TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

FICHAMENTO DE LEITURA (RESUMO-RESENHA DESCRITIVA)

Por:   •  24/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.183 Palavras (5 Páginas)  •  522 Visualizações

Página 1 de 5

FICHAMENTO

Prof. Fábio Luiz Wankler

Curso de Graduação em Geologia

FICHAMENTO DE LEITURA (RESUMO-RESENHA DESCRITIVA)

Estudante: Geovane de Souza Medeiros Pinheiro

Geologia do Estado de Roraima

Referências: REIS, N. J. et al. Geology of Roraima State, Brazil. Géologie de la France, n. 2-3-4, p. 121 – 134, 2003.

O referido artigo trata do levantamento geológico do estado de Roraima, que são baseados em recentes estudos acadêmicos.

A geologia do estado de Roraima foi dividida com base em suas características em comum: dados de campo, cartas geológicas, produtos aerogeofísicos e de sensoriamento remoto. Todas essas informações contribuíram para a identificação de quatro domínios litoestruturais em Roraima: Urariquera, Guiana Central, Parima e Anauá-Jatapu. Cada um desses Domínios litoestruturais possuem suas próprias características especificas como associações geológicas, idades e feições estruturais especificas.

Será destacado no decorrer deste trabalho apenas os domínios Urariquera e o Guiana central. Já que os mesmos englobam nossa área de estudo.

O Domínio Urariquera está incerido na porção nor-nordeste de Roraima e é marcado por um arranjo de lineamentos estruturais nas direções W a WNW-ESSE e NW-SE, onde corpos alongados de granitos e vulcânitos são predominantes. Neste domínio tem a presença de uma extensa cobertura sedimentar, que se localiza nas proximidades com a Guiana e Venezuela. O autor destaca que à Su-Sudeste do DU existe a ocorrência de rochas metassedimentares.

De acordo com Lurzado & Reis (2001) no Grupo Cauarane temos a ocorrência de metagrauvacas, metacherts ferríferos e xistos de derivação vulcânica e sedimentar. Essas rochas estão bastantes deformadas nas fácies xisto verde a anfibolito. Todos esses conjuntos de rochas encontram-se cortados por veios pegmatóides sin a pós-cinemáticos, também há a ocorrência de corpos leucograníticos, derivados da fusão parcial dos metassedimentos.

Na Suíte Metamórfica Murupu segundo Lurzado & Reis (2001) na região do Taiano foram descritos mega-enclaves de kingizitos nas fácies granulito. Rick cita a evolução em bacias do tipo back-arc e correlação com os cinturões greenstones transamazônicos. Porém, Bosma diz que essas supracrustais correspondiam a uma bacia intracontinental tardi- transamazônica.

De acordo com Fraga (1999) o Grupo Surumu ocupa uma grande parte do DU e possui contatos tectônicos com as Suítes Saracura e Pedra Pintada e as metassedimentares do Cauarane. Apresenta vulcanismo camagmático a granitos anarogênicos da Suíte Saracura, que correspondem ao Evento Uatumã. No entanto, apresentam uma forte afinidade geoquímica e comagmátismo com os granitóides Pedra Pintada, ambos são definidados pela tectônica calci alcalina. O Episódio Orocaíma é o nome dado ao Evento vulcânico-plutônico. O Grupo Surumu tem idades que variam de 1,98-1,96 Ga, essas idades reforçam a relação temporal a Suíte Pedra Pintada. O Evento Orocaíma é de origem pós-colisional e sua fonte está relacionada com assinaturas de subducção.

Já a Suíte Intrusiva Pedra Pintada segundo os autores Fraga et al (1996), é constituída por hornblenda-biotita, granodioritos a monzogranitos e subordinados tonalitos, quartzo monzonitos e monzodioritos, que definem uma sequência calci-alcalina de caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso. São formados por processos de subducção ou com contribuição de fontes de subducção, que envolve fusão parcial do manto com a contaminação crustal. A idade que foi definida para a região da Serra do Orocaima foi de 11 Ma para o granodiorito.

Também temos o Super Grupo Roraima que localiza-se no extremo norte do DU. Segundo Pinheiro et al (1990) e Reis et al (1990) ele corresponde a uma bacia muito extensa cujo pacote sedimentar possui uma espessura de 2900 metros. A mesma possui rochas sedimentares e piroclásticas depositadas em variados ambientes do sistema continental, transicional e marinho raso. Suas idades aproximadas são de 12 Ma. Ouve um evento compressivo pós-transamazônico de fácies xisto verde conhecido por K’Mudku (Reis et al, 1990).

