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"Elizabeth - A Era De Ouro" (resenha Escolar)

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Por:   •  20/3/2014  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  9.537 Visualizações

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Trata-se da continuação do filme Elizabeth de 1998. Em Elizabeth – A Era de Ouro, retorna ao período onde a Inglaterra era governada pela rainha Elizabeth I, filha de Henrique VIII com Ana Bolena. O filme dá destaque ao conflito entre Inglaterra e a Espanha culminando com a batalha naval que levou a Invencível Armada espanhola a derrota.

A “Era de Ouro” que dá subtítulo ao filme refere-se ao período em que Elizabeth I foi rainha da Inglaterra entre 1559, ano da sua coroação, até 1603, quando morreu. Esta era foi marcada pela ascensão da Inglaterra.

O Período Elisabetano foi marcado por uma notável produção artística, na dramaturgia destacam-se nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare.

Na navegação, o nome do capitão Francis Drake torna-se notório, pois ele foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo.

No campo político e filosófico ganhava destaque na Inglaterra os discursos de Francis Bacon. São dele Ensaios de Moral e Política (1597), obra de grande importância para a formação da língua inglesa; e Novum Organum (1620), onde “Bacon propõe-se substituir ao Organon do silogismo e dos princípios gerais propostos a priori um Organon novo, a lógica fecunda da experiência e da indução”.

Não podemos esquecer que nesta época também aconteceram as primeiras tentativas de colonizar a América do Norte. A colônia inglesa da Virgínia recebeu esse nome em homenagem a rainha.

No entanto Elizabeth – A Era de Ouro detém-se na guerra entre Inglaterra e Espanha em 1585. No filme o conflito entre essas duas nações foi motivado por motivos religiosos. Elizabeth consolidou na Inglaterra o protestantismo enquanto Felipe II, rei da Espanha e antigo cunhado de Elizabeth, era católico. No enredo desenvolvido para o filme, Felipe é representado como um católico fundamentalista. Os símbolos cristãos são amplamente explorados quando se procura representar a ambição do rei da Espanha em expandir o catolicismo. Repare por exemplo nas imagens de Cristo que figuram as velas dos navios. Esses elementos não estão ali de forma gratuita e na análise do filme, tais cenas devem ser levadas em consideração e se perguntar qual a finalidade desses símbolos nesse contexto.

Por destacar apenas os motivos religiosos, o conflito entre protestantes e católicos surge de forma maniqueísta no filme. Elizabeth – A Era de Ouro foi criticada duramente pela Igreja Católica na época do lançamento do filme no Festival de Roma.

Ao vermos Elizabeth – A Era de Ouro devemos nos questionar se apenas as diferenças religiosas teriam colocado a Espanha contra a Inglaterra. Em uma pesquisa logo se perceberia que não. O fator religioso é importante, mas não é o único.

Os embates entre Elizabeth I e Felipe II remontam muito antes do conflito naval ocorrido em 1585. Em 1568, Felipe II lançou ataques surpresas aos navios corsários dos capitães Francis Drake e John Hawkins. Em 1569, Elizabeth requisitou a captura de um navio tesouro espanhol. As diferenças entre os dois monarcas ainda acirra-se quando Felipe II participa de conspirações para destronar Elizabeth.

Mas se por um lado Elizabeth tinha que se preocupar com as ameaças de Felipe II, pelo outro teve que lidar com as tentativas de usurpação do trono por parte de sua prima Mary Stuart, católica, rainha da Escócia e próxima na linha sucessória do trono inglês. Esse fato Shekar Kapur inclui no seu filme ao mostrar que Elizabeth tem o seu poder ameaçado por causa da prima.

Convém lembrar que em 1584 o parlamento promulgou o Ato de Associação que dizia que qualquer associado em conspirações para assassinar o soberano seria imediatamente excluído da linha sucessória. Sir Francis Walsingham, responsável pela espionagem inglesa, descobre uma conspiração que ficou conhecida como a Conspiração de Babington, onde Mary Stuart foi acusada de cumplicidade e executada no castelo de Fotheringhay em 8 de fevereiro de 1587.

Voltando a Felipe II, este depois de conquistar Portugal e unir as duas coroas dando origem a “União Ibérica”, fato que não é nem mencionado no filme, o rei teve que lidar com a luta de independência das Províncias dos Países Baixos, que se encontravam sob domínio espanhol. Após o assassinato do estadista holandês William I, a Inglaterra passou a apoiar abertamente

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