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Familia, Mutação Histórica

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Por:   •  5/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.516 Palavras (7 Páginas)  •  190 Visualizações

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FAMÍLIA, MUTAÇÃO HISTÓRICA

FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: Ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida

INTRODUÇÃO

A reestruturação produtiva que ocorreu de 1990 a 1994, ocasionou a inserção dos diferentes componentes da família no mercado e teve como principais conseqüências a precarização das relações de trabalho e a deterioração da renda familiar. Nesse contexto, os “chefes de familia” não conseguiam manter os niveis de rendimentos familiar. Este novo quadro resultou em maior partilhamento dos componentes da família na responsabilidade pela manutenção do grupo familiar. Os arranjos familiares passavam a forma-se diferentemente. A ausência de políticas socias de emprego, favoreceu o empobrecimento das familias. Enquanto as ofertas de emprego eram poucas os desempregados eram muitos, sem atenção do estado, eram praticamente invisiveis socialmente. Apesar da crise econômica, a familia foi uma importante aliada para segurar este momento. Neste contexto de reestruturação produtiva, cresce o número de empregos informal e diminui o numero de assalariados.

A reestruturação produtiva influenciou tanto nas atividades produtivas quanto nas estruturas das famílias.

Agora o comportamento não era mais o mesmo, assim muda-se gradativamente tambem a cultura familiar, pois uma ação intervem na outra. Com todas essas mudanças na reesturação produtiva, houve também importante transformaçoes nos padrões familiares, como o crescimento de separações e o maior número de familias chefiadas por mulheres. As mulheres foram conquistando seu espaço no mercado de trabalho embora ainda existam preconceitos sobre a ocupação de cargos de chefia e em relação a remuneração, mais baixas que a masculina . A divisão sexual do trabalho influi tanto na família como no mercado de trabalho. Isso explica as diferentes formas de inserção de homens e mulheres no sistema produtivo.

A manutenção da familia passou a ser partilhada pelo casal, onde anteriormente a mulher ocupava o papel de cuidar da casa e da educação dos filhos, agora saiara para trabalhar e contribuir com a renda da familia. Embora os padroes culturais familiares tenham mudado, os padroes conservadores demonstram sua força.

DESENVOLVIMENTO

A reestruturação produtiva influenciou não somente a precarização da renda, a inserção de diferentes membros da familia no mercado de trabalho e a divisão social do trabalho, mas também a transformação dos arranjos familiares. A ausência de politicas de emprego tornava quase invisivel o desempregado. Dessa forma o “chefe” de familia, lugar antes ocupado somente pela homem, responsavel por toda renda da familia, precisava da contribuição dos demais membros da família, principalmente da mulher, que por sua vez começava a ser absorvida pelo mercado de trabalho. Tais mudanças influenciaram na transformação cultural da familia e do trabalho.

A Divisão Social do trabalho

Diante desta nova configuraçao de família, a mulher e os filhos precisavam contribuir com a renda familiar. Frente a esta nova necessidade e diante às conquistas através de movimentos feministas a mulher passou a ocupar seu espaço no mercado de trabalho. A partir daí muitas transformações culturais e sociais ocorreram. Mesmo com o acesso da mulher ao mercado de trabalho, ainda há desigualdade em termos de valorização do trabalho feminino para o masculino.

A reivindicação da igualdade, direito à liberdade sexual, fim do padrão moral da virgindade, controle da função reprodutiva, fim da autoridade exclusiva do homem dentro da família, igualdade de direitos políticos e civis, incluindo as mudanças na legislação familiar e trabalhista, levaram a família gradativamente a se reorganizar em função dos novos padrões. (ARAÚJO, 1993, p. 50).

O processo de transformação cultural e social na estrutura familiar, levaram os ideais de igualdade a substituirem os de autoridade antes ocupado pelo homem. A familia precisou adequar-se a esse novo momento.

[...] de agora em diante esta não será mais vista apenas como uma estrutura de parentesco que restaura a autoridade derrotada do pai, ou sintetizando a passagem da natureza à cultura através dos interditos e das funções simbólicas, mas como um lugar de poder descentralizado e de múltiplas aparências. Em lugar de uma definição de uma essência espiritual, biológica ou antropológica de família, fundada no gênero e no sexo ou nas leis de parentesco, e em lugar daquela existencial, induzida pelo mito edipiano, foi instituída outra, horizontal e múltipla, inventada pelo individualismo moderno (...) esta família se assemelha a uma tribo insólita, a uma rede assexuada, fraterna, sem hierarquia nem autoridade, e na qual cada um se sente autônomo ou funcionalizado. (ROUDINESCO, 2003, p. 155).

Dentro deste novo formato de família, a mulher com maior autonomia, insere-se no mercado profissional e as tarefas antes femininas, como cuidar das atividades domesticas e filhos, passa a ser dividida com o homem, anteriormente visto como chefe provedor da família. Diante do aumento do número de divórcios surge a possibilidade de novas composições familiares. Os casais na maioria das vezes tendem a ficar juntos pelo sentimento e não mais para manter uma tradição. Com isso o casamento perde sua força simbólica, pois os casais ficam juntos enquanto perdurar o afeto.

No século xx mudanças significativas com a entrada da mulher no mercado de trabalho são ressaltadas. A ruptura no padrão cultural de família é notada com a independência financeira feminina e a transmissão de valores e costumes.

Anteriormente a mulher era apenas a mantenedora do lar e da educação dos filhos, não podia pensar de forma alguma em ganhar seu próprio dinheiro. Com os avanços a mulher preocupa-se não somente com a maternidade, mas com a realização pessoal e profissional.

Atualmente a mulher tem adiado a maternidade para trabalhar e quando tem filhos acaba se desdobrando para dar conta de casa, filho, marido e trabalho. Esse conflito aparece como uma das perdas para mulheres que valorizam o lado profissional e não tem tempo integral para os filhos.

As relações familiares na contemporaneidade

A família sofreu uma verdadeira metamorfose ao longo dos tempos. A família contemporânea apresenta-se em diferentes formatos: há famílias

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