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Ferramenta Ergonomica

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Por:   •  3/8/2014  •  1.402 Palavras (6 Páginas)  •  503 Visualizações

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FERRAMENTA ERGONOMICA

MOORE GARG

Hoje iremos falar sobre uma das ferramentas mais utilizadas em análise ergonômica do trabalho: o Strain Index ou Índice de Moore e Garg.

O que é o método de Moore e Garg?

É um método de análise de risco de desenvolvimento de disfunções músculo tendinosas em membros superiores.

O nome “oficial” por assim dizer é Stain Index (ou índice de esforço) e foi desenvolvido em 1995 por MOORE, J. S e GARG, A.; com principal objetivo de avaliar o risco de lesões em punhos e mãos.

Apresenta grande aceitação no meio acadêmico, empresarial e judicial, quando se trata de demandas relacionadas à repetitividade, aplicação de forças e posturas forçadas para extremidades distais de membro superior.

Para termos uma idéia do que estamos avaliando, vamos passar por algumas definições que se fazem necessárias neste ponto do artigo. Iremos falar um pouco sobre a repetitividade e a aplicação de forças.

O que é repetitividade?

Geralmente na indústria, as tarefas podem ser caracterizadas segundo Escorpizo & Moore (2007) como:

Inteiramente automatizado, onde uma tarefa é feita por uma máquina, por um motor, ou pelo equipamento;

Semi-automatizado, onde uma tarefa é compartilhada por uma máquina e por um trabalhador; e

Manual, em que a tarefa é realizada inteiramente pelo trabalhador

Ainda segundo estes autores, as atividades de trabalho totalmente automatizadas e manuais não tem representado tantos problemas quanto àquelas em que o homem compartilha com a máquina sua tarefa. Nesta circunstância lhe é cerceado a possibilidade de controle sobre sua tarefa.

Porém, ainda falta definir o que é ser repetitivo?

Para Hagberg e Silverstein, o conceito de repetitividade compreende:

Mais de 50% da jornada realizando a mesma tarefa;

Ciclos repetidos com menos de 30 segundos de duração.

Apesar de ainda muito a acrescentar nestes conceitos, eles servem de base para “tentarmos” definir o que é uma atividade repetitiva. Vejamos que essa não é uma tarefa fácil. Podemos até delimitar o que é uma tarefa repetitiva, porém a dificuldade está justamente em determinar até que ponto esta tarefa é potencialmente causadora de lesões.

E aqui entramos no segundo ponto a esclarecermos antes de chegarmos ao método em si – a aplicação de forças.

Aplicação de forças

Quando tratamos de aplicação de forças, estamos diretamente ligados à capacidade de contração e relaxamento muscular. A maior (ou melhor) propriedade do músculo está justamente na sua capacidade de contrair e distender-se, conseqüentemente gerando força.

A estrutura músculo esquelética de membros superiores desperta grande interesse no ambiente industrial, visto que estas estruturas não foram “programadas” para gerar grande volume de força por longos períodos de maneira cíclica.

“Não somos máquinas, somos simplesmente humanos”.

Estudos científicos já de longa data permitem afirmar que em plenas condições físicas e mentais, homens e mulheres tem capacidades diferentes de gerar força muscular; fator decorrente da estrutura anatomo-fisiológica de ambos.

Em 1960, Hettinger examinou em homens e mulheres, a força máxima muscular gerada por três grupos musculares, sendo que seus resultados apontam que a força máxima de um destes grupos – apertar as mãos – foi de 460 N (40,67 Kg) para homens, com desvio padrão de 120, e 280 N (28,55) em mulheres, com desvio padrão de 70 (publicado no livro Manual de Ergonomia de KROEMER & GRANDJEAN, 2005).

Neste livro, os autores ainda permitem discutir alguns fatores que podem interferir na geração de forças:

Idade: trabalhadores entre 50 e 60 anos exercem 70 a 85% da força máxima original;

Gênero: mulheres tem 2/3 da força dos homens;

Condicionamento Físico;

Motivação: estímulos adequados promovem bem-estar

Portanto, conclui-se neste ponto que os parâmetros repetitividade e força são complexos e envolvem uma gama de fatores que podem contribuir para avaliações precisas ou não de uma situação de trabalho.

–> Parâmetros de análise do método

FIE – Fator Intensidade do Esforço

A intensidade do esforço é uma estimação do esforço requerido para realizar a tarefa uma vez. Trata-se de um parâmetro subjetivo de avaliação da quantidade de esforço realizado pelo trabalhador na realização de uma tarefa. Um dos pontos a se analisar é a expressão facial.

Tabela FIE

FDE – Fator Duração do Esforço

O percentual de duração do esforço se calcula medindo a duração do esforço durante um período de observação dado, e dividindo-se esse tempo pelo tempo total e multiplicando por 100. Basicamente por quanto tempo um esforço é mantido.

FFE – Fator Freqüência do Esforço

O

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