De acordo com os autores Fraga & Araújo (1999b) e Haddad et al (1999) a Suíte Intrusiva Saracura tem corpos alongados de granitos róseos em meio a faixas E-W das vulcânicas do Du. Esses granitos correspondem ao mozo a sienogranitos e feldspatos alcalino. Cujas idades são de 1,89-1,74 Ga (Pb-Pb).

Apoteri possi enxames de diques de diabásio, com direções NE-SW e E-W que são geneticamente relacionados com os basaltos do rifte do Tacutu do DGC. Com base no método Ar-Ar esses diques apresentaram idades de 1,9 Ma (Marzoli et al,1999).

Temos também as unidades cenozoicas que fazem parte do nordeste de Roraima. Que é constituída basicamente de cobertura Detrito Laterítica (Paleogeno), Formação Boa Vista (Neogeno), Formação Areia Brancas (Pleistoceno) e depósitos recentes. Essas coberturas encobrem o limite entre o DGC e DU (Reis et al, 2001).

O Domínio Guiana Central localiza-se no centro norte do estado de Roraima, que corresponde ao Cinturão Guiana Central. Este Domínio está marcado por lineamentos estruturais NE-SW, marcadas nas unidades paleo e mesoproterozoico. Os limites norte e sul desses domínios se apresentam cobertos por sedimentos cenozoicos ou obliterados por intrusões graníticas segundo (Costa et al, 1992b).

De acordo com Luzardo & Reis (2001) a suíte Metamórfica Murupu é constituída por gnaisses kingiticos, calcissilicáticos e metacherts na fácies granulito. Essas rochas podem encontra-se localmente (migmatizadas e milonitizadas)l, que reflete um efeito de retrometamórfismo na fácies xisto verde.

A suíte Metamórfica Rio Urubu possui biotita gnaisse, biotita-horblenda gnaisse, (meta) monzogranitos e (meta) granodioritos. Os mesmos ocorrem submetidos a hiperstênio gnaisses e leucognaisses de acordo com. Com base em dados geoquímicos é possível sugerir que essas rochas foram retrabalhadas a partir de fontes crustais com assinatura de subducção na geração magmática (Fraga, 2002).

A Suíte Intrusiva Serra da Prata segundo Fraga et al (1997c) e Fraga & Araújo (1999c) é marcada por um acervo de charnockitos. Os charnockitos desta parte do DGC são do mesoproterozoico. Na região do Rio Mucajaí são encontradas as associações AMCG (Anortosito – Mangerito – Charnbockito – Granito Rapakivi). Lembrando que essas rochas charnockiticas da Serra da Prata são do paleoproterozoico.

Segundo Santos et al (1999) a Suíte Intrusiva Mucajaí é constituída de granitos rapakivi e fayalita – quartzo mangeritos e sienitos. Essa suíte é marcada por faixas de milonitos e ultramilonitos orientados na direção NE-SW que obliteram as texturas ígneas mesoproterozoicas e feições deformacionais paleoproterozoicas na fácies anfibolito e granulito. Os episódios miloníticos K’mudku de acordo com Barron (1966) e metamórficos Nickeriano de acordo com (Priem et al, 1971) foram os eventos deformacionais de cisalhamento na transição rúptil – dúctil.

Segundo os autores Eiras & Kinoshita (1988) e Reis et al (1994a) o rifte do Tacutu marca uma reativação do DGC, com evento extensional que se deu ao longo do jurássico – cretáceo. Com essa abertura do rifte ouve o surgimento de derrames basálticos Apoteri e uma deposição sedimentar com espessura de 6000 metros. De acordo com Marzoli et al (1999) esses derrames são atuais aos diques de diabásio NE-SW, estes que possuem idades Ar-Ar de aproximadamente 200 Ma.

A Suíte Apiaú é formada por corpos alcalinos (sienitos e traquitos) de acordo com Brandão & Freitas (1994), com idades de Rb-Sr de 140 Ma. Também há à existência de outros corpos, como o sienito Catrimâni segundo (Montalvão et al, 1975).

Por fim temos a bacia do Tacutu que se encontra no norte do DGC. Ela é constituída por sedimentações do cenozoico, como a formação Boa Vista, Areias Brancas e os depósitos Detrito-Lateríticos. Essas sedimentações cenozoicas foram capazes de registrar reativações tectônicas. Elas também encobrem o limite entre o DGC e DU, palavras de (Reis et al, 2001).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.1 Kb)   pdf (94.8 Kb)   docx (11.9 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com