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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.

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Por:   •  17/3/2015  •  3.294 Palavras (14 Páginas)  •  371 Visualizações

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1INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda a questão, família-trabalho, a falta de políticas de empregos e as péssimas condições de vida, ocorridos nos anos 90. Com o objetivo de compreender o que levou o país a altos índices de desemprego, a falta de incentivos sociais por parte dos governantes, as mudanças acontecidas no ciclo familiar, o papel da mulher no mercado de trabalho, suas lutas, conquistas e o seu desempenho.

Até a metade do século XX a família tinha características patriarcais, ou seja, tudo acontecia em torno do pai, ele era quem tomava todas as decisões, quem sustinha todos os membros; mesmo a mulher sendo a progenitora da vida, não tinha o poder central da família, mas sim o homem. Hoje esse modelo não existe mais, a história da humanidade ao longo dos anos vem se modificando.

Para realização desse trabalho recorreu-se a referências bibliográficas, levantamentos de dados, e foram embasados nos autores PROBST e VILLA.

Almejamos fazer uma viagem ao tempo para melhor entendermos os dias atuais, a fim de contribuir com uma reflexão critica sobre o tema.

DESENVOLVIMENTO

Por volta dos anos 80 já havia alterações na dinâmica do mercado de trabalho. Surgiu com intensidade, o desemprego urbano e teve inicio a deterioração das condições de trabalho, com o aumento da informalidade, trabalhos temporários, sem renda fixa. Nesse período foram preservadas as estruturas industriais e produtivas, onde o desemprego foram relativamente baixo.

Em 1985 a politica do país tinha passado por um processo de redemocratização que foi consolidado em outubro de 1989 com as primeiras eleições diretas para presidente. No inicio dos anos 90, mas precisamente em 15 de março de 1990 o Brasil passa a ser governado por Fernando Collor de Mello, para agravamento da situação econômica e social, o seu governo foi marcado por práticas ilegais, desvio de verbas e abuso do poder público. A revolta tomou conta da população que saiu às ruas em grandes manifestações, exigindo o afastamento do presidente. No seu mandato os níveis de desemprego subiram disparadamente e a inflação alcançou mais de 20% ao mês. Por não haver politicas e estratégia assistencialista, a pobreza e a miséria tomaram conta do país, em consequência veio á violência. O site UOL divulgou a seguinte matéria:

“A violência urbana tornou-se um problema social grave em todo o país a partir dos anos 1990. Nessa época, a falta de planejamento urbano e o tráfico de drogas fizeram eclodir “guerras” nas periferias das cidades. Houve também o que os especialistas em segurança pública chamam de “interiorização da violência”, que é quando o crime “migra” das grandes para as pequenas cidades no interior dos Estados. As causas do aumento da violência no Brasil são complexas e envolvem questões socioeconômicas, demográficas, culturais e políticas. A pobreza e a desigualdade social são comumente apontadas como fatores que estimulam a violência e a criminalidade. De fato, jovens que vivem em comunidades carentes são aliciados por traficantes e veem no crime uma opção de vida”. (http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/violencia-urbana-homicidios-no-brasil-superam-numeros-de-paises-em-guerra.htm)

Devido à situação, foi aberta uma sindicância para apuração dos fatos, e no dia 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados autorizou o Senado a processar e julgar o presidente. Percebendo que seria derrotado, Collor renunciou ao seu mandato. Assumindo então Itamar Franco, com a tarefa de baixar a inflação e criar uma moeda estável, em tão foi elaborado o Plano Real, passando a vigorar plenamente em 1º de julho de 1994, com o objetivo de manter a estabilidade da moeda.

Em outubro de 1994 ocorreram novas eleições presidenciais, sendo eleito Fernando Henrique Cardoso, sua meta principal era acabar com a fome e a miséria no país. O que não aconteceu de fato. Nos anos 1990, a população brasileira viu a inflação ser debelada. Apesar de este ser um fantasma que sempre ronda o país, ele acabou substituído por outro temor. Nós últimos anos do século XX, o desemprego passou a ser a principal preocupação dos brasileiros. E não é para menos. Nesses dez anos, o mercado de trabalho nacional se mostrou incapaz de absorver as gerações que atingem a idade de trabalhar. Ainda por cima, é crescente o número de trabalhadores que perdem o emprego na indústria, no comércio e no campo por causa da grave crise econômica que assola o país. Basta somar a isso os problemas regionais, como a seca no Nordeste, para termos de fato um quadro preocupante. Entre 1989 e 1996, o número de desempregados no país triplicou, chegando a somar cerca de 5 milhões de pessoas. Em 1998, esse número aumentou para 6 milhões, representando 7,7% da população economicamente ativa (PEA) do Brasil, que soma pouco mais de 75 milhões de pessoas. Desde então, esse índice não deixou de aumentar. Na região metropolitana de São Paulo, atingiu a casa dos 20% em maio de 1999, segundo pesquisa do Dieese. Também, entre 1989 e 1998 o desemprego cresceu relativamente mais entre os homens de mais idade. Devido a grande crise do momento muitas mulheres (conjugues) se viram obrigadas a trabalhar para completar a renda familiar. Mas a participação da mulher no mercado de trabalho se deu bem antes, teve inicio na 1° 2º guerra mundial. Os homens eram convocados para as batalhas e as mulheres assumiam os negócios da família, a posição de seus esposos no mercado de trabalho. Com o termino da guerra, muitos homens haviam morrido, e os que tiveram a chance de sobreviver, voltavam mutilados. Com isso, houve a necessidade das mulheres deixarem seus lares e filhos e se lançarem no mercado de trabalho de modo informal. Segundo PROBST:

“As que ficavam viúvas, ou eram de uma elite empobrecida, e precisavam se virar para se sustentar e aos filhos, faziam doces por encomendas, arranjos de flores, bordados e crivos, davam aula de piano entre outros. Mas além de pouco valorizadas, essas atividades eram mal vistas pela Sociedade”. (PROBST,2003,p.1)

Após conquistarem alguns apoios, a mão de obra feminina ganhou mais força e aos poucos conquistaram seus espaços no mundo todo. PROBST, AFIRMA:

“Algumas leis passaram a beneficiar as mulheres, ficou estabelecido na constituição de 32 que sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salario igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas 5 da manhã; é proibido o trabalho

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