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Estado Do Vaticano

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Por:   •  9/5/2013  •  3.745 Palavras (15 Páginas)  •  529 Visualizações

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O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-Estado soberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor país do mundo, tanto por população quanto por área.

A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao Cristianismo primitivo e é a principal sé episcopal de 1,142 bilhão de Católicos Romanos (Latinos e Orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicados em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim. As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de serviço; o Estado da Cidade do Vaticano cuida dos passaportes normais. Em ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.

O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, a descreve como uma nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos muito maiores Estados Pontifícios (756-1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte deste território foi absorvido pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma, com uma pequena área perto dele, dez anos depois, em 1870.

A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo Bispo de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.

Os papas residem na área, que em 1929 tornou-se Cidade do Vaticano, desde o retorno de Avignon em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Celio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo estado teve lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão, pelo qual é conhecido.

Etimologia

O nome "Vaticano" é anterior ao Cristianismo e vem do latim Mons Vaticanus, ou seja, o Monte Vaticano. A raiz da palavra "Vaticano" é derivada do latim "vates", que significa "vidente, adivinho", que por sua vez é uma palavra emprestada do etrusco.

Na verdade, a Colina do Vaticano foi a casa dos vates muito antes da Roma pré-cristã.

Vaticanus, também conhecido como Vagitanus, era um deus etrusco, que "abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro", e seu templo foi construído no antigo local de Vaticanum. Era também o nome de uma das sete colinas de Roma onde se erguia o Circo de Nero. Lá São Pedro foi martirizado e sepultado para proclamar a sua devoção a Jesus Cristo.

História da Criação do Estado do Vaticano

Nesta área originalmente desabitada (o Ager Vaticanus), do lado oposto do Rio Tibrena cidade de Roma, Agripina (14 a.C. - 18 de outubro de 33 d.C.) drenou o morro e arredores e construiu seus jardins no início da século I d.C..

O imperador Calígula (37-41) iniciou a construção de um circo (40 d.C.), que mais tarde foi completada por Nero, o Circus Gaii et Neronis, mais conhecido simplesmente como o Circo de Nero.

O obelisco do Vaticano foi originalmente tomado por Calígula a partir de Heliópolis, Egito, para decorar a coluna de seu circo e é, portanto, o seu último vestígio visível.

Esta área se tornou o local do martírio de muitos cristãos, depois do Grande incêndio de Roma, em 64 d.C. A tradição antiga afirma que foi nesse circo que São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.

Em frente ao circo havia um cemitério, sendo separados pela Via Cornelia. Monumentos funerários, mausoléus e túmulos, bem como pequenos altares a deuses pagãos de todos os tipos de religiões politeístas, eram construídos até a construção da Basílica de Constantino de São Pedro, na primeira metade do século IV. Os vestígios desta antiga necrópole foram trazidos à luz esporadicamente durante renovações por vários papas ao longo dos séculos, aumentando sua frequência durante o Renascimento, até que foram sistematicamente escavadas por ordem de Papa Pio XII entre 1939-1941.

Em 326, a primeira igreja, a Basílica de Constantino, foi construída sobre o local onde os primeiros católicos romanos (desde o primeiro século da era cristã), bem como arqueólogos italianos, afirmam que foi o túmulo de São Pedro, enterrado em um cemitério comum no local. A partir de então a área começou a se tornar mais populosa, mas a maioria apenas por habitações ligadas à atividade de São Pedro.

Um palácio foi construído próximo ao local da basílica já no principio do século VI, durante o pontificado de Papa Símaco, que foi papa no período de 498-514.

Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos Estados temporais do centro da península Itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França. Pela maior parte deste tempo o Vaticano não foi a residência habitual dos Papas, mas o Palácio de Latrão, e nos últimos séculos, o Palácio do Quirinal, enquanto a residência entre 1309-1377 foi em Avignon, na França.

As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos.

Durante o processo de unificação da península, a Itália gradativamente absorveu os Estados Pontifícios.

Em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entram em Roma e incorporam a cidade ao novo Estado.

Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusou-se a reconhecer a nova situação e considerou-se prisioneiro do poder laico. Além disso, proibiu os católicos italianos de votar nas eleições do novo reino.

Essa incómoda questão de disputas entre o Estado e a Igreja,

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