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Estrategia De Produção

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Por:   •  29/10/2014  •  Seminário  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  148 Visualizações

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Nova fase de expansão

Ao longo de 2012, a empresa vai investir mais de R$ 2 bilhões

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Julho de 2012 será registrado na história da BRF como um momento de virada de página. Com a cessão de ativos determinada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao aprovar a fusão em pleno curso, fica para trás um período de negociações e acordos que resultaram na formação da empresa.

Daqui para frente, a BRF está concentrada numa nova fase de expansão de seus negócios e aumento da produção. Apenas ao longo deste ano, a empresa está tocando investimentos orçados em mais de R$ 2 bilhões. São contemplados mais de 50 projetos distribuídos pelo país para ampliar o poder de fogo tanto em proteína animal quanto em lácteos, assim como na estrutura de abastecimento, armazenagem e distribuição.

Os projetos fazem parte de um plano de fôlego, o BRF 15. Quando foi concebida, a estratégia – que engloba crescimento inorgânico e/ou construção de novas plantas no exterior – levou em conta que a empresa, com a fusão de Perdigão e Sadia, teria de abrir mão de uma parcela da capacidade produtiva.

“Começamos antes da definição de quais ativos teríamos de entregar, mas o planejamento já foi feito pensando em repor perdas e permitir o crescimento”, diz Nilvo Mittanck, vice-presidente de Operações e Tecnologia. “Planejamento de médio e longo prazo é essencial porque temos uma cadeia extensa que precisa nos acompanhar adequando sua produção.”

Pela dimensão e abrangência, a execução dos projetos envolve também o vice-presidente da Unidade de Lácteos, Fábio Medeiros Martins da Silva, o vice-presidente de Supply Chain, Luiz Henrique Lissoni, e os diretores Cleomar Piola, Fabricio Delgado, Ricardo Santini, Sidiney Koerich, Mario Carneiro, Isauro Paludo, Hélio Rubens, Ideraldo Lima, e o gerente Euclides Kerkhoff.

Uma parte importante dos investimentos em andamento se destina a preparar o crescimento da cadeia agropecuária, ou seja, de geração de matérias-primas, como aves, suínos e bovinos, e a captação de leite. Esse reforço da base é complementado por projetos de expansão do potencial de processamento. Por fim, entra em cena a ampliação da logística necessária para manter as linhas de produção abastecidas e fazer o armazenamento e a distribuição dos produtos.

Entre os projetos da primeira etapa, o maior é o de R$ 176 milhões em Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul. Lá, a capacidade de abate será dobrada para 340 mil frangos por dia. O investimento inclui o aumento da fabricação de ração, das granjas e das incubadoras. No município paranaense de Dois Vizinhos, a unidade de produção de frango também será ampliada em 40%, com investimento de R$ 83 milhões. Ambas as expansões elevarão a oferta de matéria-prima destinada ao mercado interno e a de processados para exportação.

Outro investimento relevante é o de R$ 140 milhões reservado para Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Lá será construída uma nova fábrica de margarina, a ser localizada no complexo industrial já existente.

No estado do Rio de Janeiro, estão ocorrendo dois investimentos ao mesmo tempo. O município de Barra do Piraí sediará uma nova fábrica de leite longa-vida, com capacidade de produção de 15 milhões de litros por mês. O investimento na unidade é de R$ 70 milhões. Já nas imediações da capital fluminense, será instalado, com gasto de R$ 45 milhões, um novo centro de distribuição, que substituirá o CD de Duque de Caxias, entregue na cessão de ativos.

A lista de projetos é longa. “Estamos acelerando o passo dos investimentos”, afirma Mittanck. “É um ciclo forte, orientado pelo crescimento do mercado nas várias famílias de produtos em que já temos boa participação e em outras em que queremos ter presença. Ao mesmo tempo, a companhia toca uma série de investimentos em sustentabilidade, ganho de eficiência e modernização.”

AJUSTE É POSTO EM PRÁTICA

Permuta de ativos com a Marfrig começou em junho e vai até agosto

O processo de ajuste da BRF às determinações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está próximo de ser concluído. O cumprimento das exigências previstas começou a ser posto em prática com a transferência dos primeiros ativos para a concorrente, Marfrig, em junho.

Quando aprovou a fusão de Perdigão e Sadia, em 13 de julho de 2011, o Cade estabeleceu condicionantes que incluíam a venda de ativos para evitar a concentração de mercado em algumas categorias, o que ocorreria com a união de marcas que são líderes ou detêm fatias expressivas das vendas.

As condições eram a venda de 14 fábricas de alimentos, 12 granjas, duas incubadoras e oito centros de distribuição. Também foi requisitada a transferência das marcas Rezende, Wilson, Texas, Pekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Elegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata.

Temporariamente, por períodos variáveis de três a cinco anos, produtos Perdigão e Batavo (desta última apenas a divisão de carnes) terão as vendas suspensas.

O conjunto de medidas representa para a BRF corte de receita imediato de R$ 1,7 bilhão com a transferência de ativos e mais uma perda futura de R$ 1,2 bilhão com as suspensões de vendas de alguns produtos, como o presunto Perdigão. Para não deixar o consumidor desinformado, a companhia preparou uma campanha sobre as mudanças.

O caminho para cumprir a ordem do Cade foi encontrado pela BRF já em dezembro do ano passado. Uma negociação com a Marfrig selou o que afinal se tornou uma troca de ativos. A concorrente ficaria com os ativos que a BRF precisaria vender e, em troca, pagaria R$ 350 milhões e cederia o controle da Quickfood, uma operação na Argentina.

A transferência de ativos da BRF para a Marfrig seguirá até agosto. Por outro lado, desde 1º- de junho de 2012, a gestão da Quickfood passou a ser da BRF. A suspensão da venda de produtos Batavo (divisão carnes) e Perdigão começou em 1º- de julho.

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