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Fundamentos Históricos E Teórico-Metodológico Do Serviço Social II

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Por:   •  19/5/2014  •  4.274 Palavras (18 Páginas)  •  608 Visualizações

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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológico do Serviço Social II

Introdução

No presente trabalho compreendemos a relevância do movimento de reconceituação no serviço social, através de leituras, reflexões e discussões dos textos entre os membros do grupo.

A segunda etapa aborda a importância do primeiro seminário referente a esse movimento de reconceituação e o seminário de metodologia do serviço social. E como se deu a historia e desenvolvimento do serviço social no Brasil.

Na terceira etapa analisamos as influencias das correntes filosóficas (positivismo, fenomenologia e dialética) no serviço social.

Com esse material pudemos produzir o presente trabalho e compreender melhor cada uma dos temas sugeridos.

A Reconceituação do Serviço Social no Brasil

Este movimento traz teorias frágeis e tentativas de mudanças na prática do trabalho e revisão de sua metodologia com a percepção dos fracassos na dinâmica social e relações de classes, tanto nos grupos sociais como nas instituições.

A política implantada em países como a América Latina (subdesenvolvidos), trouxe uma realidade a ser discutida:

• Baixo índice de renda da população,

• Ausência de infraestruturas de saneamento,

• Analfabetismo em alta,

• Saúde e educação em baixa

E o que era discutido por sociólogos e economistas, passa a ser discutidos também pelos técnicos em Serviço Social e pela população em geral.

O Marxismo nas universidades, o cotidiano de trabalho, a liberdade, resultou num Serviço Social tradicional em recuo para dar lugar a novas indagações, críticas e novas ideologias para um novo Serviço Social que estava por vir (FALEIROS; 2004).

As discussões, críticas promovidos nos encontros que contribuíram para a Reconceituação do Serviço Social:

1º Encontro Regional de Escolas de Serviço Social no Brasil (1964)--> se deu no Nordeste; e esta foi a primeira manifestação grupal de crítica ao Serviço Social tradicional e o pensar para a reconceituação, baseando os docentes e profissionais, em métodos de intervenção frente à realidade subdesenvolvida do Nordeste, criticando a forma economicista de se pensar para uma nova forma adotada: o processo de conscientização e liberação do oprimido.

Seminário Latino Americano em Serviço Social - Porto Alegre (1965), -->traz a ruptura com o tradicionalismo. A transição de 60 a 70 teve forte crítica sobre o Serviço Social tradicional, pois trazia uma prática arcaica empirista, paliativa e burocrática. Há o rompimento com amarras imperialistas, luta pela libertação nacional e transformação da estrutura capitalista (que concentrava seus interesses e era exploradora).

Ao romper essa herança conservadora, alcançava-se a legitimação da ação profissional e se colocava a serviço não mais da classe dominante - Estado-Igreja-Burguesia, e sim dos usuários menos favorecidos, o proletariado.

O pré-requisito exigido era que o Assistente Social, deveria se aprofundar em sua prática profissional, nas políticas sociais, focando nas lutas de classes.

A interação, teoria x prática (práxis) renovada e politicamente definida, constitui elemento decisivo para deixar de lado o voluntarismo, prática engessada, burocrática e rotineira, o empirismo, o desconhecimento do saber popular... (IAMAMOTO; 1965).

5 focos identificados por autores no movimento de reconceituação do Serviço Social:

• Científico,

• Técnico-metodológico,

• Ideológico-político,

• Ciência do cotidiano,

• Luta pela profissionalização

Os Encontros Regionais de Araxá (1967) e Teresópolis (1970)

Documento de Araxá

Durante a ditadura militar foram realizados dois seminários de teorização do Serviço Social, o Seminário de Araxá (MG) e o Seminário de Teresópolis (RJ).

O documento de Araxá, como ficou conhecido, foi elaborado por 38 Assistentes Sociais, diz respeito ao “rompimento” com as bases mais tradicionais da profissão, com os processos de Casos, Grupos e Comunidades. O que foi proposto não foi um rompimento propriamente dito, mas o tradicional sobre novas bases.

A reflexão que se faz é a relação entre “objetivo remoto” e “objetivos operacionais” da profissão e verifica-se que o aspecto tradicional está em concordância com a operacionalização “moderna”. Explicita-se a postura e os fundamentos da ação do Serviço Social, que afirma, por exemplo, o direito de a pessoa encontrar na sociedade as condições para sua auto realização; estímulo ao exercício da livre escolha e de responsabilidade de decisões; respeito aos valores, padrões e pautas culturais, etc. Os formuladores de Araxá objetivavam distinguir os princípios étnicos e metafísicos que serviriam de base para a ação do Serviço Social, assim como os princípios operacionais, que seriam as normas de ação de validade universal da profissão. Explorando as funções que se atribuem à profissão, o documento reconhece que elas se efetivam em dois níveis: da micro atuação e da macro atuação do Serviço Social.

O nível da micro atuação discute a prática profissional voltada para a prestação de serviços diretos. O Serviço Social como técnica dispõe de uma metodologia de ação que utiliza diversos processos. São os processos de Caso, Grupo, Comunidade e trabalho com a população. Na macro atuação, o Serviço Social está voltado para a política e o planejamento. Essa integração supõe a participação no planejamento, na implantação e na melhor utilização da infraestrutura social. O documento entende a infraestrutura social como “facilidades básicas, programas de saúde, educação, habitação e serviços sociais fundamentais” e distingue da infraestrutura econômica e física. E ainda, entende que se a micro atuação, já consagrada historicamente na prática da profissão no Brasil, só se efetivaria

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