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Filosofando: Introdução à Filosofia Moral

Por:   •  7/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.328 Palavras (6 Páginas)  •  434 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE BELO HORIZONTE

CURSO DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

PROFESSORA: DAIANE CARNEIRO PIMENTEL

19 MAIO 2014

Athos Rolino de Castro Ramos Cruz

Cristiane Pereira de Oliveira Souza

Elane Caetano Reis

Fabielle da Silva Gonçalves Dutra

Jessica Luana Pereira M

Laura Maria Sá Silva

MARTINS, Maria Helena Pires; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia moral. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 300–305.

FICHAMENTO

  • Definimos juízos de realidade as coisas que de fato existem e juízos de valor quando atribuímos qualidade a estas coisas. (p.300).
  • “[...] no século XIX surge a teoria de valores ou axiologia (do grego axios, valor). A axiologia não se ocupa dos seres, mas das relações que se estabelecem entre os seres e o sujeito que os aprecia”. (p.300).
  • Algo possui valor quando provoca-nos afetividade, seja esta atrativa ou repulsiva. (p. 300).
  • “Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e outra coisa é ser”. (p.300).
  • Os valores, inicialmente, são herdados através da cultura estabelecida. (p.300).
  • Existem vários tipos de valores, dentre eles os éticos e morais. (p.300).
  •  “[...] moral vem do latim mos, morais, que significa “costume”, “maneira de se comportar regulada pelo uso”, e de moralis, morale adjetivo referente ao que é “relativo aos costumes”. Ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de “costume”. ”(p.301).  
  • Mesmo possuindo a etimologia semelhante, a moral e a ética diferem-se pelo fato da moral ser o conjunto das regras, criadas pelo homem, que determinam o comportamento dos indivíduos em um grupo social e a ética a reflexão sobre as noções e princípios que fundamentam a moral. (p.301).
  • “[...] É de tal importância a existência do mundo moral que se torna impossível imaginar um povo sem qualquer conjunto de regras”. (p.301).
  • O animal está submetido às leis da natureza, não escolhe, age conforme seu instinto, por defesa ou medo. O ser humano, por ter a linguagem simbólica, criou a cultura com regras, portanto com interdições. (p.301).
  • A moral constituída são os costumes e valores já estabelecidos. (p.301).
  • “O comportamento moral varia de acordo com o tempo e o lugar, conforme as exigências das condições nas quais as pessoas se organizam ao estabelecerem as formas de relacionamento e as práticas de trabalho”. (p.301).
  • A moral não se reduz à herança dos valores recebidos pela tradição, mas coloca em questão os valores herdados ao aprimorar o pensamento abstrato e a reflexão crítica. (p.302).
  • “[...] o ato só é propriamente moral se passar pelo crivo da aceitação pessoal da norma”. (p.302).
  • A vida moral se configura quando a moral constituída, que podemos considerar como teoria, é colocada em prática (moral constituinte). (p.302).
  • “[...] normas de um determinado momento tornam-se obsoletas em outro e devem ser alteradas”. (p. 302).
  • A moral não está baseada em valores absolutos, mas sim em valores que podem modificar-se com o tempo em uma mesma sociedade. Podemos destacar o exemplo da escravidão – a sociedade brasileira considerava moralmente aceitável a escravidão na época imperial e abomina esse mesmo ato na época atual. (p.302).
  • O caráter pessoal da moral está relacionado com valores que eu pessoalmente considero bom, mas outras pessoas consideram mau na sociedade em que vivo. 
  • Por exemplo: posso considerar justo a pena de morte em casos hediondos, mas uma parcela da sociedade pode considerá-la um ato injusto, pois consideram que ninguém tem o direito matar outra pessoa mesmo se for um assassino declarado. 
  • Uma coisa é aquilo que é determinante, outra coisa é a capacidade humana de escolher o que fazer. Na moral, algumas vezes temos a possibilidade de exercer nossa capacidade de escolha (liberdade), outras vezes, somos obrigados a aceitar o que a maioria nos impõe (dever). (p.303).
