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Fracasso Escolar

Artigo: Fracasso Escolar. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2013  •  5.981 Palavras (24 Páginas)  •  712 Visualizações

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Tema: NO FRACASSO ESCOLAR HÁ UM ALGOZ?

TATIANE BATISTA

RESUMO

Com o propósito de investigar o fracasso escolar no interior do ambiente educativo, bem como relação professor-aluno, a questão central pautou-se na importância desta relação para o desenvolvimento social e emocional da criança e assim buscou conscientização para os problemas de dificuldade de aprendizagem

ABSTRACT

In order to investigate school failure within the educational environment as well as teacher-student relationship, the central issue was based on the importance of this relationship to the social and emotional development of the child and so sought awareness for problemas de learning disability. ..

1. INTRODUÇÃO.

A presente reflexão procura analisar os envolvidos no processo de aprendizagem, analisando o compromisso de todos os personagens que estão inseridos no contexto escolar, sendo eles: pais, alunos, professores e a escola.

Assim a reflexão tem como objetivo trazer estudos recentes no que se refere ao fracasso escolar e seu principal problema às dificuldades de aprendizagem, abordando perspectivas psicológicas. Ao longo do trabalho é possível notar os avanços nessa área de pesquisa. O trabalho traz em seu embasamento teórico um breve histórico das dificuldades de aprendizagem. Em seguida, algumas concepções que norteiam as relações de ensino e aprendizagem e como se dá a aprendizagem, quais são seus processos e características. Ao longo do trabalho podemos ver detalhadamente alguns sintomas e causas das dificuldades de aprendizagem. Completando a presente pesquisa abordo o papel do professor e da família nesse processo. Qual a sua importância e suas influencias no desenvolvimento de um individuo em formação.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Ao longo dos anos a preocupação com o fracasso escolar causados pela dificuldades de aprendizagem vem aumentando, levando em consideração o fracasso existente no âmbito escolar. Essa é uma preocupação vinda de profissionais da educação e dos familiares dos alunos desde antigamente, o debate sobre dificuldade de aprendizagem não é recente. Desde a Revolução Industrial na Inglaterra e a Revolução Política na França, a educação de massa passou a ser considerada necessária pelos burgueses, já que até essa data as classes sociais que tinham acesso à educação eram a nobreza e o alto clero. (CARVALHO, 2007, p. 29)

Podemos ver que devido a essa educação em massa o índice de analfabetismo ao longo dos anos aumentou havendo preocupações nesse aspecto de dificuldades e fracasso escolar. Os professores diante dessa situação se viram com problemas a serem diagnosticados e estudados. Ocorrendo essas questões na realidade escolar “a dificuldade de aprendizagem foi inicialmente objeto de estudo da medicina, no final do século XVIII e século XIX, período em que foram realizados em laboratórios e em hospícios, estudos de neurologia, neurofisiologia e neuropsiquiatria.”

Apareceram assim os grandes testes a fim de classificar os alunos com dificuldades na aprendizagem. Segundo Carvalho, baseado em Claperède, os alunos diagnosticados através dos testes deveriam formar salas de acordo com as suas aptidões, formando assim classes homogêneas, a escola sob medida.

Segundo Monarcha, através das transformações sociais e econômicas, ocorridas entre 1910 e 1930, ocorre o inicio de um novo tempo. Por conta das mudanças busca-se o novo para a educação, surge então o escolanovismo. Com essas novas concepções, vigente em uma sociedade capitalista, aparecem os testes de inteligência a fim de medir eficiência e rendimento, desencadeando o julgamento dos indivíduos. Por meio dos testes era possível classificar as pessoas e mandar para salas diferentes. As salas eram compostas por alunos ditos “normais” ou “especiais”, era um meio pelo qual podia-se racionalizar para o processo de segregação.

Com a psicologia influenciando nas concepções vigentes da época, a psicanálise modifica o pensamento de aluno “anormal” para “criança problema”,

Se antes elas são decifradas com os instrumentos de uma medicina e de uma psicologia que falam em anormalidades genéticas e orgânicas, agora o são com os instrumentos conceituais da psicologia clínica de inspiração psicanalítica, que buscam no ambiente sócio-familiar as causa dos desajustes infantis. (PATTO, 1999, p. 66)

Em um olhar imediato e superficial vem logo a reflexão de que a causa do fracasso escolar é a deficiência na formação do professor, como se esse problema se baseasse em uma única causa. Nesse sentido, (CAMPOS, 2009) explica que o problema é antigo e engloba vários fatores, como os poucos recursos econômicos que alunos de famílias carentes recebem e, tendo a escola como um desses recursos, não encontra um ambiente afetivo de amizade e carinho para considerar a escola sua segunda casa. Algumas escolas acaba rotulando a criança como “alunos que não aprendem que não querem saber de nada”(CAMPOS, 2009), partindo desta concepção há uma hipótese em que o aluno possa vir pensar que ali não é um lugar para ele.

Para Campos (2009) a família, também tem uma participação no fracasso escolar, no desinteresse e abandono acadêmico da criança, pois desde muito novas, elas têm que trabalhar para ajudar a sustentar a casa, outros procuram recursos marginais como a prostituição e, às vezes, até viram reféns do tráfico.

Ainda neste contexto, o autor reforça que “a escola se sente impotente para trabalhar com essa clientela, o que aos poucos vai excluindo-os e jogando-os na marginalização” (CAMPOS, 2009). No entanto, o autor conclui que a formação dos professores é indispensável à aprendizagem, para isso, é necessário que as universidades ofereçam recursos de boa qualidade e que posteriormente, a escola deva assumir seu papel social.

Nesse sentido ressaltamos segundo Gripino (2006).

A escola, em sua função social, tem um olhar constante voltada à sociedade, conectando seu saber com a prática cotidiana do aluno, preparando-o para o exercício profissional. A experiência de vivenciar as situações de aprendizagem ensinar o convívio em grupo, indispensável para vida e o trabalho” (Gripino, 2006).

Cada professor deve assumir seu papel enquanto agente de transformação social, que segundo Bulgraen (2010).

“Pensando nessa prática social, o professor deve estar ciente de que não basta

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