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Habilidades sociais e emocionais especiais

Abstract: Habilidades sociais e emocionais especiais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/2/2015  •  Abstract  •  449 Palavras (2 Páginas)  •  295 Visualizações

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Trabalho bem feito coloca aluno no lugar do outro’

Professor Tiago Tristão Artero, de Campo Grande (MS), conta como alia educação física e pedagogia sociocultural para formar cidadãos

Diário de inovações 21/01/15 // ESCOLA // FAMÍLIA

DIÁRIO DE INOVAÇÕES

Por Tiago Tristão Artero

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As aulas de educação física que ministro são baseadas em uma perspectiva que considera aspectos da pedagogia sociocultural e da neurociência, dentro da área da psicomotricidade. Avalio os alunos quanto a sua capacidade de utilizar toda a bagagem motora, cognitiva e social impressa em seus movimentos e oriento os que apresentam déficit durante situações diferentes da aula.

No bairro de Vila Nhanhá, em Campo Grande (MS), onde trabalho na Escola Municipal Brígida Ferraz, há muitas famílias de presidiários ou de ex-presidiários. A questão do ambiente familiar a gente não tem como mudar, mas o comportamento na escola serve como referência para a criança. Pelo menos em algumas horas do dia, ela consegue saber que existem regras, que o professor é o mediador e que vai interferir em diversas situações.

DiarioInovações_capaCrédito: ponsulak/Fotolia.com

Assim, várias crianças que são violentas mudam de postura e as que são mais introspectivas se aproximam do grupo e passam a interagir um pouco mais. Dois irmãos autistas, que atendo com ajuda de um monitor, ao longo do ano saíram da repetição e passaram a interagir de forma positiva com os colegas e com os materiais que utilizo nas aulas.

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A aula é pensada segundo um método heurístico, de eureca, que remete a descobrimento, e eu deixo os materiais disponíveis para os alunos interagirem. Uso isso também com os maiores e me coloco como alguém pronto para ajudar quando for necessário. Nesse momento, eles perguntam se podem fazer um jogo de tabuleiro ou um outro esporte. Deixo eles à vontade, mas em alguns momentos faço intervenções.

Os alunos fazem duas aulas semanais agrupadas em duas horas. Em 1h30, faço uma atividade bem orientada mesmo e, nos trinta minutos finais, acho importante dar uma “liberdade controlada”, até para saber o quanto eles assimilaram dos valores e temas que trabalhei.

Nas séries iniciais do ensino fundamental, trabalho com circuitos e colchonetes no chão em atividades que não incluem necessariamente a bola e que vão servir como base para a prática dos esportes no futuro. Em algumas aulas, também estendo uma linha de um lado ao outro da quadra e peço para eles taparem os olhos e se colocarem na situação de um deficiente visual. Fazer com que eles experimentem atividades onde se colocam no lugar do outro é a base de qualquer trabalho bem feito. Você passa a imaginar a criança não como um “ser físico”, que pode ser um futuro esportista, mas como uma cidadã.

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