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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA:

Artigo: FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA:. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/3/2015  •  2.021 Palavras (9 Páginas)  •  117 Visualizações

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BEHRING, Elaine Rossetti; BOSCHETTI, Ivanete. Política social: fundamentos e

história. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 5

3 CONCLUSÃO 9

REFERÊNCIAS 10

1 INTRODUÇÃO

A estruturação da família tradicional na sociedade é apontada como elemento-chave para a sobrevivência dos indivíduos e pela proteção e socialização dos envolvidos. Ao longo dos tempos, a família sofre graduais processos de transformações e adaptações, sendo diretamente influenciada pela realidade social, como a redução do tamanho das famílias; a fragilização do matrimônio, por causa do crescimento dos divórcios e separações, na qual foge do padrão familiar, sobretudo de famílias com apenas um dos pais. Em especial das chefiadas por mulheres sem cônjuge, conhecido como “monoparental” ou “mãe solteira”, por que era concebida como transgressora dos bons costumes e das normas por não cumprir sua obrigação de procriar apenas no casamento, essas mulheres não era bem vista e nem aceita perante a sociedade por ter filhos fora do conjugue.

Tal configuração familiar era pautada por uma clara e rígida divisão de trabalho com papéis sociais e culturalmente estabelecidos, o pai como o único provedor e o responsável por desbravar o mundo e a mãe como a única responsável pelas tarefas domésticas. O homem se voltava para o externo, para o mundo dos negócios das realizações profissionais e se envolvia com o trabalho remunerado, enquanto à mulher era reservado o espaço de dentro do âmbito doméstico, onde se dedicava aos afazeres domésticos, incluindo a administração da casa e os cuidados com os filhos, os quais previam o envolvimento emocional e a vigilância.

Deste modo, deparamo-nos com uma diversidade de estruturações domésticas que passam a se adequar conforme a época emergente. Na contemporaneidade, presenciamos a reestruturação e inclusão de novos valores, possibilitando reconhecimento das novas alternativas familiares e opções de vida.

Analisando as condições de reprodução social de trabalhadores brasileiros, constatando como os baixos salários, a carência de serviços públicos e outros fatores mostram-se desfavoráveis à referida reprodução. Isso se dá dentro da lógica da divisão sexual do trabalho e das relações de gêneros e hierarquia vigentes tanto na família quanto no mercado de trabalho, que se expressam em valores e em papéis atribuídos ao homem, à mulher e aos filhos na família e na produção, definindo tanto a disponibilidade dos diferentes membros da família para o ingresso no mercado quanto às possibilidades de sua absorção.

2 DESENVOLVIMENTO

Roudinesco (2003), em sua obra “A família em desordem”, fala das transformações que a família sofreu na antiguidade até a pós-modernidade. A família tradicional preocupava com as tradições, conservação e ampliação do patrimônio e a transmissão da herança; as famílias deviam submeter-se à ordem patriarcal, no qual os casamentos eram arranjados. Posteriormente, caracteriza-se a família moderna de modo que a união do casal funda-se no amor, no qual valoriza os sentimentos e os desejos carnais por meio do casamento, e ocorre a divisão de tarefas e responsabilidades entre ambas as partes. Por fim, a família contemporânea ou pós-moderna, em que os vínculos resumem no amor e no prazer e cuja duração é relativa. As consequências da transmissão das responsabilidades, valores e da autoridade é complicada, pois na medida em que vêm ocorrendo as separações e os divórcios surgem novas composições familiares.

O empobrecimento dos diferentes tipos de família está relacionado aos rearranjos de inserção familiar e às diferentes vantagens e restrições de inserção no mercado de trabalho que cada componente encontra, considerando-se que não existe "permutabilidade" entre eles para a inserção no mercado de trabalho. Com isso a família, em um modo geral, ficou desprotegida e, assim, a quantidades de crianças abandonadas nas grandes cidades cresceram de forma desordenada, bem como a criminalidade que vem aumentando. Podemos constatar esse fato nos jornais escritos e televisionados, nos quais mostram o perfil dos meliantes de hoje em dia, que são na maioria menores de idade, e que são usados pelos maiores para facilitar o crime. Por ser menor de idade a justiça é mais branda, logo, o recrutamento de menores cresce no tráfico, além disso, são eles que alertam aos traficantes a entrada da polícia nas grandes favelas do nosso país, sem contar os abusos sexuais que eles sofrem. Isso tudo esta ligado diretamente a políticas públicas para a estrutura familiar brasileira.

As transformações na economia mundial nos últimos anos resultaram de processos como a urbanização, a industrialização e o avanço tecnológico. Como consequência, houve redução na oferta de empregos e aumento da concorrência no mercado de trabalho. Com isso, os empregadores tiveram de diversificar seus empreendimentos para garantir sua permanência no mercado e a mulher pôde ingressar no âmbito profissional. É cada vez mais expressiva a participação feminina no mercado de trabalho remunerado, em algumas situações chega a ser o principal suporte financeiro no orçamento familiar. Isso permite destacar que, além da maternidade, a mulher passa a preocupar-se com a sua satisfação pessoal e o sucesso de sua carreira profissional, buscando, por exemplo, o aperfeiçoamento por meio de estudos a fim de garantir sua ascensão no mercado de trabalho. A entrada da mulher no mercado de trabalho traz repercussões na organização e na estrutura de funcionamento familiar, levando à proposição de novas configurações, arranjos familiares com interferências diretas

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