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Evolução História Dos Sistemas Produtivos

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Por:   •  12/5/2014  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  728 Visualizações

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Evolução Histórica dos Sistemas Produtivos

Os Primórdios

A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem. Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico estava executando uma atividade de produção. Nesse primeiro estágio, as ferramentas e os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia, ou seja, inexistia o comércio, mesmo que de troca ou escambo.

Até o século XVII, as atividades de produção de bens eram desempenhadas por artesãos. Com inúmeras especializações e denominações, essa classe abarcava praticamente todas as profissões liberais então existentes: pintores, escultores, marceneiros, vidraceiros, sapateiros, arquitetos, armeiros e assim por diante.

O mestre artesão, proprietário de uma oficina, recebia aprendizes, geralmente membros da família ou, então, jovens talentosos da região, para estudarem o ofício. Estes permaneciam na oficina por um período de até quinze anos, aprendendo a dominar as técnicas da profissão. Os novos artesãos uniam-se em corporações de ofício e os bons artesãos eram capazes de realizar obras refinadas e de grande complexidade e detinham o domínio completo do ciclo de produção, já que negociavam com o cliente o serviço a ser realizado, executavam estudos e provas, selecionavam os materiais e as técnicas mais adequadas, construíam o bem e o entregavam. Cada bem produzido era personalizado e incorporava inúmeros detalhes solicitados pelo cliente: o número de variações é quase ilimitado.

A Revolução Industrial

A partir das invenções da imprensa de tipos (séc. XV) e do tear hidráulico (séc. XVIII), ficara demonstrada a possibilidade de mecanizar o trabalho e produzir um bem em série. Mas foi em 1776, com o desenvolvimento da máquina a vapor por James Watt, que o homem passou a dispor de um recurso prático para substituir o trabalho humano ou a tração animal por outro tipo de energia. Uma das atividades rapidamente mecanizada foi a produção de têxteis. A partir de então, a velocidade da máquina passava a impor o ritmo da produção e os locais de trabalho passavam a ser construídos em função das necessidades impostas pelos equipamentos: era o nascimento das fábricas.

O homem, antes um artesão, passou a ser um operário coadjuvante da máquina. A produção tornou-se padronizada e o número de opções colocadas à disposição do cliente era limitado. O trabalho era rotineiro e padronizado e o trabalhador perdeu o contato com o cliente e com a visão global dos objetivos da empresa. Era a divisão do trabalho entre aqueles que pensam (gerentes, administradores, engenheiros) e aqueles que executam (operários).

Essa verdadeira revolução na maneira como os produtos eram fabricados trouxe consigo algumas exigências:

» Padronização dos produtos;

» Padronização dos processos de fabricação;

» Treinamento e habilitação de mão-de-obra direta;

» Criação e desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão;

» Desenvolvimento de técnica de planejamento e controle da produção;

» Desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro;

» Desenvolvimento de técnicas de vendas.

Muitos dos conceitos que hoje nos parecem óbvios não o eram na época, como o conceito de padronização de componentes introduzido por Eli Whitney em 1790, quando conduziu a produção de mosquetões com peças intercambiáveis, fornecendo uma grande vantagem operacional aos exércitos. Teve início o registro, através de desenhos e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de processos, de instalações, de equipamentos e etc.

A Produção Centrada no Produto

No fim do século XIX surgiram nos Estados Unidos os trabalhos de Frederick W. Taylor, considerado o pai da Administração Científica. E com os trabalhos de Taylor surgiu a sistematização do conceito de produtividade, isto é, a procura incessante por melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de se obter melhoria da produtividade com o menor custo possível. Essa procura ainda hoje é o tema central em todas as empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas. A análise da relação entre o output - ou, em outros termos, uma medida quantitativa do que foi produzido, como quantidade ou valor das receitas provenientes da venda dos produtos ou serviços finais - e o input - ou, em outros termos, uma medida quantitativa dos insumos, como quantidade ou valor das matérias-primas, mão-de-obra, energia elétrica, capital, instalações prediais, etc.: - nos permite quantificar a produtividade, que sempre foi o grande indicador do sucesso ou fracasso das empresas.

Produtividade = output / input

A indústria Automobilística

Em 1887 a P&L (Penhard e Levanssor) iniciou sua produção de automóveis com motor a gasolina e em 1890 já era a maior produtora. Sua fabricação era totalmente artesanal, empregando máquinas de uso geral para diversas tarefas em diversos materiais. A força de trabalho era altamente qualificada em projeto, operação de máquinas, ajuste e acabamento. Seus clientes não se preocupavam com custo, facilidade de dirigir ou manutenção e o volume de produção era baixíssimo.

Ford e a Produção em Massa

Em 1903, Henry Ford iniciou a fabricação do modelo A com plataformas fixas e com ciclo médio do montador de 514 min. Ao aplicar a divisão do trabalho em suas fábricas, bem como, a filosofia da “mão visível” de Adam Smith, Ford criou uma série de profissões, obrigando indiretamente, os funcionários a uma constante evolução profissional. Por “mão visível” entenda-se a verticalização do negócio, ou seja, o controle de todas as etapas da produção, desde a matéria-prima até o produto final.

Em 1908, começou a fabricar o modelo T, já trabalhando com maior padronização e reduzindo o ciclo para 2,3 min. Surgiu aí o conceito de produção em massa, caracterizada por grandes volumes de produtos extremamente padronizados,

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