Gentileza Ou Assedio: Conflitos De gênero E De Raça Nas Relações De Trabalho

1.INTRODUÇÂO

Este estudo de caso referenciou organização como uma instituição dotada de capacidade humana e internacional de conceitos norteando a vivência das relações humanas no meio do trabalho. Toda essa proposta ficou evidenciada através do conflito de gênero e de raça nas relações de trabalho tendo como base fundamental o texto elaborado por Ana Paula Pinto Damasceno.

O objetivo geral do trabalho foi observar e analisar o meio de trabalho e as relações de conflito existentes em um setor profissional, evidenciando as relações ativas e abstratas do trabalho humano, na construção ética das variantes comportamentais dentro e fora do ambiente de trabalho. Verificando dessa forma, as temáticas percebidas na gestão das organizações contemporâneas e os fatores abstratos de assédio, racismo e desvalorização de gênero.

O estudo de caso foi embasado teoricamente por teóricos como Chiavenato, Bennis, Ramos, Robbins, Moura, Hollandere Peli. Na estruturação do trabalho abordou-se a introdução e os momentos da atividade. No desenvolvimento evidenciaram-se as reflexões e os meios comportamentais das personagens analisadas no texto, buscando demonstrar e analisar os elementos básicos das relações de gênero, raça, mulher, trabalho, liderança e assédio em uma instituição de trabalho.

As considerações finais ficaram direcionadas aos resultados obtidos e a interação entre aprendizagem e aluno, na perspectiva de um novo meio de trabalho e abordagem acerca da relação homem e diversidades físicas e psicológicas no ambiente de trabalho.

2.DESENVOLVIMENTO

O trabalho sobre o estudo de caso retirado do texto de Ana Paula Pinto Damasceno.Nesse texto ficaram retratados três personagens: Fernando, Carla e Ricardo. O estudo de caso referencia de forma eficaz vários conflitos dentro da perspectiva humana no trabalho, denotado por Fernando que era o chefe da área de Orçamentos, Finanças e Contadoria do Departamento de Projetos do Ministério de Políticas Estratégicas, Carla é a mais antiga servidora do setor e a única que possui, além da graduação, o curso de Especialização em Perícia Judicial de Cálculo Trabalhista e o Ricardo, mais novo na instituição, da área de Orçamentos.

As problemáticas apresentadas no texto surgiram com o afastamento de Fernando, por questões de saúde. Em seu posto, provisoriamente, ficou Carla, mesmo ela nunca assumindo antes uma responsabilidade igual, Fernando não teve dúvidas sobre sua substituta, uma vez que ele já conhecia a capacidade profissional dela e de certa forma, Fernando sabia que tinha uma equipe bem entrosada e de bom convívio.

Logo no primeiro momento em que Carla inicia a sua etapa como chefe ela elenca sugestões para melhoria e finalização do trabalho da equipe, pois como houve mudanças estruturais no sistema da instituição, a nova chefe achou necessário um rodízio entre os funcionários após o expediente a fim de concluir os trabalhos do mês.

Ricardo tomou para si a responsabilidade dessa tarefa, alegando que teria mais tempo para e habilidade para concluir o trabalho. Como não existiu discórdia de nenhuma das partes, assim ficou a proposta de trabalho, Carla e Ricardo ficariam trabalhando após o expediente, a fim de finalizar o mais rápido o trabalho.

Devido a essa atitude ou falta de atitude de Carla e de Ricardo que surgem os conflitos referenciados pelo estudo de caso como o assédio de Ricardo, a ausência de ética profissional, a difamação, a falta de liderança por parte de Carla e as relações conflituosas de gênero e raça.

Relatar as concepções que traduzem a postura de liderança do estudo de caso apresentado no texto foi decisivo para a compreensão efetiva da problemática existente entre as personagens envolvidas.Pois a liderança e o meio emocional e racional que se interage efetivamente com acompetência de se comunicar e de mostrar atitudes de um indivíduo para o meio social, de trabalho ou familiar. Segundo Chiavenato (2000):

É uma influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. Os elementos que caracterizam são, portanto, quatro: a influência, asituação, o processo de comunicação e os objetivos a alcançar.

Para Hollander (1978):

“O processo de liderança normalmente envolve um relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas.”

A partir dessa conjuntura percebeu-se que a postura de liderança apontada por Fernando foi de umlíder democrático, apesar de o texto não dar tanta referência ao Fernando, habilitando sua equipe ao campo harmonioso de trabalho.

Já a postura de Carla como líder de equipe ficou condicionada a duas vertentes de liderança, uma democrática trabalhando em equipe e se mostrando parte de um todo. A outra foi uma postura liberal, sem opinar ou intensificar a atitude de líder de Ricardo, ao decidir a realização do trabalho.

Devido a pouca atitude de Carla perante a decisão tomada por Ricardo foi um elemento de grande foco para as insistidas investidas de assédio dele sobre ela.

O grande problema é que parte relação conflituosa poderia ter sido revertida, uma vez que se Carla tivesse partido do pressuposto de atitudes de poder de liderança mais rígida, na divisão do trabalho, Ricardo não teria seduzido a situação para aquele momento, que de certa forma já era propício para as intenções dele. Evitando o contato constante com o agente do assédio. Para Ramos (2004):

A liderança autocrática baseia-se no uso de poder de coerção e posição, que depende alta quantidade de energia, procurando o maior controle possível sobre as ações e reações do liderado, o que tende a gerar passividade e alienação. Ameaças, punições e pressões por parte do líder se multiplicam, isso significa atenção contínua no sentido de evitar desvios dos padrões rigidamente estabelecidos e presença física constante de uma figura de autoridade para