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Fumar: um resumo do último consenso brasileiro

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Por:   •  30/5/2014  •  Seminário  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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Tabagismo: Resumo do último consenso brasileiro sobre abordagem e tratamento do fumante

Posted on 7 abril, 2008 by Saúde do Futuro

O tabagismo gera atualmente cerca de 4 milhões de mortes por ano no mundo inteiro, dentro de uma população de 1,3 bilhões de fumantes no planeta. Se o padrão atual de consumo de cigarro não for revertido, o número de mortes poderá chegar a 10 milhões de óbitos anuais em 2030.

Os dados referentes aos malefícios do cigarro já foram devidamente estudados e confirmados. O tabagismo responde atualmente por 40 a 45% de todas as mortes por câncer em geral, 90 a 95% das mortes por câncer de pulmão, 75% das mortes por DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tendo o Enfisema Pulmonar como exemplo) e 35% das mortes por doenças cardiovasculares (Infarto do Coração e Derrame Cerebral), entre homens e mulheres de 35 a 69 anos de idade.

Apesar destes dados parecerem impressionantes, grande parcela dos fumantes não se convence dos riscos á saúde e predisposição à doenças graves que estão correndo.

O que é?

Tabagismo é o hábito de fumar adquirido por uma pessoa. Por motivos diversos, a pessoa começa a fumar, mas com o tempo aparece a dependência física à nicotina. Estímulos sociais, culturais e comportamentais também reforçam seu hábito e determinam a dependência psicológica ao tabaco.

A dependência à nicotina é semelhante a outras drogas como cocaína, heroína, morfina etc., constituindo um problema médico que requer um tratamento específico.

Desde 1992 a Organização Mundial da Saúde, na Classificação Internacional de Doenças (CID), catalogou o tabagismo como “uma desordem mental e de comportamento em razão da síndrome da dependência à nicotina”.

O que causa a dependência do cigarro?

A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarros comuns, etc.) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoativa, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Ao ser ingerida, produz alterações no cérebro, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e o álcool.

Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas e debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte.

Quais são as conseqüências?

Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam sempre o mesmo: o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes, principalmente as doenças cardiovasculares (infarto, angina,derrame) o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite).

Além disso, esses estudos mostram que o tabagismo é responsável por:

- 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);

- 25% das mortes causadas por doença coronariana – angina e infarto do miocárdio;

- 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;

- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;

- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;

- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);

- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);

- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

O tabagismo ainda pode causar:

- impotência sexual no homem;

- complicações na gravidez;

- aneurismas arteriais;

- úlcera do aparelho digestivo;

- infecções respiratórias;

- trombose vascular.

Como tratar?

1 – Abordagem Cognitivo-Comportamental:

É uma abordagem que combina intervenções cognitivas com treinamento de habilidades comportamentais, e que é muito utilizada para o tratamento das dependências. Esse tipo de tratamento geralmente é feito por psicólogos ou médicos treinados. Os componentes principais dessa abordagem envolvem: 1) a detecção de situações de risco de recaída; 2) o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento. Dentre as várias estratégias empregadas nesse tipo de abordagem, temos, por exemplo, a auto-monitoração, o controle de estímulos e o emprego de técnicas de relaxamento. Em essência, esse tipo de abordagem envolve o estímulo ao auto-controle ou auto-manejo para que o indivíduo possa aprender como escapar do ciclo vicioso da dependência e a tornar-se assim um agente de mudança de seu próprio comportamento.

Os estudos mostram que, qualquer que seja a duração dessa abordagem, há um aumento da taxa de abstinência, ou seja, do tempo que o indivíduo fica sem fumar.

Diante disto, quanto maior o tempo total da abordagem cognitivo- comportamental maior será o tempo em que o indivíduo ficará sem fumar teoricamente.

2 – Tratamento

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