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Gestão Financeria Das Cooperativas

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Por:   •  22/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.949 Palavras (12 Páginas)  •  167 Visualizações

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GESTÃO FINANCEIRA DAS COOPERATIVAS: APLICAÇÃO DO MODELO DINÂMICO

FINANCIAL ADMINISTRATION OF THE COOPERATIVES: APPLICATION OF THE DYNAMIC MODEL

António Carlos Vaz Lopes

Faculdade Integradas de Naviraí - FINAV-Brasil

tonivazlopes@bol.com.br

Emilio Araújo Menezes

Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC- Brasil

emilio@eps.ufsc.br

Resumo

A gestão do capital de giro é extremamente dinâmica exigindo a atenção diária dos executivos financeiros. Qualquer falha nesta área de atuação poderá comprometer a capacidade de solvência da empresa ou prejudicar a sua rentabilidade. O objetivo desse trabalho é fazer uma análise financeira dinâmica de capital de giro como ferramenta para apoio de tomada de decisões econômica e financeira das empresas. Esse trabalho foi desenvolvido através da análise das demonstrações financeiras dos três últimos períodos de duas empresas agropecuárias. Verificou-se que as duas possuem estruturas de capitais idênticas, apresentando deficiência de tesouraria. A primeira empresa a estrutura vem piorando apontando para o efeito tesoura, já a segunda empresa teve uma melhora substancial na sua estrutura apontando para uma reversão da tesouraria negativa.

Palavras-chave: Capital de giro; Estrutura financeira; Estratégias financeiras.

1. Introdução

O agronegócio brasileiro vem passando por uma crescente evolução desempenhado um papel importante no desenvolvimento econômico nacional. No ano passado foi responsável por um terço do PIB brasileiro, 42% das exportações, 37% dos empregos no país, além de quase um terço das 500 maiores empresas incluídas no ranking da revista exame pertencer.

As cooperativas agropecuárias ocupam um papel de destaque nesse cenário, com número expressivo em relação ao volume de produção, exportação e geração de empregos. O crescimento dessas organizações nos últimos anos pela agregação de valor aos produtos, verticalização das suas operações, trouxe também desafios gerencias para sua permanência no mercado.

Segundo Gimenes et all (2005) esse novo ambiente de negócios conduz as cooperativas a um momento de reflexão, em que seus dirigentes percebem os novos desafios que deverão enfrentar para sobreviver nesse ambiente de alta turbulência. Por um lado, apresentam-se desafios e

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oportunidades, mas, por outro, estimulo ‘ cultura de competição nas sociedades contemporâneas representa uma ameaça ao modelo atual de gestão cooperativista.

Entre os desafios estão aquelas relacionadas a gestão (recursos humanos, processo produtivo entre outros), mas o objetivo desse trabalho é analisar a gestão financeira dessas organizações no que tange a sua estrutura financeira de capital de giro, já que essas decisões afetam a saúde e continuidade das organizações.

A análise das demonstrações financeiras fornece um ponto inicial para se compreender uma empresa, seja ela cooperativa, seja sociedade anônima.

As informações produzidas pela contabilidade através da análise financeira tradicional, têm sido alvo de várias criticas ao longo dos anos quanto ao seu objetivo de geração de informações úteis para tomada de decisões.

Para Hopp e Leite (1989, p.63) A análise financeira tradicional pressupõe a liquidação da empresa no curto prazo, que é primordial que os usuários das demonstrações contábeis estejam cientes da condição estática da informação e que as dúvidas sejam resgatadas pelo fluxo de recursos produzidos pelas operações dos ativos e não pela sua liquidação.

2. Análise dinâmica

O modelo de Fleuriet também denominado de análise financeira dinâmica foi desenvolvido na década de 70 pelo Francês Michael Fleuriet juntamente com profissionais brasileiros. O autor sugere uma abordagem diferente para análise financeira tradicional que na opinião de Fleuriet.

De acordo com Brasil e Brasil (1997, p.1) o enfoque tradicional da análise contábil tradicional que está centrada em uma visão estática da empresa, para um enfoque dinâmico.

A análise pelo modelo dinâmico inicia-se com a reclassificação das contas do Balanço em circulante ativo e passivo e permanente.

Para o desenvolvimento do modelo Fleuriet, Kehdy e Blanc (1978) reclassificaram as contas do balanço patrimonial, levando em consideração a velocidade com que as mesmas se movimentam. Segundo os autores existem algumas contas que apresentam uma movimentação tão lenta quando analisadas isoladamente ou em relação ao conjunto de outras contas que, numa análise de curto prazo, porém podem ser consideradas como permanentes ou não cíclicas enquanto outros apresentam um movimento continuo e cíclico, ou mesmo descontinuo ou errático.

As contas do grupo circulante ativo e passivo são subdivididas conforme sua natureza em operacionais e financeiras, a saber: ativo circulante financeiro (ACF), ativo circulante operacional (ACO), passivo circulante financeiro (PCF) e passivo circulante operacional (PCO).

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O ativo circulante operacional (ACO) é composto por contas que giram rapidamente em uma empresa e são necessárias para o ritmo das operações, por isso não podem ser realizadas sob pena de comprometer a continuidade da empresa tais como estoque, duplicatas a receber, despesas pagas antecipadas etc., enquanto o passivo circulante operacional (PCO) é constituído por exigibilidades de curto prazo como duplicatas a pagar, impostos, taxas contas a pagar diversas etc.

O ativo circulante financeiro (ACF) tem a natureza errática é formado por contas essencialmente financeiras como caixa, bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e aplicações financeiras de curto prazo.

O passivo circulante financeiro (PCO) comporta de natureza errática formada por passivo de curto prazo que provocam despesas financeiras como empréstimos e financiamento com vencimento no curto prazo, duplicatas descontadas.

Na opinião de Braga (1991) a reclassificação do Balanço Patrimonial deve levar em consideração o fator curto e longo prazo e os níveis de decisão empresarial – estratégico, financeiro e operacional. Portanto dividem-se

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