras, criação de expressões rítmicas, canto-coral, parlendas, rondós, ostinatos, apreciação musical ativa, entre outros, desde que o educador observe o interesse diversificado dos alunos, as formas diferenciadas de aprendizagem e o progresso dos alunos. Assim, nessas atividades aplicadas devem ser trabalhados os conceitos de música e de seus elementos como expressão, melodia, ritmo, textura, forma, dinâmica, etc., sempre considerando que a ação musical precede sua compreensão. É importante lembrar o mais importante: não impor a aprendizagem de um conteúdo sem sentido, é necessário que o aluno tenha a oportunidade de se expressar musicalmente e se sentir autorizado a fazê-lo. E se é justamente a ação e a intenção do ser humano que o leva à construção de conhecimento sobre determinado conteúdo, então, naturalmente todos os envolvidos em processo de musicalização coletiva, terão a oportunidade de se desenvolver musicalmente e utilizar a música como forma de expressão, já que há espaço para a ação de todos, sem exceção.

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