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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

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Por:   •  7/6/2013  •  1.939 Palavras (8 Páginas)  •  2.224 Visualizações

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

PROFESSOURA: MA. LAURA SANTOS

Atividade prática supervisionada para fins de avaliação parcial da Unidade Didática FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II, do curso de SERVIÇOSOCIAL da UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP.

Boa Viagem / CE

Introdução:

O Serviço Social foi uma das profissões mais impactadas pelos fatos históricos a partir da ditadura, pois sua ação sempre foi colocada sob a tensão da relação capital versus trabalho. De um lado os dominantes, Estado e Instituições, querendo mais poder e lucro e de outro os trabalhadores, lutando contra a exploração a alienação e a mais valia deste antagonismo surgiu à questão social, resultantes das lutas no combate as desigualdades e exploração social.

É neste contexto que é impossível o profissional se manter dentro da neutralidade tão difundida no início da profissão, e assim a categoria pode identificar a ideologia política dos dominantes e dominados. Outro grande impacto foi que os profissionais se tornaram mais progressistas, vendendo a sua força de trabalho, se reconheceram como trabalhadores, e com compromisso de defender os direitos dos mesmos:

Foi se formando nesse momento da história uma nova identidade profissional baseada em uma dinâmica profissional crítica, com análise da realidade, da totalidade, reconhecendo todo cidadão como sujeito de direitos, e não de favores, promovendo ações para o favorecimento de toda a sociedade, principalmente quando passou a trabalhar com comunidades.

O movimento de reconceituação representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão crítica do Serviço Social, foi também um saldo qualitativo que foi se estruturando uma profissão que intervinha no combate das desigualdades sociais e também um marco no processo de politização e mobilização de profissionais e estudantes com participação nos sindicatos em todo o país:

O movimento de reconceituação foi e é principalmente a ruptura com o conservadorismo e o tradicionalismo do serviço social um marcohistórico dividindo o serviço social em “antes e após” a reconceituaçao. Apartir desse momento tornou-se possível formar profissionais com novos perfis, formando uma nova identidade profissional. Representou para o Serviço Social o início de uma nova práxis um novo modo de refletir pensar e agir de maneira a criar vínculos com ações transformadoras que vai muito além do capital, como a defesados direitos humanose a recusa do autoritarimo.

Desenvolvimento:

O movimento de Reconceituação conhecido também como Reconceitualização do Serviço Social surge paulatinamente em toda a América Latina em 1930 até a segunda metade de 1960, nos países com desigualdades sociais:(Chile, Argentina, Peru e Uruguai), segundo Faleiros (1981), consistiu em um movimento de crítica ao positivismo e ao funcionalismo e afundamentação da visão marxista na história e estrutura do Serviço Social.

O movimento na América Latina influenciou o Brasil, mas este movimento em nosso país foi diferente, considerando a organização da categoria que buscou a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, também em função da rea lidade social com produção mais alargada e mais crítica das desigualdades sociais:

Foi a partir dos anos 1960 que o conservadorismo e o tradicionalismo do Serviço Social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configuradas no Brasil. Nos anos de 70 e 80 que este movimento realmente emergiu. Um dos fatores da eclosão desse movimento de Reconceituação foi perda de níveis salariais das camadas médias da qual pertencia o Assistente Social, tendo como reação a sua inserção nos sindicatos.

Ao fazer a articulação com uma das classes iniciou um debate coletivo o que explica a materialização e iniciação política da categoria com viés histórico. O movimento de reconceituação germinou no interior da categoria, tendo como causa o acirramento das contradições ou o aumento das desigualdades sociais, e também a inadequação do Serviço Social para atendimento destas demandas brasileiras, pois toda a sua fundamentação teórica vinha de outros países e não atendiam a sua realidade social.

Os assistentes sociais além de melhores salários lutavam também contra a carestia e defendiam os moradores das favelas que requisitavam saneamento básico dentre outros. Com a reflexão do movimento também perceberam que não eram considerados profissionais liberais, mas pertencentes à classe trabalhadora:

A ruptura com a herança conservadora expressa como uma luta por alcançar novas bases de legitimação da ação profissional, e de colocar-se a serviço dos interesses dos usuários. E tem como pré-requisito que o Assistente social aprofunde a compreensão das implicações políticas de sua pratica profissional, polarizada pela luta de classes. Essa interação entre o aprofundamento teórico rigoroso e a pratica renovada, politicamente definida, constitui elemento decisivo para superar o voluntarismo, a prática rotineira e burocrática, as tendências empiristas, o alheamento do modo de vida do povo e o desconhecimento do saber popular. (IAMAMOTO; 1995)

A ruptura do Serviço Social com o tradicionalismo profissional, não aconteceu de imediato,já que o serviço social tem em sua gênese atender os enterres dos burgueses e seguiam sobre o julgo da igreja, católica,e da burguesia visando o controle da classe proletária afim de não causarem problemas no desenvolvimento do capital.

Mais o serviço social foi tomado de novas idéias no decorrer da história, uma nova identidade ia surgindo aos profissionais, já que os mesmos se deparavam com problemas bem alarmantes que não se resumiam apenas em pequenas ajudas ou esmolas.

Em 1967 aparece na história o processo de reconceituação do serviço social no Brasil que se torna mais fortes aparte de dois seminários realizados na época:

O 1º Seminário de Teorização do Serviço Social, realizado em1967em Araxá (MG), evento histórico no processo de ‘teorização’ e reconceituação do serviço social

Brasileiro, que propôs ações profissionais mais vinculadas à realidade social e política do país. “promovido pelo CBCISS o, evento reuniu 38 assistentes sociais de vários estados Brasileiros, produzindo o ‘Documento de Araxa”.

Em 1970 o seminário de Teresópolis

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