  • “[...] quando criamos valores, não o fazemos para nós mesmos, mas como seres sociais que se relacionam com os outros”. (p.303).
  • “A instauração do mundo moral exige consciência crítica, que chamamos de consciência moral”. (p.303).
  • O ato moral é um comportamento humano passível de aprovação ou desaprovação das normas aceitas constituído em dois aspectos: o normativo e o fatual. (p.303).
  • O normativo são regras e o fatual a execução ou não do normativo. (p.303).
  •  “Os dois pólos são distintos, mas inseparáveis. A norma só tem sentido se orientada para a prática, e o fatual só adquire contorno moral quando se refere à norma”. (p.304).
  • O ato é moral ou imoral de acordo com o cumprimento ou não da norma. Por exemplo, se a norma determina “não roube”, o ato de roubar é imoral. (p.304).
  • A negação da moral é considerada amoral. (p.304).
  • “O ato moral é um ato voluntário, ou seja, um ato de vontade que decide pela busca do fim proposto”. (p.304).
  • Não se deve confundir desejo com vontade. O desejo é involuntário, já a vontade é uma escolha a qual gira em torno da moral. (p.304).
  • A partir do texto podemos dizer que se agimos movidos por nossos desejos, não somos diferentes de qualquer animal que também desejam e agem por instintos ou impulsos. O desejo não tem moral. No entanto, de nós humanos, se espera a capacidade de frear um tanto nosso desejo, nossas paixões, tudo o quanto nos afete – para que possamos parar, pensar, escolher e agir. É nesta escolha que reside a moralidade. A vontade é o eixo em torno do qual gira a moral. (p.304).
  • “[...] para que um ato seja considerado moral, deve ser livre, consciente, intencional, mas também solidário”.
  • “Responsável é aquele que “responde por seus atos”, isto é, a pessoa consciente e livre assume a autoria do seu ato, reconhecendo-o como seu e respondendo pelas consequências dele”. (p.304)
  • O comportamento moral cria um dever que é considerado moral por ser reconhecida a necessidade do cumprimento da norma pelo indivíduo. (p.304).
  • “[...] a obediência à lei livremente escolhida não é prisão; ao contrário, é liberdade”. (p.304).
  • “[...] para sermos realmente livres, devermos ter a possibilidade sempre aberta da transgressão da norma, mesmo daquela que nós mesmos escolhermos respeitar”. (p.304 e 305).
  • “[...] a vida moral não se resume a um só ato moral, mas é a repetição do agir moral”. (p.305).
  • “[...] A virtude é a permanente disposição para querer o bem, o que supõe a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação”. (p.305).
  • “Embora a ética não se confunda com a política, elas se relacionam necessariamente, cada uma no seu campo específico”. (p.305).
  • Concluímos a partir do apresentado que: I) A Filosofia Moral distingue entre ética e moral. II) Ética tem a ver com o “bom”. Moral tem a ver com o “justo”, esta torna possível que as diversas éticas convivam entre si sem se violarem ouse sobreporem umas às a outras. Por isso mesmo, a moral prevalece sobre a ética. III) No terreno da ética estão as noções de felicidade, de caráter e de virtudes. As decisões de qual propósito dá sentido à minha vida, que tipo de pessoa eu sou e quero vir a ser e qual a melhor maneira de confrontar situações de medo, de escassez, de solidão, de arrependimento, etc. são todas decisões éticas. IV) No terreno da moral estão as noções de justiça, ação, intenção, responsabilidade, respeito, limites, dever e punição. A moral tem tudo a ver com a questão do exercício do direito de um até os limites que não violem os direitos do outro. V) As duas coisas, claro, são indispensáveis. Sem moral, a convivência é impossível. Sem ética, é infeliz e lamentável. Diz-se que quem age moralmente (por exemplo, não mentindo, não roubando, não matando, etc.) faz o mínimo e não tem mérito, mas quem age moralmente deixa de fazer o mínimo e tem culpa (por isso pode ser punido). Por outro lado, quem age eticamente (sendo generoso, corajoso, perseverante, etc.) faz o máximo e tem mérito, mas quem não age eticamente apenas faz menos que o máximo e deixa de ter mérito, mas sem ter culpa (por isso não pode ser punido, mas, no máximo, lamentado).

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